UFR realiza diagnóstico de coronavírus em parceria com LACEN-MT

Iniciativa torna UFR a primeira instituição pública do Estado a realizar o procedimento de testagem fora do LACEN-MT ( ... )
Por Thiago Cardassi Publicado em: 23/04/2020 10:04 | Última atualização: 07/05/2020 09:05

Iniciativa torna UFR a primeira instituição pública do Estado a realizar o procedimento de testagem fora do LACEN-MT

 

A Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) começou a receber nesta semana, amostras para testagem e diagnóstico do novo coronavírus. As análises serão realizadas pelo Laboratório do NuPeC (Núcleo de Pesquisa do Cerrado) com o objetivo de descentralizar a concentração de exames no Laboratório Central do Estado de Mato Grosso (LACEN-MT) contribuindo para melhorar a logística de processamento dos testes no Estado.

A UFR foi credenciada pelo LACEN-MT por atender a todos os requisitos necessários para a realização dos exames de testagem do COVID-19. As análises iniciaram nesta semana e a expectativa é que os primeiros resultados já devam estar disponíveis nos próximos dias.

Os professores Bruno Moreira Carneiro e Juliana Helena Chavez Pavoni, ambos vinculados ao curso de Medicina da UFR, lideram o processo de testes juntamente com a colaboração de outros docentes e técnicos que auxiliam com a cessão de equipamentos de trabalho e mesmo espaço físico para atender a demanda de Rondonópolis e mais 19 municípios da região sul de Mato Grosso. A professora Juliana Pavoni é bioquímica e farmacêutica com mestrado em Biotecnologia e doutorado em Imunologia básica e aplicada, já o professor Bruno Carneiro é biólogo com mestrado em Imunologia e parasitologia aplicadas e doutorado em Biociências. Contudo, a viabilização das análises é um esforço colaborativo que envolve docentes, servidores e técnicos dos cursos de Medicina e Enfermagem da instituição.

De acordo com o professor Bruno Carneiro, a parceria efetivada entre UFR e LACEN-MT é de grande importância uma vez que torna possível a realização do diagnóstico do vírus no próprio município, evitando a necessidade de se enviar as amostras para Cuiabá, o que torna o procedimento mais rápido e menos custoso. Para o docente, ainda não é possível estimar o número de testes que serão atendidos diariamente, porém a estimativa é que supere a média de 15 à 20 testes realizados todos os dias. “Nesta primeira semana ainda estamos acertando os processos, mas a partir das próximas semanas esperamos liberar os resultados em menos de 72 horas após o recebimento do material em laboratório”, informou o professor.

A Universidade Federal de Rondonópolis está atuando em parceria e sob supervisão do LACEN-MT, tornando-se a primeira instituição pública do Estado a realizar o procedimento de testagem fora do Laboratório Central. Alguns laboratórios particulares fazem a coleta de material, entretanto, as análises são enviadas para outros Estados para serem efetuadas.

O Setor de Vigilância Epidemiológica do Escritório de Saúde de Rondonópolis já orientou os secretários municipais de saúde a encaminharem as amostras colhidas para análise no Laboratório da UFR. De acordo com as instruções, as amostras devem ser coletadas após o início dos sintomas até o 7° dia, com prioridade para os casos graves, internados (enfermaria ou UTI), óbitos e profissionais de saúde sintomáticos.

A Reitora da UFR, professora Analy Castilho Polizel de Souza, reforçou a importância da aproximação cada vez maior entre a Universidade Pública e as demandas da sociedade brasileira, principalmente nas localidades onde as instituições estão inseridas. Desta maneira, a UFR reafirma seu compromisso com a população do município de Rondonópolis e sudeste do Estado de Mato Grosso. A iniciativa beneficiará toda a região frente às dificuldades impostas pela pandemia do novo coronavírus, facilitando o procedimento de testagem e diminuindo o tempo de resposta dos resultados, o que certamente impactará de forma positiva no diagnóstico e tratamento da doença. A UFR fica satisfeita em poder colaborar nesse processo de enfrentamento e combate à transmissão do vírus, graças a um corpo docente qualificado e orientado para servir às necessidades da população.