Universidade Federal de Rondonópolis

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Turma 2019

CONCEPÇÕES DE LEITURA SOB A ÓTICA DE DOCENTES DE LÍNGUA PORTUGUESA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS

Autora: ANA PATRÍCIA DOS SANTOS

Resumo: Este trabalho vincula-se ao Grupo de Pesquisa Alfabetização e Letramento Escolar (ALFALE), do Programa de Pós-Graduação em Educação, do Instituto de Ciências Humanas e Sociais, da Universidade Federal de Mato Grosso – Câmpus Universitário de Rondonópolis (PPGEdu/ICHS/UFMT/CUR), na linha de pesquisa: Linguagens, Cultura e Construção de Conhecimento: perspectivas histórica e contemporânea. O presente estudo parte dos desafios por mim experimentados desde minha formação pessoal, a respeito especialmente da leitura, até meu percurso profissional, como professora e coordenadora pedagógica, motivo principal que me faz buscar caminhos teóricos e de investigação que conduzam melhor minha prática docente. Partindo desse pressuposto, a pesquisa surgiu das seguintes indagações: Como as professoras de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental – Anos Finais – da Escola Estadual Professor Carlos Pereira Barbosa, em Rondonópolis/MT, trabalham com a leitura em sala de aula? E, que concepções de leitura são assumidas por essas docentes quando registram suas aulas? Diante dessas interpelações, o objetivo geral da pesquisa foi traçado no sentido de compreender, a partir das narrativas das participantes da pesquisa e seus registros escritos, quais são as concepções de leitura que norteiam o trabalho pedagógico dessas professoras de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental – Anos Finais, refletindo, ainda, se a perspectiva teórica adotada por elas tem contribuído com o trabalho com a leitura. Para atender a esse propósito, a fundamentação teórica partiu de autores como: Bakhtin (1997, 2016); Volóchinov (2018), Geraldi (2011), Kleiman (1993, 2000), Koch e Elias (2012, 2013), Ângelo e Menegassi (2010), Perfeito (2005) dentre outros trabalhos. Como metodologia, utilizou-se a pesquisa autobiográfica e documental, com suporte qualitativo, que envolveu como ponto de partida a narrativa pessoal e profissional da pesquisadora, mostrando de onde surgiu o interesse pelo estudo e também, as narrativas de três docentes de Língua Portuguesa da escola lócus, as quais relataram suas experiências quanto à leitura em suas trajetórias de vida. A análise interpretativista, baseada em Bortoni-Ricardo (2008), amparou algumas reflexões, dentre elas de que os registros das docentes precisam ser mais detalhados, a fim de deixarem claro como ocorreram as atividades relacionadas à prática de leitura. Outra questão importante do estudo, foi a verificação de que as participantes da pesquisa abordaram práticas de leitura que ora tinham o foco no leitor, ora no autor e ora no texto, mas nas anotações sobre o trabalho desenvolvido em sala de aula não houve indício da interação entre esses elementos. Quanto aos encaminhamentos de leitura utilizados pelas professoras, observou-se alguns equívocos conceituais sobre os modos de ler como da leitura compartilhada e com pausas protocoladas. Assim, a partir desses levantamentos, constatou-se a necessidade de o docente retomar algumas orientações teóricas, principalmente sobre o ensino de leitura com o intuito de desenvolver com seus alunos práticas que considerem o contexto em sala de aula.

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METODOLOGIAS ATIVAS NA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE: A EXPERIÊNCIA DE DOCENTES

Autora: ANA PAULA GRAPIGLIA

Resumo: Esta pesquisa encontra-se vinculada à linha de Formação de Professores e Políticas Públicas Educacionais, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal Rondonópolis. Foram investigadas as experiências dos docentes ao utilizarem metodologias ativas nos processos de formação de profissionais da saúde. Caracterizam-se, nesta pesquisa, as metodologias ativas como as práticas dos docentes usadas em sala de aula que permitem ao aluno estar ativamente envolvido em seu processo de formação, estando ciente e participativo em todos os momentos de ensino. Como base para execução desta investigação, utilizou-se o seguinte questionamento: qual a concepção do docente que trabalha nesta perspectiva, utilizando metodologias ativas na formação de profissionais em saúde? Na busca de respostas, foi estipulado como objetivo geral: compreender a concepção do docente ao utilizar as metodologias ativas na formação de profissionais de saúde; e para minuciar as informações como objetivos específicos foram traçados: identificar as principais metodologias ativas utilizadas nos cursos de graduação em enfermagem e medicina; analisar a utilização de metodologias ativas na prática dos docentes; e entender como as metodologias ativas são desenvolvida na formação do profissional em saúde. Participaram desta pesquisa 12 professores dos cursos de enfermagem e medicina da UFR. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada de modo online e individual, ocorrendo esta após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos participantes. Posteriormente, as entrevistas foram transcritas e submetidas à análise de dados, sendo estes organizados em grupos direcionados aos objetivos específicos. A construção da escrita da pesquisa foi organizada estruturalmente em quatro capítulos teórico-metodológico; no primeiro capítulo descrevo o percurso metodológico da pesquisa; no segundo trago aportes teóricos referentes à educação, formação docente e prática pedagógica voltados ao ensino superior e à área da saúde; no terceiro capítulo teorizo sobre as metodologias ativas, histórico, conceitos e embasamentos freirianos; no quarto e último capítulo realizo a discussão dos dados obtidos e contextualizo com as questões teóricas estudadas com enfoque nos ensinamentos deixados por Paulo Freire. Ao discorrer sobre essa temática diversos aspectos referentes a sua efetividade puderam ser ressaltados e confirmados. Nesta pesquisa ficou claro o quanto tais metodologias podem vir a estimular o crescimento não somente do aluno, mas sim do professor, permitindo que este esteja mais aberto e perceptível à necessidade de mudanças, realizando reflexões sobre suas próprias ações, avaliando se estão sendo viáveis ou não para o exercício de sua prática. Contudo, inúmeras questões tradicionalistas ainda se fazem presentes nas concepções apresentadas pelos docentes, sendo notória a necessidade de formação docente em caráter permanente para que estes consigam visualizar realmente a dimensão de crescimento que a utilização de metodologias ativas pode vir a proporcionar para si e para os estudantes, além de apoio contínuo de sua instituição de ensino para o desenvolvimento de suas atividades. Penso que a partir do momento que os docentes conseguem realizar uma compreensão real da dimensão que as metodologias ativas possam vir a provocar, poderemos então ter esperanças para uma educação mais uma humana e com a valorização do conhecimento de todos.

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PERCEPÇÕES DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E O AVANÇO DA BARBÁRIE SOCIOAMBIENTAL: UMA PROPOSTA DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA NA PERSPECTIVA FENOMENOLÓGICA

Autora: ANA PAULA MALTA RODRIGUES BRAGA

Resumo: A presente dissertação tem como tema a Educação Ambiental na formação de professores. A pesquisa é de natureza qualitativa e de cunho teórico bibliográfico, visando a defesa da Educação Ambiental Crítica na formação de educadores e o desafio de sua incorporação no ensino e na realidade concreta, no qual incertezas são refletidas e sentidas diante de uma crise civilizatória provocada pelos turbilhões de uma crise paradigmática. A problemática da pesquisa pode ser compreendida como a contribuição da fenomenologia da percepção na sensibilização socioambiental através da reflexão sensível e transdisciplinar, construída para a percepção socioambiental e em como a Educação Ambiental Crítica pode atuar para superar a dicotomia entre seres humanos e natureza. O objetivo geral delineado para a pesquisa foi de apresentar uma Sequência Didática voltada para a formação de professores dentro de uma perspectiva fenomenológica alinhada à Educação Ambiental Crítica. Para tal, o referencial teórico metodológico da pesquisa tem como pressuposto a perspectiva da Educação Ambiental  Crítica e as contribuições dos estudos da Fenomenologia da Percepção. Assim, apoiamo-nos em Mauro Guimarães, Michèle Sato, Maurice Merleau-Ponty, Lívia de Oliveira e Milton Santos, com a intenção de debruçarmo-nos na potencialidade da fenomenologia para a percepção das questões socioambientais. Como resultado, elaboramos uma proposta de Sequência Didática para o ensino de Educação Ambiental Crítica voltado para a formação de professores, tencionando a necessidade urgente de conciliação entre seres humanos e o planeta Terra, Gaia, através da sensibilização estética delineada nas atividades construídas. Diante do processo de elaboração da Sequência Didática, compreendemos que o processo de reconciliação dos seres humanos com a natureza é um movimento sucessivo que precisa estar presente o tempo todo nas etapas de formação, pois as ações realizadas de forma pontual e isolada não são capazes de promover as superações das questões aflitivas no campo socioambiental, para que de fato coloquem em movimento os caminhos possíveis que se façam contrários à ideologia dominante, a qual nos leva ao abismo das barbáries ecossociais.

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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E AS POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS: MAPEAMENTO DA PRODUÇÃO BIBLIOGRÁFICA NA BASE SCIELO (2015-2020)

Autora: ANDRÉIA BATISTA COELHO

Resumo: Esta é uma pesquisa bibliográfica na linha de Formação de Professores e Políticas Públicas Educacionais que incentiva uma discussão sobre a Educação de Jovens e Adultos. É realizada análise conceitual a partir da seguinte pergunta: Quais são as contribuições das pesquisas científicas da base Scielo sobre políticas de formação docente em EJA (2015-2020)? Para isso, com base na Metodologia Comunicativa a partir dos seguintes descritores: EJA, Educação de Jovens e Adultos, Políticas de Formação Docente e Políticas Públicas Educacionais, foi construída uma análise chamada de entre-textos a fim de identificar o que as publicações científicas trazem de elementos excludentes e transformadores sobre políticas públicas educacionais de formação docente em EJA. Durante a investigação foi observado que os movimentos de luta no Mundo da Vida são fundamentais para a provocação do processo de construção de políticas públicas de Estado. Ainda ressaltamos a importância da atuação das universidades públicas na busca por preencher os espaços e estabelecer relações comunicativas dialógicas entre as esferas púbcas, sociedade civil, comunidade científica e luta popular a fim de fomentar debates e calçar caminhos sólidos para a implementação de políticas públicas educacionais. Assim, a formação docente na modalidade pode ser um caminho provocador para a esfera pública assumir a complexidade da EJA e suas especificades como política pública de Estado.

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LEITURAS E NARRATIVAS VISUAIS DE INFÂNCIAS EM BANKSY

Autora: ANDRESSA OLIVEIRA PORTELA

Resumo: Nas sociedades ocidentais modernas, circulam intensamente concepções e imagens de crianças e de infâncias que, a partir de um olhar adultocêntrico, têm esta etapa etária reduzida a um tempo de incompletude, de falta e de passividade – bem como, em nome de sua proteção –, são vistas como pertencentes ao espaço doméstico, supostamente preservadas das esferas públicas e dos acontecimentos políticos. Nesse sentido, este estudo se dedica à análise da visibilidade da imagem da criança. Se, conforme nos lembra Jacques Aumont, é o espectador quem faz a imagem tornase relevante o interesse pelas imagens que circulam sobre esse grupo social, pois as formas simbólicas também possuem caráter operatório, educativo, compondo discursividades que influenciam o modo como esse grupo será valorado e visualizado na sociedade. A arte periférica, por seu turno, tem a característica de intervir e subverter valores estabelecidos na sociedade, uma vez que se apresenta como um dispositivo implicado nos processos de relações e transformações sociais. As práticas artísticas, como o grafite intervêm e existem como uma espécie de rompimento, contestação dos/nos espaços e suscitam formas de visibilidades de ser, pensar e agir. Deste modo, o grafite pode ser pensado como uma pedagogia cultural. Nesta esteira, o presente estudo também percebe as concepções de infâncias nos grafites do artista Banksy, posto que, além da criança ser uma personagem bastante presente e recorrente em sua obra, é apresentada, na maioria das vezes, como protagonista e participante da esfera pública, portanto, busca evidenciar formas simbólicas que apontam outros olhares sobre as crianças e as infâncias, para além daqueles que designam um lugar de passividade, de falta, de espera, ou seja, outras imagens que abarcam perspectivas de infâncias e de lugares possíveis para a sua participação, A metodologia adotada é a Hermenêutica de Profundidade, proposta por John B. Thompson, que é composta por três fases: análise sócio-histórica, análise formal e (re)interpretação. Assim, pensou-se nos grafites de Banksy como locus da coleta das imagens que foram feitas partir dos espaços oficiais em que o artista as expõe: o Instagram verificado, o seu site (www.banksy.co.uk) e seu livro Guerra e Spray (2012), em que foram localizadas 44 imagens que compõem o corpus de análise desta pesquisa. Como aporte teórico, esta pesquisa se apoia na Sociologia da Infância, bem como no referencial subsidiado por autores que tratam dos Estudos Culturais e Pedagogias Culturais. A partir das análises, pode-se perceber que as imagens de crianças nas obras de Banksy não estão associadas à ingenuidade, passividade ou à posição de vítima – mesmo naqueles grafites que remetem ao contexto de guerras ou conflitos –, pelo contrário, aparecem como ocupantes de um lugar político, como sujeitos participantes da sociedade, que são afetadas por forças e fatos sociais em curso na sociedade. Assim, nossa interpretação é que as obras de Banksy podem constituir uma transgressão às visibilidades ocidentais de infâncias, contribuindo para a produção de sentido sobre as crianças como atores sociais e políticos.

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A INCLUSÃO DE ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: PRECONCEITO, DIFERENÇA E EXCLUSÃO NA PERSPECTIVA DOS COORDENADORES DE CURSO DA UFR

Autora: CAMILA SONCINI NOGUEIRA

Resumo: O processo de democratização da educação vem possibilitando o acesso de todas as pessoas, independentemente de suas diferenças individuais, a todos os níveis e modalidades de ensino. Mesmo antes de iniciativas legais do poder público, é preciso considerar historicamente a relevância da luta dos movimentos sociais pela conquista e avanço da educação inclusiva. Essa legitimação, induzida por várias frentes de luta, fomentou algumas iniciativas dos investimentos em educação, possibilitando que as pessoas com deficiência chegassem ao Ensino Superior. Porém, apesar de avanços, a inclusão ainda encontra muitos limites. Nesse sentido, é possível observar que a reflexão acerca da relação entre inclusão, diferença e preconceito se constitui um desafio para os profissionais de educação, sendo uma das dificuldades para que, de fato, esse processo de inclusão da pessoa com deficiência no Ensino Superior realmente ocorra. Por isso, indagamo-nos: considerando que a academia é vista como uma instituição produtora do conhecimento e os professores são intermediadores nesse processo, será que pode existir preconceito e exclusão nas falas dos professores, em especial, nos discursos dos coordenadores de curso, aqueles responsáveis por intermediar a relação do estudante com a instituição, principalmente, quanto às questões pedagógicas? É preciso considerar as narrativas dos coordenadores de curso, uma vez que procuramos explorar e compreender as práticas do processo de inclusão, mediante a representação fornecida pela figura de educador/gestor de educação. Tomando esses questionamentos como perguntas basilares, o objetivo geral desta pesquisa consistiu em compreender a percepção dos coordenadores de curso de graduação, acerca da inclusão e permanência dos estudantes com deficiência no Ensino Superior. Este estudo tem, como base metodológica, a pesquisa social empírica de cunho qualitativo, em conformidade com a proposta apresentada pelos autores da Teoria Crítica. Analisamos, neste trabalho, o Estatuto que rege atualmente a instituição de Ensino Superior pesquisada e o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), desenvolvido pela universidade tutora, no qual consolida todas as ações de desenvolvimento. Além disso, aplicamos um questionário composto por vinte e oito perguntas semiestruturadas, destinado a dez professores que atuam como coordenadores de curso de graduação na Universidade. Esse instrumento nos possibilitou conhecer alguns aspectos da condição dos estudantes com deficiência assistidos pela instituição, além de verificar indícios de preconceito e exclusão. Por isso, essa dissertação oferece elementos para que a academia possa avaliar a forma como lida com a diferença, bem como oportuniza e convida toda a comunidade acadêmica a se abrir para mudanças cotidianas frente aos inúmeros preconceitos velados e normalizados.

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A POLÍTICA CURRICULAR NA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL: SENTIDOS DE QUALIDADE DE EDUCAÇÃO PARA ALÉM DA MENSURAÇÃO

Autora: CLÁUDIA SALES RITTER

Resumo: Esta pesquisa tem como tema os sentidos de qualidade da educação nas narrativas dos professores do ensino fundamental e busca pensar como a vida das pessoas envolvidas na experiência educacional tem relação com a experiência educativa, uma vez que a qualidade da educação tem sido significada, hegemonicamente, a partir de indicadores mensuráveis, que negligenciam essa experiência. O termo qualidade da educação está diretamente ligado com a ampliação da democratização do acesso à escola, que, na década de 90, século passado, foi marcado pela expansão de políticas de avaliação externa no Brasil, associando qualidade da educação a algo mensurável, medido e calculado por políticas prescritivas. Essas significações negligenciam as diferenças produzidas pela vida e são ocultadas por currículos fixos em propostas curriculares padronizadas. Desta forma, problematizar esses sentidos sedimentados nos discursos educacionais orientou a questão/problema deste estudo: quais sentidos de qualidade da educação emergem da significação dos professores na escola de ensino fundamental, que podem indicar aspectos não mensuráveis da qualidade da educação? Diante disso, o objetivo foi investigar sentidos de qualidade da educação junto a professoras, a partir da atuação docente na escola de ensino fundamental, visando identificar e discutir aspectos da qualidade não quantificáveis e que não são considerados nas políticas curriculares e nas avaliações padronizadas. Os objetivos específicos da pesquisa foram, por sua vez: 1. Identificar aspectos valorizados ou não por professores e não contemplados pelas políticas oficiais; 2. Registrar traduções da política curricular desencadeadas nas narrativas de professores; 3. Problematizar, com base nas narrativas docentes, a política curricular como política pública, buscando pensar sentidos de qualidade da educação. Desta forma, a metodologia da pesquisa se orientou pela perspectiva qualitativa, sendo feita a opção de trabalhar com narrativas autobiográficas, com base em Miller e Macedo, como um modo de identificar a complexidade implicada na política curricular que almeje a qualidade da educação. Currículo está sendo entendido nesta dissertação, a partir da discussão pós-estrutural de Lopes e Macedo, como prática de significação. Foi assumido na pesquisa que o currículo é ele mesmo uma prática discursiva relacionada com a experiência vivida na escola por meio da conversa complicada que é a educação, como aponta Pinar. Três (03) professoras de uma mesma escola da rede municipal de ensino de Rondonópolis participaram da pesquisa, que foi autorizada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFR, em 2020. Como empiria, além das narrativas docentes, foram considerados documentos curriculares nacionais que orientam a política curricular, como a Base Nacional Comum Curricular, e que foram estudados pela escola em que atuam as professoras participantes. Os procedimentos de pesquisa foram a Análise Documental, Indicadores da qualidade da Educação e conversas tal como entendidas por Pinar, que foram realizadas individualmente por meio da Plataforma gratuita Google Meet por conta da pandemia de covid-19, que inviabilizou o contato presencial no período. Os resultados da empiria indicam que qualidade é associada, na política curricular na escola, a algumas normatividades reiteradas pelas políticas, como a afirmação de resultados de desempenhos, ao mesmo tempo em que é associada a dimensões não previstas e não calculáveis da educação, tais como o trato afetivo, através da problemática da comunicação e do entendimento em classe com crianças que são diferentes, o envolvimento com a comunidade e o amor (não romantizado) à profissão. Este último pode ser significado como compromisso político com os acontecimentos na escola.

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ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE FRACASSO ESCOLAR – LEITURA – ALFABETIZAÇÃO EM UMA PESQUISA DO TIPO ESTADO DO CONHECIMENTO

Autora: CRISTIANE FREITAS PEREIRA DA SILVA

Resumo: Esta pesquisa vincula-se ao Programa de Pós-Graduação em Educação – Instituto de Ciências Humanas e Sociais, da Universidade Federal de Mato Grosso – Câmpus Universitário de Rondonópolis, atualmente Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), na linha Linguagens, Cultura e Construção de Conhecimento: perspectivas histórica e contemporânea, e ao grupo de pesquisa ALFALE – Alfabetização e Letramento Escolar. O objetivo central é analisar como tem sido investigada a relação Fracasso Escolar – Leitura – Alfabetização, por pesquisadores e pósgraduandos no Brasil, a partir de uma pesquisa do tipo estado do conhecimento tomando como lócus para a obtenção dos dados os registros constantes na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo pautada na Análise de Conteúdo (BARDIN, 2011), dentro dessa abordagem, optou-se pela utilização de uma pesquisa de caráter bibliográfico do tipo estado do conhecimento. Para o levantamento de dados junto à Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), foram utilizados os descritores: fracasso escolar, leitura e alfabetização no campo busca avançada, no período de 2002 a 2019. Preliminarmente obteve-se 55 trabalhos, sendo 42 dissertações e 13 teses. Logo após, procedeu-se com a leitura flutuante dos materiais, iniciando pelas dissertações de mestrado e, depois, das teses de doutorado, prosseguindo a investigação, contemplando todas as etapas preconizadas pelo método escolhido, com a hipótese que, ao mapear, investigar e conhecer o que tem sido produzido de conhecimento acadêmico-científico, sobre tal temática, torna-se possível avançar em outras frentes de pesquisa, assim como contribuir para o enfrentamento do fracasso escolar. Este balanço evidenciou que, embora esses diálogos não sejam novos em nosso país, ainda há muito o que se colocar em debate na atualidade. Além disso, ainda paira, ainda que de maneira sutil, uma certa cultura de culpabilização pela produção do fracasso escolar, ainda que hajam sugestões de possíveis intervenções que minimizem os impactos históricos e sociais na vida daqueles que sofrem na pele este fenômeno, sendo excluídos e marginalizados, não apenas, mas também pelo insucesso na alfabetização e falta de apropriação da leitura.

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OLHARES PARA UMA LITERATURA AFRO-BRASILEIRA: A INFÂNCIA COMO MEMÓRIA E EDUCAÇÃO NOS CONTOS DE OLHOS D’ÁGUA

Autor: DAIANE SILVA SANTOS

Resumo: A presente pesquisa pertence à linha de pesquisa do Programa de Pós-graduação em Educação, da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus de Rondonópolis, “Infância, Juventude e Cultura Contemporânea: direitos, políticas e diversidade” e do grupo de pesquisa “Infância, Juventude e Cultura Contemporânea” (GEIJC). Seu objetivo principal é analisar as memórias de infância, na obra Olhos D’água, de Conceição Evaristo (2014), com base nas seguintes questões: que experiências de infância são narradas na obra de Conceição Evaristo? Que processos educativos, presentes na obra, se destinam à infância e são vividos por ela? Qual a condição da infância nessa organização social, a sua relação com os adultos, suas interações e apropriações das divisões de papéis, práticas e espaços? Como aporte teórico, para a compreensão da memória, dispomos de autores, como Conceição Evaristo (2007), Walter Benjamin (2011) e Jeanne Gagnebin (2009). Nesse seguimento, a interseccionalidade (CRENSHAW, 1991; COLLINS, 2017; hooks, 2019; GONZALEZ, 2018; NASCIMENTO, 2018) apresenta-se como perspectiva analítica possível. As análises desenvolvidas partem dos seguintes eixos temáticos: (a) maternidade e infância; (b) suspensão da infância e (c) educação e infância. O trabalho analítico evidencia que a obra Olhos D’água (2014) narra histórias individuais, salientando a experiência negra de uma infância coletiva: a fome, a dor e a morte e também aponta para uma infância como memória viva dos ancestrais, como promessa, celebração da vida e da esperança. Em nossa leitura da obra Olhos D’água, a literatura de Evaristo configura-se como história a contrapelo que desconstrói o discurso hegemônico de salvação da criança brasileira e revela a ambivalência do lugar social ocupado pela criança negra brasileira, marcado pela desigualdade, mas também pela capacidade de agência com a potência de produzir memórias de momentos felizes e de resistências. A obra insurge-se, então, contra o soterramento das memórias das infâncias negras silenciadas ou negligenciadas na história da nação brasileira. A rua manifesta-se como espaço de produção e articulação dos sentidos de mundos, a desobediência como caminho para o conhecimento e a palavra aparece como manifestação do desejo de colocar-se como sujeito no mundo. As considerações dirigem-se para pensar a atuação da educação a partir da memória como proposição de um espaço potencializador dos ecos das vozes das infâncias negras.

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RACISMO E SEXISMO NA REPRESENTAÇÃO DE MULHERES NEGRAS NO LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA O ENSINO MÉDIO

Autora: EDINEUSA CRISTINA SILVA

Resumo: A presente pesquisa pertence à linha de pesquisa “Infância, Juventude e Cultura Contemporânea: direitos, políticas e diversidade”, do Programa de Pós-graduação em Educação da  Universidade Federal de Rondonópolis. Seu objetivo principal é analisar a representação de mulheres negras em livros didáticos de língua portuguesa disponibilizados para alunos do terceiro ano do Ensino Médio, bem como evidenciar que a ausência de autoras e intelectuais negras nos referidos manuais corrobora essa reprodução colonial. Para tanto, essa abordagem far-se-á por meio do livro didático de Willian Roberto Cereja, Português contemporâneo: diálogo, reflexão e uso, volume 3, 1ª edição-São Paulo: Editora Saraiva, 2016 distribuído pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). O eixo norteador da pesquisa será a análise da representação pensada para as mulheres negras na composição dos conteúdos e materiais avaliados no Livro Didático de Língua Portuguesa. A relevância se dá pelo fato de que isso se reflete diretamente na vida dessas mulheres, se retratadas e perpassadas pelo racismo e sexismo, além de não trazer representatividade, essa construção também não combate a reprodução da estereotipia numa acepção antirracista. É muito importante para a população negra, em especial, as mulheres, ver-se representada (s) numa perspectiva anticanônica, isto é, para além da perpetuação dos estereótipos e estigmas associados ao sujeito negro, seja nos materiais didáticos ou mesmo na literatura brasileira. Ainda, neste sentido, algumas indagações norteiam nosso caminho: Há a presença de escritoras negras nos textos literários disponibilizados no material didático de Língua Portuguesa intitulado Português contemporâneo: diálogo, reflexão e uso, de Willian Roberto Cereja, 2016 Como a literatura africana e afro-brasileira e a Lei 10630/03 são apresentadas no referido manual? Apoiamo-nos em vários autores cujas reflexões nos servirão de alicerce para trilhar essa caminhada, dentre os quais podemos destacar Scudder (2019), Souza (1983), Gomes (2012, 2017), Freire (1987), Ribeiro (2017), Oliveira (2008), Carmo (2008), Carneiro (2003), Crenshaw (2002), Almeida (2019), Akotirene (2019), Nascimento (2010), Munanga (2005), Louro (1997), Gonzalez (1984), Oliveira (2013), Camargo (2013), Fanon (2008, 2010) e Moreno (2003). A pesquisa traz, ainda, uma abordagem interseccional e se desenvolve a partir de revisão bibliográfica, a qual dividir-se-á em três capítulos, sendo o primeiro, “Mulheres negras e a transversalidade entre raça, educação e discriminação”; o segundo, “A representação de mulheres negras no livro didático de Língua Portuguesa: para além das relações étnico-raciais”; o terceiro “A função da linguagem e da interseccionalidade na análise do Livro Didático de Língua Portuguesa”.

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HISTÓRIAS EM QUADRINHOS COMO RECURSO PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA

Autor: EDVARGUE AMARO DA SILVA JÚNIOR

Resumo: Esta investigação vincula-se ao Programa de Pós-Graduação em Educação, do Instituto de Ciências Humanas e Sociais, da Universidade Federal de Mato Grosso – Câmpus Universitário de Rondonópolis, (PPGEdu/ICHS/UFMT/CUR), na linha de pesquisa: Linguagens, Cultura e Construção de Conhecimento: perspectivas histórica e contemporânea e apresenta dados e análises que constituem a pesquisa intitulada como: Histórias em Quadrinhos como recurso para o ensino de Ciências da Natureza. Ao buscarmos identificar quando e como surgiu o gênero textual Histórias em Quadrinhos (HQs), percebemos que estas histórias, ao que tudo indica, nasceram como uma proposta de divertimento e foram se expandindo pelo mundo com o passar do tempo, ganhando espaço, também, na escola. Essas narrativas, contadas em sequência através de quadros, têm entretido todas as idades há mais de um século. Os trabalhos de Swiderski e Costa-Hübes (2009); Passos e Vieira (2014); Wingert e Martins (2017), especialmente, apontam que as HQs, além de contribuírem para o entretenimento, auxiliam nos processos de ensino, pois possuem características peculiares que se associam a uma linguagem universal única e permitem, por meio do uso dessas narrativas, não só uma leitura de distração, mas também, formação escolar e sociocultural de seus leitores. Dado esse potencial, buscamos, com esta pesquisa, investigar se o gênero textual Histórias em Quadrinhos, quando tomado como objeto de ensino, auxilia na produção de novas aprendizagens atinentes à linguagem científica. A partir desse objetivo maior, traçamos como especificidades da pesquisa: refletir acerca dos pressupostos teóricos e metodológicos que permeiam o trabalho pedagógico na sala de aula, buscando identificar perspectivas para o processo ensino-aprendizagem de Ciências da Natureza no Ensino Fundamental; discutir quanto à viabilidade de abordar as temáticas da área de Ciências da Natureza a partir de um trabalho específico com o gênero Histórias em Quadrinhos; investigar possibilidades do ensino de Ciências da Natureza centrado na apropriação de conceitos e terminologias, utilizando como recurso Histórias em Quadrinhos, numa ação interdisciplinar e que explore diferentes abordagens comunicativas promovidas por elas. Ancorados nesses objetivos, este trabalho apresenta algumas concepções do ensino de Ciências que substanciam a narrativa autobiográfica e se configuram na constituição deste pesquisador-professor, vinculando sua formação acadêmica e profissional às discussões do objeto desta pesquisa. Em seguida, destina-se à discussão de concepções teórico-metodológicas sobre os gêneros textuais na perspectiva de Bakhtin e o Círculo Bakhtiniano (2003), Marcuschi (2002) e Rojo (2004, 2005), e, por fim, apresenta algumas possibilidades para o trabalho pedagógico, no Ensino Fundamental, do gênero textual HQ, direcionado à compreensão e apropriação dos processos de linguagem e construção do conhecimento envolvidos no ensino-aprendizagem de Ciências da Natureza. Apoiam-nos, nessa proposta, as histórias das personagens Mafalda e Armandinho selecionadas a partir dos conteúdos desta área do saber, explorando diferentes abordagens comunicativas promovidas por elas, a partir dos recursos visuais e linguísticos presentes nessas narrativas.

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GÊNEROS, SEXUALIDADES E EDUCAÇÃO EM MEMÓRIAS DE INFÂNCIA: CORPOS QUE EXISTEM E RESISTEM

Autora: GABRIELA NEVES PAULA DE SOUZA

Resumo: Recentemente, a ascensão política de discursos moralistas e conservadores que usam a “defesa da inocência da infância”, como mote eleitoral e político, tornou-se lugar comum na cena pública. Especificamente, no Brasil, esses movimentos conservadores ganharam força e têm repercutido diretamente na educação, sobretudo no combate à denominada ideologia de gênero nas escolas. Alvos de censura, as palavras “gênero” e “orientação sexual” foram retiradas do Plano Nacional de Educação, bem como de muitos planos educacionais nas esferas dos Estados e municípios. Considerando esse cenário político e educacional, esta pesquisa, que pertence ao Programa de Pós- graduação em Educação, da Universidade Federal de Mato Grosso, do Câmpus de Rondonópolis, e à linha de pesquisa “Infância, Juventude e Cultura Contemporânea: direitos, políticas e diversidade”, visa problematizar o discurso de inocência atrelado à infância e o binarismo de gênero como estruturante da matriz discursiva da criança ideal-típica e do telos da vida humana, discutindo as produções de sofrimentos e violências em virtude de um ideal normativo para existir. Os referenciais teóricos que embasam a pesquisa se dão nas interlocuções com os/as seguintes autores/as: Judith Butler, René Schérer, Walter Benjamim e Michel Foucault. A estratégia metodológica consistiu em uma chamada pública em meios de comunicação virtual (Instagran, Whatsapp, Facebook, e-mail), destinada aos/às estudantes universitários, da graduação e da pós-graduação, do Câmpus de Rondonópolis da Universidade Federal de Mato Grosso. Foi publicado nesses meios um convite para a partilha de experiências de corpos infantis, marcados pela resistência à moldura dos gêneros heteronormativos, por meio de um texto escrito encaminhado por um formulário do Google Form. Partindo da minha própria história e das memórias das/os participantes, expusemos processos educativos de gênero que apresentaram o corpo como objeto de controle em destaque. O corpo da criança dócil foi reprimido e educado tanto nas lembranças escolares quanto nas lembranças familiares. Trabalhar com narrativas de infâncias reais e conseguir narrar minha própria história, possibilitou que esta pesquisa se afastasse do discurso neutro da ciência e fosse construída como uma escrita de valorização da experiência, da oralidade, da memória e da subjetividade. Esta pesquisa configura-se como forma de denúncia à violência e sofrimento infantis que são rechaçados das conversas familiares, dos livros de psicologia, dos programas de TV, da política, das salas de aulas, da literatura, das aulas de educação física, das brincadeiras da rua, do jogo de futebol etc.

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A COLONIALIDADE EM MEU CORPO: AS MULHERES QUE VIVEM EM MIM FALAM POR SI

Autora: GABRIELLA SANTOS DA SILVA

Resumo: Considerando a necessidade de produções acadêmicas feitas por mulheres pretas para mulheres pretas, para a reconstituição de suas histórias em formatos não-coloniais, a presente dissertação tem como objetivo investigar a forma que a colonialidade afetou meu corpo desde a infância até a vida adulta. Partindo da proposta metodológica “escrevivência” (EVARISTO, 1980), traço paralelos com a infância, educação, juventude e violências praticadas contra meu corpo feminino e preto para compreender os processos emancipatórios. O locus para a realização da pesquisa é a retomada histórica e de memória da minha vida em discussão com produções de autoras que amparam a proposta deste trabalho. Como aportes teóricos, apoio-me em Conceição Evaristo para construir o trabalho na perspectiva da escrevivência; fundamento-me, ainda, no referencial teórico-metodológico de Aníbal Quijano, Achille Mbembe, Frantz Fanon, Santiago Castro-Gomez e Ramón Grosfoguel, dos estudos decoloniais, concebendo uma produção que visa a ruptura total com a colonialidade, para que os povos latino-americanos tenham poder sobre suas próprias histórias. Para uma melhor análise e compreensão, diálogo ainda, com pesquisadoras feministas negras interseccionais e autoras pretas anteriores à interseccionalidade (Patricia Hill Collins, bell Hooks, Neusa Santos, Lélia Gonzales, Kimberle Crenshaw), localizando minha escrita a partir de um corpo preto, feminino, latino-americano, periférico e subjetivo. A partir da análise de sobre a colonialidade exercida durante minha história de vida identifico alguns reflexos e constato que: a) É necessário entender-se racialmente para caminhar contra as violências justapostas em nossos corpos; b) O colonialismo é violento e torturante e me causou diversos problemas sociais e psicológicos; c) Precisamos construir nossas histórias para sair da centralidade hegemônica branca-heteronormativa; d) Mulheres pretas, eu imploro: emancipem-se!

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NARRATIVAS DA MINHA CONSTITUIÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O BRINCAR E A ESCUTA DAS CRIANÇAS DURANTE A PANDEMIA

Autor: GENILDA NASCIMENTO DE SOUZA

Resumo: Esta pesquisa de mestrado foi desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário de Rondonópolis (PPGEdu/UFMT/CUR) na Linha de Pesquisa Infância, Juventude e Cultura Contemporânea: direitos, políticas e diversidade, sob orientação da Profa. Dra. Elni Elisa Willms. Teve como principal objetivo refletir sobre as experiências da professora da pesquisa, narrando fatos da sua infância e entrelaçando-os com uma história de vida, os quais propiciaram-na tornar-se professora da Educação Infantil. O tema foi a narrativa autobiográfica de uma professora da Educação Infantil. Optou-se pela pesquisa autobiográfica, de cunho qualitativo, acolhendo as narrativas de si mesma como instrumento de coleta de dados, seguindo para a reflexão sobre aspectos do brincar, pelo fato de ser o principal eixo norteador das práticas pedagógicas da Educação Infantil. Escolheram-se as narrativas de suas histórias de vida confrontadas com experiências e conhecimentos, voltando-se ao saber que se transformou em práticas da docência na Educação Infantil. Concluiu-se que as histórias constituem o sujeito por meio de suas vivências e experiências e influenciam a formação do caráter, formação pessoal e profissional, bem como possibilitam reflexões, embora refletir sobre tais experiências seja uma escolha subjetiva. Em percurso a esta pesquisa, sente-se na pele os desafios de ser professora em tempos de pandemia ocasionada pela Covid-19; se antes o caminho era árduo, agora outros problemas são enfrentados, como as metodologias on-line e adequadas a sua interação para aprender novos recursos educativos que personalizem a docência em tempos de pandemia.

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PARTICIPAÇÃO NA GESTÃO DEMOCRÁTICA: A PERCEPÇÃO DOS SECRETÁRIOS ESCOLARES DA REDE PÚBLICA ESTADUAL – UM OLHAR PARA RONDONÓPOLIS

Autor: GISELE SILVA DAVID CAMARGO 

Resumo: Esta pesquisa está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGEdu da Universidade Federal de Rondonópolis – UFR, na área de concentração Educação, Cultura e Processos Formativos. Linha de Pesquisa Formação de Professores e Políticas  públicas Educacionais. O estudo procurou responder a seguinte questão de pesquisa: Qual a percepção do secretário escolar acerca de sua participação na gestão democrática das escolas públicas estaduais localizadas na cidade de Rondonópolis/MT?O objeto de estudo da investigação foi a participação dos Secretários Escolares na gestão democrática de quatro escolas públicas da Rede Estadual de Ensino, localizadas no município de Rondonópolis – Mato Grosso. A partir desse delineamento, definiu-se como objetivo geral compreender a percepção dos secretários escolares sobre sua participação na gestão democrática das escolas públicas estaduais de Rondonópolis. Estabelecemos como objetivos específicos, identificar as concepções que os secretários escolares têm em relação à gestão democrática; compreender como os secretários escolares entendem sua integração com a equipe gestora e investigar a atuação dos secretários nas práticas de gestão na escola. Esses objetivos transformaram-se nos eixos de análise. O referencial teórico-metodológico da pesquisa foi subsidiado pela Metodologia de Investigação Comunicativa fundamentada na Teoria da Ação Comunicativa do filósofo e sociólogo alemão Jürgen Habermas (2012) e na perspectiva de dialogicidade do filósofo e educador brasileiro Paulo Freire (1987, 2015). A pesquisa foi realizada por meio de uma abordagem qualitativa, utilizando como instrumento de coleta de dados o grupo de discussão comunicativo, desenvolvido a partir de um roteiro com os temas para discussão e o questionário. Participaram deste estudo, 4 (quatro) secretários escolares de diferentes escolas estaduais localizadas na cidade de Rondonópolis/MT. A análise dos dados, a partir da metodologia proposta, evidenciou que, apesar de a legislação do estado de Mato Grosso estabelecer uma equipe para compartilhar a gestão das escolas estaduais, preconizar o secretário escolar como um membro dessa equipe e, portanto, agente da gestão democrática, os secretários escolares, em suas práticas, enfrentam dificuldades para efetivar sua participação nesse processo. As dificuldades se encontram em diferentes ações, seja na integração com a equipe gestora, seja na prática de participação nos mecanismos de gestão democrática.

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LEITURA NO ÂMBITO DO PNAIC: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO EM TESES E DISSERTAÇÕES

Autora: HELENICE DE AGUIAR SOARES

Resumo: Esta investigação vincula-se ao grupo de Pesquisa ALFALE – Alfabetização e Letramento Escolar, ao Programa de Pós-Graduação em Educação – Instituto de Ciências Humanas e Sociais, da Universidade Federal de Mato Grosso, atualmente Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), na linha de pesquisa: Linguagens, Cultura e Construção do Conhecimento: perspectivas histórica e contemporânea. A pesquisa tem como objetivo geral analisar as abordagens da leitura em teses e dissertações no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) e publicadas na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) no período de 2013 a 2019. Os objetivos específicos são: a) investigar, nas produções científicas mencionadas, a abordagem da leitura; b) mapear dados como nível acadêmico, regiões de defesas, programas de pós-graduação, áreas do conhecimento, referencial teórico-metodológico dos trabalhos analisados. A escolha por estudar a leitura no âmbito do PNAIC surge da seguinte questão: Quais são as abordagens da leitura em teses e dissertações no PNAIC e publicadas na BDTD? A constituição do corpus da pesquisa partiu da coleta de dados na plataforma da BDTD do Instituto Brasileiro de Informação em Ciências e Tecnologia (IBICT), disponibilizados no site www.bdtd.ibct.br. No universo da pesquisa foram encontrados 71 (setenta e um) trabalhos, sendo 63 (sessenta e três) dissertações de mestrado e 08 (oito) teses de doutorado. Esse estudo se deu mediante uma abordagem qualitativa, descritiva, exploratória, com procedimentos teórico-bibliográficos na modalidade Estado do Conhecimento. Buscou-se, para esta pesquisa, os aportes teóricos de Ana Teberosky e Teresa Colomer (2003), Anna Camps e Teresa Colomer (2002), Isabel Solé (1998), Leffa (1996) e Mary Kato (1990) entre outros. Para análise dos dados foram adotados os princípios da Análise de Conteúdo, como preconiza Bardin (2016). Isso possibilitou a sistematização dos dados e a definição das seguintes categorias temáticas: Leitura em relação à prática docente e ao ensino; Leitura em relação aos estudos dos cadernos de formação do PNAIC. Os resultados evidenciaram as leituras mediadas pela ação docente desenvolvida no âmbito educacional, concretizadas por práticas educativas para promover o ensino baseadas em atividades com literatura infantil, leitura deleite, sequência didática e gêneros textuais. Quanto às concepções da leitura, constatou-se que privilegiam a leitura no processo interativo em que o sujeito participa ativamente acionando conhecimentos prévios e de mundo, numa construção de sentidos. Percebe-se ênfase maior nos trabalhos voltados para a apropriação da escrita do que para a leitura.

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EU, O OUTRO E O ESPAÇO: O TEATRO NA RESSIGNIFICAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CORPO DE JOVENS ESTUDANTES DE PEDAGOGIA

Autor: HIGOR ANTONIO DA CUNHA

Resumo: Esta dissertação resulta da pesquisa de Mestrado desenvolvida junto ao Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário de Rondonópolis (PPGEdu/UFMT/CUR), na Linha de Pesquisa Infância, Juventude e Cultura Contemporânea: direitos, políticas e diversidade. O objetivo foi compreender como a linguagem teatral pode evidenciar e ressignificar os sentidos atribuídos ao corpo, por parte das jovens estudantes do curso de Pedagogia da referida universidade, contribuindo para uma educação da sensibilidade estética. Pretendeu-se responder ao seguinte problema de pesquisa: Até que ponto um processo criativo com a linguagem teatral pode ressignificar a educação do corpo em jovens estudantes do curso de Pedagogia? Para tanto, foram utilizados como referenciais teóricos para se pensar a Educação as contribuições de Larrosa (2002), Galeffi (2007) e Ferreira-Santos e Almeida (2020). As teorias e as propostas teatrais que inspiraram as práticas e as análises vêm dos Estudos do Teatro, na presença dos autores como Boal (1988), Lecoq (2010) e Spolin (2010). Além disso, as reflexões de teóricos da Sociologia da Juventude, como Pais (1990) e Groppo (2017), foram importantes, assim como as investigações de autores dos Estudos do Corpo e que discutem a corporeidade, tais como l Foucault (1999), Le Breton (2007) e Haraway (2009). Esta pesquisa educacional foi baseada nas metodologias da autobiografia associada à Jornada Interpretativa (FERREIRA-SANTOS; ALMEIDA, 2020), valendo-se das experiências com a linguagem teatral do jovem pesquisador, em diálogo com a metodologia da pesquisa-ação, com jovens estudantes, entre 15 e 29 anos, do curso de Pedagogia já referido. A partir dos resultados observados pelo pesquisador nas práticas dos jogos dramáticos e teatrais, dos relatos das participantes, da vivência do pesquisador e da pesquisa bibliográfica, foram tecidas análises sobre o Corpo e suas relações com o autoconhecimento, com as relações sociais e com a experiência do mundo ao seu redor. As análises apontam que, explorando as confluências desses diálogos e das experiências vividas, afirma-se a potência do Teatro como um caminho para uma educação mais sensível, ativa e libertadora dos corpos jovens, constituindo-se, assim, em importante contribuição para a formação das pedagogas.

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COORDENADORES INICIANTES E EXPERIENTES E AS PRÁTICAS DE ACOLHIMENTO, ACOMPANHAMENTO E INDUÇÃO: EU, ELES E O ESPELHO

Autor: JÉSSICA LORRAYNE ANANIAS DA SILVA

Resumo: A presente pesquisa está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Mato Grosso, (PPGEdu/UFMT), na linha de pesquisa Formação de Professores e Políticas Públicas Educacionais. Está inserida no grupo de pesquisa InvestigAção, ao qual era vinculado, até 2017, o Observatório da Educação (OBEDUC). A pesquisa objetivou compreender como se dá a atuação dos coordenadores pedagógicos iniciantes (CPI) e experientes (CPE) na função, acerca da acolhida/acompanhamento e indução de professores em início de carreira (PI) durante o primeiro semestre. Para isso, apresentam-se as seguintes questões de pesquisa: É possível detectar, na formação da SEMED/ROO para os coordenadores pedagógicos, ações que orientem para projetos de indução com iniciantes nas escolas da rede? O que revelam os iniciantes acerca do acompanhamento e formação/indução nos primeiros seis meses mais críticos de seu exercício profissional? Como o professor iniciante percebe os processos de acompanhamento, inserção e indução quando realizado por coordenadores pedagógicos iniciantes e experientes? A pesquisa ancora-se na abordagem qualitativa, e, para participarem da investigação, foram selecionados dois coordenadores pedagógicos iniciantes, dois experientes e dois professores iniciantes, atuantes na rede municipal de Rondonópolis, município de Mato Grosso. Como instrumentos para a coleta de dados, utilizaram-se entrevistas reflexivas e a análise documental. Como resultados da pesquisa, as narrativas revelaram que as ações de acolhimento e acompanhamento ofertadas aos iniciantes partem, em maioria, de uma autoformação dos coordenadores pedagógicos e as intervenções costumam ser pontuais. Embora não haja um projeto institucionalizado de indução à docência, os esforços para que isso ocorra estão sendo feitos. A pesquisa indicou ainda que os coordenadores necessitam de um atendimento às necessidades formativas voltadas ao acolhimento, acompanhamento e indução dos iniciantes.

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NARRATIVAS REFLEXIVAS-FORMATIVAS DE PROFESSORAS INICIANTES NO EXERCÍCIO DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

Autora: JÚLIA ALESSANDRA MACHADO DE CASTRO

Resumo: A presente pesquisa está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Mato Grosso – Câmpus Universitário de Rondonópolis (PPGEdu/UFMT/CUR), na linha de pesquisa Formação de Professores e Políticas Públicas Educacionais. Está inserida no grupo de pesquisa InvestigAção, ao qual, até 2017, o Observatório da Educação (OBEDUC) estava vinculado, mantendo suas ações formativas, atualmente, com o nome FormEduc. O objeto de estudo desta pesquisa são os caminhos formativos de professoras iniciantes à ação formadora da coordenação pedagógica, a partir de suas narrativas autobiográficas escritas, suscitadas por meio do seguinte questionamento: A formação ofertada pela Secretaria Municipal de Educação de RondonópolisMT (SEMED/Rondonópolis) aos coordenadores pedagógicos tem colaborado para o exercício do coordenador que assume tal função, ainda enquanto professor iniciante, especialmente por ser esse o responsável pela formação centrada na escola? Para responder a essa questão, foram delineados os seguintes objetivos: o objetivo Geral: Analisar os reflexos da formação continuada ofertada pela SEMED/Rondonópolis, à ação formadora do professor iniciante em exercício da coordenação pedagógica, a fim de favorecer a constituição dos saberes e dos caminhos formativos centrados na/da escola e, os Específicos: Identificar e apresentar os encaminhamentos e os desdobramentos da formação para coordenadores SEMED/Rondonópolis no contexto escolar; Investigar as experiências vivenciadas por professores iniciantes no exercício da coordenação pedagógica, a partir da formação continuada (SEMED/Rondonópolis), a fim de apresentar os desdobramentos dessa formação para a prática desses profissionais e, Identificar e problematizar as práticas formativas que são consideradas mais significativas para o desenvolvimento profissional para esses docentes iniciantes na função de coordenador pedagógico. A Pesquisa de abordagem qualitativa, assumiu a autobiografia de professoras iniciantes coordenadoras pedagógicas, tendo como metodologia de coleta de dados os Memoriais e as Cartas Pedagógicas, via correio eletrônico. Para a efetivação da pesquisa, foram convidadas três professoras iniciantes no exercício da coordenação pedagógica. Os dados produzidos, a partir das escritas das colaboradoras da pesquisa, foram analisados segundo a análise compreensiva interpretativa e organizados segundo a trajetória formativa: educação básica ao ensino superior, formação ofertada pela SEMED/Rondonópolis e ação formadora da professora iniciante, enquanto coordenadora pedagógica. A pesquisa mostra que as professoras iniciantes no exercício da coordenação pedagógica compartilham os sentimentos de insegurança, ansiedade, frustrações, abandono, expectativas e superação. Utilizaram de suas experiências formativas, ao longo da vida, para conduzir suas ações na função de coordenar o pedagógico da escola. Compreendem a formação continuada como essencial para seu trabalho e apontam que não se sentiram contempladas, em suas especificidades, enquanto professoras iniciantes que assumem a função da coordenação pedagógica. Revelaram não haver reflexos da formação a elas ofertada, quanto às suas ações, como formadoras de formadores. Com relação à ação formadora na escola, revelaram ações que condizem com a formação centrada na escola, buscam atender a realidade do contexto de cada instituição e as necessidades formativas dos professores. Reforçam que essas necessidades foram ouvidas e trabalhadas em prol da promoção de uma educação com qualidade social, embora haja muito o que avançar.

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PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA INGRESSANTES NA CARREIRA DOCENTE EM MATO GROSSO: O ATELIÊ BIOGRÁFICO DE PROJETOS E SEUS DESDOBRAMENTOS

Autor: JULIANA MARIA PIO

Resumo: O processo de ingresso à carreira docente é um momento complicado, pois o professor se insere em um universo desconhecido e tal fato traz angústias, medos, dúvidas, expectativas, anseios e tantos outros sentimentos que emergem nesta fase introdutória na docência. Sendo assim, o incentivo, a ajuda, a integração, a colaboração com quem assume a carreira é fundamental para contribuir com o seu desenvolvimento profissional e sua prática docente, tornando assim esse início menos angustiante e desalentador. Nesse sentido, a presente pesquisa intitulada Professores de Língua Inglesa Ingressantes na Carreira Docente em Mato Grosso: o Ateliê Biográfico de Projetos e seus Desdobramentos, apresenta narrativas autobiográficas de três professores de Língua Inglesa, que ingressaram na carreira pública docente no ano de 2018 após a chamada do concurso público, realizado no Estado de Mato Grosso no ano de 2017, e uma professora que assume o concurso público, em 2020. O problema que guiou esta pesquisa foi: como estava sendo o início da carreira dos professores de Língua Inglesa ingressantes na rede estadual da cidade de Rondonópolis/MT, após o último concurso público e que expericiam processos de coformação? É dentro deste contexto que apresenta-se como objetivo geral, apresentar e analisar processos de co-formação de professores de Língua Inglesa ingressantes na carreira docente na rede estadual da cidade de Rondonópolis/MT, a fim de conhecer o desenvolvimento profissional dos envolvidos nesses processos formativos. E como objetivos específicos, foram elencados: propiciar espaços de coformação, visando trocas de experiências que favoreçam aprendizagens da docência; socializar o processo vivido por cada participante, a partir da proposta do processo de co-formação experenciada no Ateliê Biográfico de Projeto; apresentar as experiências vividas pelos professores ingressantes, após os desdobramentos do Ateliê Biográfico de Projeto e apresentar as experiências formativas de uma professora ingressante que assume o concurso público, após os desdobramentos do Ateliê Biográfico de Projeto. Esta pesquisa está pautada na abordagem qualitativa, tendo como método de pesquisa o Ateliê Biográfico de Projetos. A coleta de dados apoia-se nas narrativas, nos memoriais reflexivos e nos diários de campo da pesquisadora. Na análise dos dados, utiliza-se metodologia interpretativa-compreensiva e posteriormente a entrevista semiestruturada. As análises e interpretações dos dados, a partir das narrativas dos professores participantes, apresentaram os sentimentos que os envolvem, como angústias, dificuldades, fracassos, medos, mas também motivações, sucessos e muitas realizações ao longo do ingresso na carreira pública docente. No entanto, os desdobramentos da pesquisa, demonstraram o quanto o desenvolvimento profissional se dá em continuum, já que as necessidades formativas estarão sempre presentes. Entende-se que há sempre o que se ensinar, mas há sempre o que se aprender e, dessa forma, a pesquisa cumpriu o que foi proposto, isto é, acompanhar e colaborar com a co-formação dos professores de Língua Inglesa, ingressantes na carreira docente na rede estadual da cidade de Rondonópolis/MT, a qual favoreceu o desenvolvimento profissional dos envolvidos nesse processo formativo.

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O PAPEL INCLUSIVO DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO PARA OS ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA NA SALA DE RECURSOS NO MUNICÍPIO DE RONDONÓPOLIS – MT

Autor: JULIANE ROGONNI FERRARI BERNACKI

Resumo: O Atendimento Educacional Especializado é uma política pública que institucionaliza dispositivos metodológicos de inclusão que têm como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade, tendo em vista o ensino aprendizagem e a eliminação de barreiras institucionais que impedem a participação plena dos estudantes com deficiências, transtorno do espectro autista, altas habilidades e superdotação no espaço escolar, segundo as especificidades e suas necessidades educacionais. O objetivo desta pesquisa é verificar qual o tipo de inclusão que está sendo oferecido por meio do Atendimento Educacional Especializado (AEE) nas salas de recursos de Rondonópolis, MT, para os estudantes com deficiências físicas e sensoriais. Este trabalho utiliza abordagem qualitativa e análise documental, sendo a entrevista instrumento de pesquisa, realizada em uma escola da rede municipal. As entrevistas semiestruturadas foram realizadas com professoras do AEE e da sala comum, diretora, coordenadora, pais ou responsáveis pelas crianças com deficiência que participam do atendimento educacional e estagiárias que trabalham diretamente com os estudantes. Nesta perspectiva de verificar alguns importantes fatores relacionados à inclusão, também foram considerados os documentos que fazem parte da constituição da escola, como o Projeto Político-Pedagógico (PPP), o Plano de Desenvolvimento Individual (PDI), normativas e outros que foram considerados importantes para compreender o processo de inclusão. Esta documentação tem o intuito de elucidar os elementos utilizados nesta pesquisa para verificar a aplicabilidade e execução das políticas públicas vigentes atualmente no país. Foram utilizados aportes teóricos de autores da teoria crítica da sociedade, como Theodor Adorno, Max Horkheimer, Crochík e outros, que se empenham em elucidar as discussões sobre educar para tolerância e convivência, com inclusão de fato. Para problematizar a realidade descrita sobre o Atendimento Educacional Especializado é necessário realizar um questionamento central: qual é o tipo de inclusão promovido pelo serviço do AEE no município de Rondonópolis- MT e desenvolvido nas salas de recursos multifuncionais de forma a promover a inclusão nos espaços escolares e sociais? Assim, conforme os resultados obtidos por esta pesquisa, foi constatado que a escola inclusiva, para que aconteça, necessita de reformulação dos currículos, das avaliações, da formação dos professores e de políticas educacionais democráticas, de modo que se produza uma transformação na escola tradicional tornando-a efetivamente inclusiva.

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A FORMAÇÃO DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO NO CAMPO DA SAÚDE: A PRÁTICA DOCENTE DO ENFERMEIRO

Autora: KARLA CAROLINE ARAÚJO SILVA

Resumo: Esta pesquisa encontra-se vinculada à linha de Formação de Professores e Políticas Públicas Educacionais, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Foram investigados enfermeiros e enfermeiras docentes de cursos de graduação em Enfermagem, quanto a sua prática pedagógica. A problemática para essa investigação é a que sempre permeou toda a minha experiência enquanto docente, que é a ausência de uma formação pedagógica dos profissionais docentes da área da saúde. Diante disso, foi estipulado como objetivo geral: analisar a formação pedagógica dos enfermeiros atuantes na docência do Ensino Superior (ES), em Rondonópolis (MT); e para complementar as informações ressalto os objetivos específicos que foram traçados: a prática pedagógica dos participantes; a realização ou não de educação continuada e permanente; conhecer o projeto pedagógico dos cursos a qual exercem suas funções, e analisar os recursos e elementos utilizados pelos mesmos para o fazer pedagógico. Participaram desta pesquisa 12 docentes dos cursos de enfermagem da UFMT e uma instituição particular. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada de modo online, ferramentas Google Meet e Skype, ocorrendo esta após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos participantes. Posteriormente, as entrevistas foram transcritas e submetidas à análise de conteúdo, sendo estes organizados em eixos para melhor análise dos mesmos. Discorrer sobre essa temática originou em uma avaliação em vários aspectos sendo eles, pedagógicos, estruturais, políticos e sociais, efetivado nos resultados e confirmando várias teorias acerca da docência no ensino superior no campo da saúde. Nesta pesquisa destaca-se o quanto o início da carreira docente para o profissional Enfermeiro é desafiador, na qual depende de experiências constantes para construir a identidade de professor, enfrentando obstáculos diários, mas que trazem consigo a resistência do profissional da saúde que é a de persistir e propor formas de encarar as diversas mudanças no contexto universitário do nosso país. Contudo, pode-se perceber profissionais com experiência que ainda enfrentam a desvalorização salarial, a falta de apoio institucional para executar a prática pedagógica, bem como a adversidades e condicionantes sociais que os cursos da saúde e a assistência em saúde enfrentam, mas que ainda assim exercem o papel diante de uma educação emancipadora onde o aluno é o protagonista. Afirmo que o início da mudança pedagógica nos cursos da área da saúde ocorre a partir do momento em que os docentes conseguem visualizar a importância da educação para uma sociedade e compreenderem o verdadeiro papel de mediador que possuem e então poderemos acreditar em uma educação justa, cidadã e emancipadora.

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SENTIDOS DA LEITURA LITERÁRIA PARA A FORMAÇÃO LEITORA: ANÁLISE DE PUBLICAÇÕES NA BIBLIOTECA DIGITAL BRASILEIRA DE TESES E DISSERTAÇÕES (BDTD)

Autora: KARLLENE SILVA DOS ANJOS

Resumo: Esta dissertação de mestrado vincula-se ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso, Câmpus de Rondonópolis (PPGEdu/UFMT), na linha
de pesquisa: Linguagens, Cultura e Construção de Conhecimento: perspectivas históricas e contemporâneas, e ao grupo de Alfabetização e Letramento Escolar (ALFALE/UFMT). Por meio do mapeamento dos estudos de teses e dissertações que outros pesquisadores publicaram sobre “formação do leitor literário”, realizou-se esta pesquisa em torno de quatro macrocategorias: leitura, leitura literária, literatura e formação leitora, a fim de analisar sentidos da leitura literária para a formação leitora. Como referência, utilizaram-se as publicações disponíveis no banco de dados da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), no endereço: http://bdtd.ibict.br. O corpus analisado resultou de uma busca por documentos, nos quais se identificou a presença dos descritores “formação leitora” “leitura literária” no corpo do texto. Na sequência, o filtro utilizado foi “literatura” para a delimitação do assunto. A investigação das pesquisas publicadas considerou o intervalo de 2002 a 2019 como espaço temporal por ano de defesa. Dos documentos encontrados, verificou-se um total de 51 publicações, com 37 dissertações e 14 teses. A questão central foi encontrar resposta para a seguinte indagação: Quais são os sentidos da leitura literária para a formação leitora em teses e dissertações disponíveis na BDTD? O objetivo geral da pesquisa foi analisar sentidos da leitura literária para a formação leitora em teses e dissertações disponíveis na BDTD, e se desdobra nos seguintes objetivos específicos: para uma abordagem mais quantitativa – relacionar instituições que mais se dedicam ao estudo da temática desta pesquisa; identificar autores mais citados e a confluência entre eles no que diz respeito à formação do leitor literário; mapear as principais referências teóricas e metodológicas utilizadas em teses e dissertações; para uma abordagem mais qualitativa – investigar quais são as definições atribuídas pelos pesquisadores a cada uma das quatro macrocategorias nas publicações selecionadas para compor o corpus desta pesquisa. A pesquisa é documental, do tipo estado do conhecimento, e como metodologia de interpretação de dados foi utilizada a Análise de Conteúdo proposto por Bardin (2010). O arcabouço teórico da pesquisa foi constituído por autores que discutem leitura, literatura, leitura literária e formação leitora, são eles: Foucambert (1994), Silva (2003), Kleiman (2011), Lajolo (1981), Eco (2006), Colomer (2007), Zilberman (2009), Orlandi (1996), Cosson (2018), Candido (1994), Soares (2006), Martins (2006), Bakhtin (1997), Iser (1999), Jauss (1994), entre outros autores. As discussões teóricas em torno das macrocategorias subsidiaram a investigação e a análise dos sentidos. Dessa forma, espera-se que este estudo possa contribuir com as pesquisas sobre a leitura literária para a formação leitora.

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A INFÂNCIA NA OBRA O MENINO MALUQUINHO DE ZIRALDO: REFLEXÕES PARA O CONTEXTO EDUCATIVO

Autora: KÁTHIA DOS SANTOS ROCHA

Resumo: O estudo está vinculado à linha de pesquisa “Linguagens, Cultura e Construção do Conhecimento: Perspectivas Históricas e Contemporâneas” e tem como tema uma análise sobre a infância, tal como aparece representada no livro O Menino Maluquinho e consequentes reflexões para os estudos educacionais. Esta obra de Ziraldo foi escolhida pelo impacto na cultura brasileira e escolar: ao completar 40 anos da 1a edição em 1980, cerca 4 milhões de exemplares haviam sido vendidos, em 129 edições. O objetivo geral consiste em examinar na produção discursiva de O Menino Maluquinho enunciações sobre a infância e o modo como impactam as reflexões sobre educação. Como objetivos específicos, enumeram-se: Refletir sobre a teoria enunciativa de Bakhtin; Analisar as concepções de infância tradicionais e científicas que datam desde os primórdios da modernidade até as concepções contemporâneas propostas pelos estudos sociais da infância; Analisar o cenário dialogizador em que se insere o livro O Menino Maluquinho, considerando a tríade bakhtiniana sujeito do discurso (autor) / objeto do discurso (livro) / interlocutores (leitores); Refletir sobre aspectos das rotinas escolares presentes na narrativa; Identificar em que medida também os posicionamentos enunciativos não reproduzem ditos sobre a infância que perpetuam visões tradicionais de submissão dos pequenos atores ao governo adulto. O arranjo metodológico busca aportes na Teoria do Enunciado, de Bakhtin e o Círculo. As análises contam, além destes, com nomes como Marcuschi (2002), Faraco (2009), Dionísio (2014), ampliando os conceitos sobre enunciação e dialogismo e Corsaro (2011), dentre outros, com relação às reflexões sobre infância. O esforço teórico reafirma a defesa dos direitos de nossos pequenos cidadãos ao protagonismo social, autonomia, expressão, liberdade, dentre outros, que são rotineiramente aviltados e que a enunciação de O Menino Maluquinho, em sua complexidade e riqueza literária, denuncia de modo mais claro no contexto escolar. A criança materializada no livro de Ziraldo dá voz a milhões de meninas e meninos, ali representados em sua singularidade, atores de seus destinos.

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CONTEXTO DE INFLUÊNCIA NO PROCESSO DE CRIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS DO CAMPO NO GOVERNO DE LUÍS INÁCIO LULA DA SILVA (2005-2010)

Autor: LEANDRO MESQUITA MARQUES

Resumo: O presente trabalho objetiva ampliar as discussões concernentes à Educação do Campo. Mais especificamente, este trabalho visa compreender como as políticas públicas de Educação do Campo criadas no governo petista de Luís Inácio Lula da Silva, entre os anos de 2006 a 2010, surgiram bem como o contexto de influência(s): quais atores sociais (Movimentos Sociais, intelectuais, agentes políticos, outros) mais contribuíram no processo de construção subjacente a criação destas políticas. O documento analisado é o “Educação do Campo: marcos normativos” de 2012, produzido pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão – SECADI. Para tanto, o trabalho se encontra dividido em quatro capítulos. No primeiro capítulo estão elencadas as categorias centrais nas quais este trabalho se ancora bem como nos autores e obras discutidos no processo de tecimento dessa dissertação. A discussão recorrente no segundo capítulo diz respeito à história e princípios da Educação do Campo e da Política Pública de Educação do Campo no Brasil. Descrito no terceiro capítulo, estão as regulamentações inseridas no documento analisado, citado acima, e suas principais características e axiomas. No quarto capítulo estabelece conexões sobre como os Movimentos Sociais, Universidades e Agentes do Neoliberalismo influenciaram a criação das políticas públicas de Educação de modo geral e do Campo em específico. Conclui que, no período do governo petista de Lula, o Neoliberalismo condicionou os rumos que as políticas educacionais no Brasil trilharam. Porém, no que diz respeito às políticas públicas de Educação do Campo, houve uma tangível e sensível atuação dos Movimentos Sociais como protagonistas na criação de diversas políticas; inclusive na ampliação de recursos destinados ao Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA). Salienta, nos quatro capítulos em que se divide, que a política pública de Educação do Campo é fruto da luta incessante de Movimentos Sociais atuantes no Campo e que esta, por sua vez, corre na esteira da luta pela Reforma Agrária.

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EDUCAÇÃO E CINEMA: ANÁLISE DAS REPRESENTAÇÕES DE EDUCAÇÃO NO FILME PINK FLOYD-THE WALL (1982)

Autor: LUCAS CODORNIZ MORAIS

Resumo: A educação se apresenta através de inúmeras possibilidades e em diversos contextos. Nessa abordagem, as mídias se tornam cada vez mais objetos de estudos e análises. A cultura midiática que permeia a sociedade contemporânea ajuda a moldar corpos e narrativas, mas ao mesmo tempo podem se tornar ferramentas para possibilitar ressignificações e resistências. Através da abordagem dos Estudos Culturais, se torna possível analisar inúmeras perspectivas e possibilidades dentro dos espaços midiáticos e um campo que se apresenta como importante ferramenta de pesquisa é o universo cinematográfico. O cinema ao emergir na modernidade, se apresenta como artefato cultural que educa politicamente e socialmente as pessoas através de Pedagogias Culturais. Desse modo, se torna importante entender como operam os mecanismos através da linguagem cinematográfica e das relações de representações. O trabalho dialoga nesse sentido com alguns estudiosos do cinema como Elizabeth Ellsworth, Graeme Turner, Rosália Duarte, Francis Vanoye e Anne Goliot-lété. Na presente pesquisa, o filme de Alan Parker “Pink Floyd – The Wall” (1982) se torna objeto de investigação para analisar e problematizar as representações de juventudes e educação dentro da película e busca compreender se o filme continua importante para refletir a educação em tempos atuais. A dissertação apresenta alguns teóricos da juventude como Jon Savage, José Machado Pais e Juarez Dayrell e da educação como Carlos Rodrigues Brandão e Paulo Freire. Os aportes de Douglas Kellner, Tomaz Tadeu Silva e Stuart Hall visa através dos Estudos Culturais apresentar os resultados das análises nas cenas que foram selecionadas durante o processo de pesquisa no filme. Em Foucault, o entendimento das relações de poder visa contribuir a pensar como essas relações funcionam e são representadas nas cenas escolares do filme. Alguns resultados destacados nas considerações do trabalho apontam e reforçam a importância do filme para se pensar e problematizar a educação em tempos atuais. A referida pesquisa faz parte do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu/CUR/UFMT) campus de Rondonópolis-MT e se insere na linha de pesquisa Infância, juventude e cultura contemporânea: direitos, políticas e diversidade.

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A COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E O PROFESSOR ARTICULADOR DE APRENDIZAGEM: A DIALOGICIDADE EM TORNO DA PRÁTICA EDUCATIVA

Autora: MÁRCIA INÊS DE SOUZA

Resumo: A presente pesquisa apresenta estudos sobre o processo educativo na educação básica estabelecendo conexões dialógicas com profissionais que atuam em funções específicas na escola: Coordenação Pedagógica e Professor Articulador de Aprendizagem. O estudo das relações, neste contexto, foi motivado no decorrer de minha constituição profissional, pelas especificidades das funções, se tornou meu objeto de pesquisa a nível de mestrado vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu/UFR-MT) na linha de Formação de Professores e Políticas Públicas Educacionais e foi desenhado a partir da questão de investigação: Como se estabelece a relação dialógica entre a Coordenação Pedagógica e o Professor Articulador de Aprendizagem no contexto da escola? Assim, a pesquisa está fundamentada no pressuposto teórico freiriano para refletir sobre a dialogicidade e a coordenação como práxis dialógica. O objetivo geral da pesquisa foi definido como investigar a dialogicidade na prática educativa na escola envolvendo a Coordenação Pedagógica e o Professor Articulador de Aprendizagem. Para tanto, elencou-se alguns objetivos específicos, quais sejam: compreender como a Coordenação Pedagógica desenvolve a ação pedagógica com o Professor Articulador de Aprendizagem; refletir sobre a função Coordenação Pedagógica no cotidiano da escola, considerando os diversos aspectos que a envolvem; analisar os limites e as possibilidades da dialogicidade como instrumento de mediação da prática educativa; caracterizar as contribuições do trabalho do Professor Articulador de Aprendizagem no fazer pedagógico. A opção pelo método dialético-dialógico freiriano, para entender as relações estabelecidas entre o sujeito, o contexto social, o fazer pedagógico e a situação organizacional da instituição e das políticas que regem o ensino escolarizado, foi pautado na perspectiva de análise qualitativa, na qual o diálogo se configura num eixo orientativo de construção de significados. Para a construção da empiria, foi realizada a análise do Projeto Político Pedagógico (PPP) de cada escola envolvida na pesquisa, dos documentos legais da Secretaria de Estado de Educação (SEDUC/MT) que ordenam as funções no contexto da escola organizada por Ciclos, e ainda, do questionário e da entrevista semiestruturada, foi realizado o levantamento de dados com 3 coordenadores (as) e 3 professoras articuladoras de três escolas da educação básica da rede estadual do estado de Mato Grosso. A análise dos dados propiciou ampliar a compreensão de como a coordenação pedagógica desenvolve a ação com o professor articulador e mostrou que há movimentos importantes de diálogo entre eles. Os limites e as possibilidades da dialogicidade na escola foram refletidos na análise dos dados. No contexto da escola, são muitas as possibilidades da relação dialógica, os participantes são unânimes em relatar a sua importância para o bom desenvolvimento da prática, para melhoria no processo pedagógico de modo geral e para o fortalecimento da ação pedagógica desenvolvida pelo Professor Articulador. Os limites da dialogicidade, refletidos nos dados da pesquisa, demonstram as situações que não colaboram para interações dialógicas, a dinâmica cotidiana, bem como orientações oficiais são apontadas como dificultadoras do diálogo entre os atores do processo pedagógico. Sobre as potencialidades da função, no contexto da escola, a/o professor/a articulador/a pode construir, juntamente com o/a coordenador/a, relações dialógicas que envolvem os/as professores/as regentes e o diálogo se mostra muito exitoso para a aprendizagem do aluno. Acrescento outro aspecto importante que se é dado ao/a professor/a articulador/a, abertura para atuar em colaboração com os regentes, ele vai contribuir para melhoria do processo pedagógico na escola. A pesquisa mostrou ainda que todas as ações importam, seja em sala de aula, em reuniões pedagógicas, em espaços formativos, em movimentos sociais, em grupo de estudos, independentemente da função, a análise crítica se direciona para fortalecer a ação do/a professor/a na escola.

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LEI 10.639/03 E LEI 11.645/08: POSSIBILIDADES E DESAFIOS PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA – ESCOLA ESTADUAL SÃO PEDRO APÓSTOLO – PEDRA PRETA-MT

Autor: MARIA DE FATIMA LIMEIRA DA SILVA CUNHA

Resumo: Objetivamos investigar quais as possibilidades e os desafios para a construção de uma educação antirracista na Escola Estadual São Pedro Apóstolo em Pedra Preta-MT, considerando a implementação das Leis 10.639/03 e 11.645/08. Destacamos que o procedimento de coleta de dados se deu inicialmente através de levantamento bibliográfico, seguido da pesquisa documental – Projeto Político Pedagógico – e, em seguida, pelo envio dos questionários online aos participantes da pesquisa. A pesquisa foi desenvolvida na Escola Estadual São Pedro Apóstolo na cidade de Pedra-MT, buscando para esse fim uma amostragem significativa. Trabalhamos com catorze (14) participantes, sendo doze (12) alunos matriculados em turmas do 6° ao 9° ano, uma (01) professora de História e a diretora escolar. Para a coleta de dados, os participantes da pesquisa responderam ao questionário online, disponibilizado a eles através do Google Forms. Precisamos realizar a coleta de dados dessa maneira em função da pandemia da covid-19, a qual nos impôs um rigoroso isolamento social. A coleta de dados seria presencial, porém, a pandemia nos forçou a modificar a metodologia proposta inicialmente, considerando que precisamos nos resguardar e também pensar na saúde dos estudantes, professor e diretor escolar envolvidos nessa pesquisa. O recorte temporal do estudo compreendeu o período que se estende do ano de 2003 até 2020, com destaque para toda a legislação voltada para as questões étnico-raciais aprovada nesse intervalo de tempo, até o momento da realização dessa pesquisa. A perspectiva teórica adotada para desenvolver esta pesquisa é a Perspectiva Decolonial, desenvolvida por pensadores como o filósofo argentino Enrique Dussel, o sociólogo peruano Aníbal Quijano, o semiólogo e teórico cultural argentino-norte-americano Walter Mignolo, o sociólogo porto-riquenho Ramón Grosfoguel, a linguista norte-americana radicada no Equador Catherine Walsh, o filósofo porto-riquenho Nelson Maldonado Torres e o antropólogo colombiano Arturo Escobar. Além destes estudiosos, também contribuíram com esta pesquisa as ideias e conceitos desenvolvidos por Nilma Lino Gomes, Abdias Nascimento Bell Hooks, Kabengele Munanga, Djamila Ribeiro, Lilia Moritz Schwarcz, entre outros, que são pesquisadores e pesquisadoras que nos ajudaram a entender a questão do racismo, das relações étnico-raciais e a importância de uma educação libertadora, emancipatória e engajada na luta contra o racismo e a discriminação racial. O método de pesquisa foi pautado na abordagem qualitativa e a técnica empregada é a análise de conteúdos, desenvolvida por Laurence Bardin (2011). A observação foi utilizada como recurso complementar, de aprofundamento das questões relacionadas ao desenvolvimento das práticas educativas voltadas ao combate ao racismo, ao preconceito e à discriminação racial no espaço escolar.

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DISCURSOS DA VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: DESVELANDO O CANTO DA SEREIA DO PIBID

Autor: NATHAN GENARIO DA SILVA SANTOS

Resumo: A presente pesquisa, de natureza qualitativa, debruça-se sobre o tema da formação de professores, tendo elegido como objeto de investigação o PIBID-Matemática de uma Instituição Pública Federal de Ensino Superior, do Estado do Mato Grosso. Estabeleceu como objetivo geral investigar as percepções do PIBID como política pública de formação de professores entre os agentes do PIBID-Matemática, e os seguintes objetivos específicos: analisar os discursos presentes na (política de) formação de professores, em particular, na educação matemática; compreender as nuances do PIBID como política na formação de professores; apreender as percepções dos agentes do PIBID-Matemática quanto às contribuições e implicações do PIBID. Como referencial teórico-metodológico foi adotado o Ciclo de Políticas, desenvolvido por Stephen J. Ball e colaboradores. Fizeram-se presentes na discussão, também, referenciais vinculados ao campo das políticas públicas educacionais, formação de professores e educação matemática. Para o tratamento analítico dos dados, foi escolhida a Análise Textual Discursiva (ATD), desenvolvida por Roque Moraes, por se tratar de uma técnica de análise de dados de natureza qualitativa. A empiria foi desenvolvida por meio de questionários eletrônicos, aplicados a cada um dos perfis de participantes do PIBID, a saber: coordenadores do subprojeto do PIBID matemática na Universidade (2); supervisores do PIBID na escola (2); graduandos pibidianos (5). Os resultados da pesquisa demonstraram que, ao mesmo tempo em que o PIBID se insere como uma ação/proposição demandada pelo discurso de valorização dos profissionais da educação, em particular, dos professores de matemática, o debate em torno do PIBID tem sido pouco ressaltado enquanto uma política pública educacional, assim como as implicações que o programa pode apresentar a depender da forma como é operacionalizado. Ressaltamos a preocupação quanto ao papel distorcido do PIBID na formação inicial e continuada de professores (de matemática), pois os problemas identificados na pesquisa têm passado despercebidos pelos agentes que dele participam.

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O PROFMAT COMO POLÍTICA DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: CONCEPÇÕES EDUCACIONAIS E IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS

Autor: POLLYANA CRISTINA DUARTE

Resumo: O Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (PROFMAT) é um programa de Pós-Graduação Stricto Sensu semipresencial que possui ênfase no conteúdo matemático, e estabelece como objetivo promover a formação continuada dos professores de Matemática da rede pública, com a justificativa de melhorar a Educação Básica nos índices avaliativos de larga escala. Tal programa foi instituído nas universidades brasileiras no ano de 2011, sendo o precursor de outros mestrados profissionais dos Programas de Mestrado para Qualificação de Professores da Rede Pública de Educação Básica (ProEB), que visam proporcionar ao professor uma formação continuada com o aprofundamento e atualização do saber conteúdista. Esta pesquisa consiste em uma análise crítica e reflexiva do PROFMAT, buscando evidenciar o programa como política de formação continuada de professores de Matemática, abordando concepções educacionais e implicações pedagógicas nesse processo. Para isso, avaliam-se os documentos norteadores do PROFMAT a partir da Análise de Conteúdo, a luz de referenciais teóricos que consideram a influência do neoliberalismo sobre a educação, dentre eles, Crhistian Laval, Stephen J. Ball, Eneida Oto Shiroma, Dario Fiorentini, Ana Lúcia Manrique, Susana Beatriz Szewcyk, entre outros. Nesse delineamento metodológico, caracteriza-se a pesquisa de natureza qualitativa, utilizando o procedimento técnico de análise documental, investigando os documentos norteadores do programa. Na pesquisa identificamos as seguintes categorias a posteriori que serviram como base para análise, sendo: PROFMAT enquanto política pública educacional, objetivos e diretrizes, matriz curricular e livros pedagógicos, normas para trabalhos de conclusão de cursos e exames nacionais, sendo Exame Nacional de Acesso (ENA) e Exame Nacional de Qualificação (ENQ). Por meio da discussão dos resultados obtidos é possível concluir que o programa é derivado de reformas educacionais e pode ser entendido como uma Política Pública que visa formar e qualificar os professores de Matemática em Formação Continuada. Em seus fundamentos o programa se aproxima de uma estratégia política controle dos professores atendendo uma lógica neoliberal de educação, em preceitos de uma educação tradicional e tecnicista de profissionalização docente. O programa está amparado em um ensino conteudista na visão instrumental, que valoriza o campo da Matemática pura em detrimento a Educação Matemática, e isso ocasiona dicotomias que impactam a formação e o trabalho dos professores de Matemática. Portanto, os objetivos do programa se apresentam desconectados das necessidades objetivas da realidade escolar.

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A PRODUÇÃO DA POLÍTICA PÚBLICA DE CURRÍCULO A PARTIR DAS BIOGRAFIAS DE PROFESSORES DE HISTÓRIA

Autora: SILVANY SOARES DE OLIVEIRA

Resumo: Esta pesquisa tem como tema “A produção da política pública de currículo a partir das biografias de professores de História” e está sendo realizada no Programa de Pós-Graduação em Educação (ICHS), com o objetivo de investigar a produção da política pública de currículo a partir das biografias de professores de História. Quanto aos objetivos específicos, eles foram assim organizados: 1. Problematizar normatividades que realçam sentidos de educação entre os professores e 2. Explicitar dimensões autobiográficas na produção curricular. Problematizo, assim, como se dão as negociações sobre educar no contexto de uma política curricular normativa. A metodologia é pensada com base nos estudos autobiográficos de Janet Miller, ancorados na perspectiva pós-estrutural. No campo curricular, a fenomenologia ofereceu alguns estudos a possibilidade de pensar e investigar currículo ao se conferir voz aos sujeitos que atuam nos processos educativos. Willian Pinar propôs, por exemplo, tanto um modo de conceber o currículo como processo educativo quanto uma maneira de investigá-lo, que ele denominou currere. Assim, busco discutir através das leituras de autores que trabalham com a teoria pósestrutural do currículo, nos debates do grupo de estudo do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso, nos diálogos durante a formação continuada de professores de uma Escola Municipal de Rondonópolis e nas conversas com 3 colegas de escolas da Rede Estadual de Mato Grosso, balizada na interface de aspectos autobiográficos e do método currere da pespectiva pós-estrutural, ancorada nos autores Wilian Pinar e Janet Miller. Aproximo-me também da perspectiva discursiva por meio das pesquisadoras Alice Casimiro Lopes, Elizabeth Macedo e do pesquisador Thiago Ranniery Moreira de Oliveira. As autoras pensam a política curricular com base na teoria do discurso de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe, Thiago Ranniery e Elizabeth Macedo, especialmente com base em discussões de Judith Butler e de Kaarin Barad, vão entender e defender que “(…) as políticas, para serem públicas, precisam se comprometer com o processo de diferenciação e ter em conta relações concretas” (RANNIERY; MACEDO, 2018, p. 739). Além das conversas, a empiria conta com Análise Documental de textos curriculares oficiais, que representam, precariamente, a política (BALL et all, 2016). Foi na tentativa de costurar esses entendimentos em um contexto singular que objetivei investigar a produção da política pública de currículo a partir das biografias de professores de História. Nesse enredo que se desdobrou em conversas, busco problematizar normatividades que realçam sentidos de educação entre professores e as professoras, me incluindo nas narrativas, e explicitar dimensões autobiográficas na produção curricular através das negociações sobre educar. Essa pesquisa, então, se junta à voz dos autores estudados, juntos fazemos anunciações de que resistir à regra geral da homogeneização é possível e sempre já está acontecendo em nossas vivências. Anunciações da vida ganharam sentido no desenvolvimento desta dissertação, através das minhas/nossas histórias do que acontece nas escolas como política pública de currículo.

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“SOCIEDADES DOS AMORES”: HISTÓRIAS DE UMA TURMA EM ALFABETIZAÇÃO E UMA ALFABETIZADORA EM DEVIR

Autor: THAMARA PARTEKA

Resumo: Esta dissertação é fruto do Projeto de Pesquisa de Mestrado desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso,Campus Universitário de Rondonópolis (PPGEdu/UFMT/CUR), na Linha de Pesquisa Infância, Juventude e Cultura Contemporânea: direitos, políticas e diversidade. O projeto teve como objetivo investigar práticas de alfabetização e de letramento, a partir de experiências da autora como professora no ciclo de alfabetização entre os anos de 2018-2020, em uma escola pública de Rondonópolis, Mato Grosso. A justificativa dessa pesquisa se dá pelo fato de a pesquisadora já ter sido professora, em outros níveis de ensino, no entanto, ao deparar-se com a alfabetização, sentiu-se despreparada para lecionar e para lidar com as relações intrínsecas a esse processo, não apenas por sua falta de experiência, mas também por existir um modelo tradicional de alfabetização e de professora de alfabetização. A partir das contribuições filosóficas de Deleuze e Guatarri (2012), das questões de alfaletramento da educadora Magda Soares (2016; 1998) e de educação e sensibilidade de Marcos Ferreira-Santos e Rogério de Almeida (2019; 2020), este trabalho descreve e discute experiências de práticas de leitura e de escrita de um ponto de vista menor, tendo como foco a alfabetização e o letramento como vetores criadores de mundos e políticas de transcriação de realidades. A partir dos resultados parciais observados, percebe-se que tornar-se professora alfabetizadora e desenvolver as habilidades de leitura e de escrita acontecem em um mesmo movimento, a partir de linhas diferentes, de atravessamentos e de afetos em atos de criação e transcriação. Esta pesquisa pode interessar professoras e professores iniciantes que se deparam com inseguranças e desafios no início de carreira, mas, mormente, professoras que tenham interesse em trabalhar de modo transdisciplinar, estético e sensível, compreendo a prática educacional,também, como uma ética.

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EDUCAÇÃO E HISTÓRIA EM QUADRINHOS: ANÁLISE DAS REPRESENTAÇÕES DOS JOVENS DO CAMPO NO GIBI “CHICO BENTO MOÇO”

Autor: WELBER EDUARDO VAZ

Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo analisar as representações dos jovens do campo no gibi Chico Bento Moço, produzido pelos Estúdios Maurício de Sousa. O estudo dá ênfase à imagem estereotipada desses jovens, principalmente aquela presente na fala, na roupa e na ingenuidade do personagem. Por meio das análises, é investigado o preconceito que os estereótipos associam aos jovens do campo, sobretudo, ao migrarem para a cidade em busca de Ensino Superior e melhores condições de trabalho, mote de Chico Bento Moço. Aborda a relação deles com o ambiente rural, sua chegada à cidade, bem como os enfrentamentos relacionados à aceitação e à adaptação. Além disso, trata sobre as experiências do jovem do campo na universidade. A partir da hipótese de que muitos dos leitores podem não conhecer a realidade das diversas culturas e saberes dessas pessoas, problematizamos as imagens transmitidas nesses gibis, tendo por base os Estudos Culturais e as Pedagogias Culturais. A metodologia deste trabalho pautase na análise crítica da mídia, conforme sugerido por Douglas Kellner (2001), o qual advoga que a análise crítica da mídia possibilita às pessoas condições de examiná-la de forma mais autônoma, ficando menos sujeitas as suas sugestões e manipulações. Concluiu-se que essas representações geralmente são estereotipadas e que o poder educativo do gibi é capaz de moldar o pensamento e a visão dos leitores a respeito das pessoas do campo e pode potencializar o preconceito e a discriminação contra elas. Mas também foi possível perceber que esse produto está renovando sua forma de representar essa população por meio de uma imagem diferente desse famoso estereótipo, levando-nos a questionar se houve mudança na representação por considerar a diversidade do campo ou apenas por considerar que a cidade é capaz de tirar o “caipirês” das pessoas.

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