Estudantes de enfermagem promovem educação em saúde nas escolas
Higiene e práticas de alimentação saudáveis foram temas trabalhados junto a comunidades estudantis de Rondonópolis. Promovido por estudantes do curso de enfermagem, a iniciativa Educação em Saúde em Enfermagem (EDUCAENF) levou conhecimentos e promoveu dinâmicas a respeito de temas que envolvem fragilidades na saúde pública da população.
Executado pelo Centro Acadêmico de Enfermagem Mary Seacole, da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), o projeto contou com a tutoria da professora Helen Lisboa, da Faculdade de Ciências da Saúde da UFR. As atividades envolveram diferentes níveis da educação escolar, do ensino fundamental até a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Para realizar a ação, os estudantes do curso de enfermagem dividiram-se em dois grupos que trabalharam medidas de prevenção de doenças microbianas e parasitárias junto às crianças e alimentação saudável na prevenção e controle de doenças, com os adultos.
Com os pequenos, o assunto abordado tratou de práticas de boa higiene corporal e, principalmente, das mãos. Os estudantes explicaram a importância da higienização correta antes da alimentação e depois de brincar. Para isso foi realizado um teatro didático, ensinando de forma lúdica, como ocorre a contaminação por micróbios e parasitas, os sintomas das doenças mais comuns e as maneiras como as crianças podem fazer para se limparem e permanecerem saudáveis.
Já com os adultos, o foco foi a alimentação adequada e a prevenção das enfermidades decorrentes de uma dieta pobre em nutrientes. Os estudantes de enfermagem levantaram os tipos de alimentos mais consumidos por essa população e converteu as quantias de açúcar, gordura e sal em saquinhos cujos tamanhos correspondiam à presença destas substâncias nos alimentos. A ideia foi tornar mais fácil a mensuração da qualidade nutricional dos produtos, possibilitando uma comparação com alternativas mais saudáveis. Após a prática, os estudantes ensinaram duas receitas simples, saudáveis e de fácil acesso.
O estudante do curso, Jaderson Luiz de Jesus Souza, explicou os cuidados que foram observados durante as abordagens. “Nos dois públicos, a gente tentou levar em consideração como essas pessoas estavam inseridas na sociedade para orientar a mudança deste estilo de vida. Como saúde, nós entendemos que não é uma mudança fácil, não é uma mudança rápida porque as pessoas estão comovidas a ter esse mesmo estilo por muito tempo”, afirmou.
Para preparar a ação, o Centro Acadêmico de enfermagem fez um chamamento para os interessados e dividiu os eixos temáticos. Os discentes se responsabilizam em estudar, planejar e criar as dinâmicas que seriam utilizadas de acordo com as especificidades do público considerado. Ao longo de vários encontros organizados, os acadêmicos se prepararam com orientações recorrentes e até aulas de oratória para se comunicar melhor em sala de aula. As atividades e o material produzido foram acompanhados de perto pela tutora, professora Helen Lisboa.
Helen é farmacêutica-bioquímica e doutora em biotecnologia e orientou os discentes desde o planejamento até a execução da ação nas escolas. Durante o processo, a professora testemunhou a ânsia e expectativa da comunidade por informações sobre os diferentes temas. A experiência “foi de grande riqueza de aprendizado para todas as partes envolvidas: os acadêmicos do curso de Enfermagem/UFR, o público-alvo formado pelas crianças, jovens e adultos, e para mim mesma enquanto orientadora. Resumo tudo isso como sendo fruto da dedicação, vontade do saber, vontade de aprender…. Construindo o caminho dos estudantes de Enfermagem/UFR rumo à futura profissão”, concluiu a professora.
Jaderson e os colegas de curso também avaliaram a ação de forma positiva. “Para nós que somos estudantes é muito bom porque nos insere mais na comunidade, em questões sociais, e como a construção de um ser enfermeiro, que estará a frente de problemas sociais, de educação e saúde, e estará em contato direto com a população, é muito importante desenvolver, já na graduação, essa sensibilidade e saber trabalhar com esse público para um preparo futuro”, explicou o estudante.
Após a repercussão positiva e adesão do público com as dinâmicas, as escolas solicitaram aos estudantes novas ações. Agora, a ideia do Centro Acadêmico é transformar a ação em um projeto fixo e repetir a experiência a cada semestre.
