Projeto da UFR é aprovado em chamada pública Cnpq
A Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) obteve aprovação em um projeto de pesquisa contemplado em chamada pública do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O projeto “Sistemas agrícolas diversificados e uso de remineralizador como alternativa para produção sustentável em solos arenosos” foi submetido à análise e aprovado pela fundação pública.
O projeto será desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa e Inovação em Sistemas Puros e Integrados de Produção da Universidade Federal de Rondonópolis (GPISI-UFR) e coordenado pelo professor Edicarlos Damacena de Souza, vinculado ao curso de Zootecnia da UFR.
A projeto tem como instituição executora a UFR e contará com a participação de 25 pesquisadores de instituições colaboradoras: Universidade da Flórida; Universidade Estadual da Carolina do Norte, Universidades Federais do Rio Grande do Sul, do Paraná, do Mato Grosso, de Pernambuco, Rural de Pernambuco, da Paraíba, do Piauí, da Paraíba e de Lavras; Universidades Estaduais de Maringá, do Maranhão e ESALQ.
A chamada pública na qual o projeto foi contemplado possuía a finalidade de apoiar projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) com potencial de contribuição para o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação do País nas áreas de pesquisa de fontes alternativas de fertilizantes, bioinsumos e defensivos agrícolas sustentáveis. Com a aprovação, serão aportados recursos na ordem de R$ 1.499.180,00 para custeio das atividades de pesquisa.
O objetivo principal da proposta é promover o aumento da eficiência de uso de remineralizadores (matéria prima mineral usada para a produção de insumos destinados ao manejo da fertilidade do solo e a nutrição de plantas) como condicionador da qualidade física, química e microbiológica em solo arenoso por meio do aumento na diversidade dos sistemas de produção e os impactos no rendimento de culturas.
De acordo com o professor Edicarlos Damacena de Souza, o estudo terá duração de 3 anos e possibilitará expor as limitações a respeito da utilidade do pó de rocha como condicionador da qualidade nestas situações. Os resultados permitirão converter solos frágeis e marginais, que são de baixa aptidão agrícola, em áreas com alta performance produtiva, utilizando sistemas diversificados de produção como um pacote tecnológico para sustentabilidade econômica e ambiental.
O projeto conta com apoio da Aliança SIPA, uma iniciativa que promove a cooperação entre os setores público e privado para a pesquisa e a difusão de sistemas sustentáveis de produção, e do Instituto Mato-grossense do Algodão, que cede a área experimental desde o ano de 2017 para o GPISI-UFR e aporta, ainda, recursos financeiros e bolsas de estudos para os discentes da UFR. A divulgação dos resultados será realizada por meio de artigos científicos publicados em periódicos de alto impacto, resumos em eventos, boletins técnicos, livros, eventos etc. Além disso, dois workshops com todos os pesquisadores envolvidos estão previstos para o início dos trabalhos (março/2023) e próximo ao encerramento (novembro/2025), no intuito de difundir o conhecimento gerado pela academia não só para estudantes, como também para técnicos e produtores rurais que poderão aplicar na prática os resultados da ciência.
O professor também explicou que os recursos serão destinados para compra de reagentes e equipamentos, que contribuirão para melhorar a estrutura de pesquisa do Instituto de Ciências Agrárias e Tecnológicas (ICAT). Além disso, serão financiadas diversas bolsas de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado que contribuirão para impactar positivamente a qualidade do conhecimento gerado pela UFR.