Estudantes celebram Dia da Enfermagem trabalhando na vacinação da comunidade
Nesta sexta-feira, 12 de maio, o mundo celebra o Dia Internacional da Enfermagem, como uma forma de agradecimento às contribuições prestadas pelas enfermeiras e enfermeiros à sociedade e à vida. A data foi escolhida em razão do aniversário de nascimento de Florence Nightingale, considerada fundadora da enfermagem moderna.
Antes disso, o presidente Getúlio Vargas já havia instituído a comemoração no Brasil. Por meio do Decreto nº 2.956, de 10 de agosto de 1938, ficava instituído no calendário nacional o Dia do Enfermeiro, desta vez, em homenagem à Ana Neri, pioneira em Enfermagem no Brasil.
A profissão tem como objeto de conhecimento a arte e ciência do cuidar. Suas competências revelam que, no que diz respeito à saúde, o processo terapêutico e a produção do bem-estar requerem muito mais do que apenas o emprego de tecnologia. O cuidar em enfermagem possui um sentido amplo orientado para a promoção da vida em sua complexidade e integralidade.
A graduação em Enfermagem tem como proposta de formação as competências e habilidades para atuar de forma reflexiva, crítica, ética, política e social nos diversos campos da saúde. O profissional formado na área é capaz de assegurar a atenção e qualidade da humanização no atendimento, garantindo que as ações do cuidar, do educar, do gerenciar e de pesquisar, atendam às inovações da profissão e do mundo do trabalho.
Categoria segue na luta por valorização
Contudo, mesmo sendo um trabalho essencial para a sociedade, o profissional ainda trava árduas lutas pela valorização do seu papel. A enfermeira e professora do curso de enfermagem da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), Débora Santos, avalia que a crise pandêmica causada pela Covid-19 trouxe visibilidade e um certo reconhecimento em relação à importância social do enfermeiro. Por outro lado, também trouxe à tona diversos desafios que há tempos a enfermagem enfrenta, como jornadas laborais exaustivas, a forte carga emocional colocada sobre o trabalhador, a sobrecarga de atividades, a baixa remuneração, o preconceito e o estresse profissional.
A professora explica que os enfermeiros, “enquanto profissionais de linha de frente, que fazem parte de uma equipe multidisciplinar, possuem responsabilidades e competências para ficar ininterruptamente com o usuário, com a família e com a comunidade, melhorando a qualidade da assistência à saúde”. Por esta razão, os enfermeiros continuam em luta para que a profissão seja reconhecida e possa ser valorizada enquanto sujeitos de transformação que contribuem com a qualidade da assistência à saúde.
A valorização da carreira é também aquilo que o estudante do curso de graduação em enfermagem, Matheus Rodrigues, espera para o futuro. O acadêmico relata que já possuía o desejo em cursar enfermagem desde o Ensino Médio. Naquela época, Matheus tinha apenas curiosidade sobre a profissão, mas foi quando prestou o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), em 2020, ano que também marcou o início da pandemia, que o estudante teve a certeza daquilo que queria. “Esse foi o momento em que eu me apaixonei pela profissão, porque eu percebi o quanto é uma profissão gratificante e o quanto é uma profissão muito necessária”.
Matheus está agora no segundo semestre do curso e revela que aquilo que mais anseia é que a profissão receba a devida consideração e respeito. “Nesse dia da enfermagem, eu acho muito importante a gente mostrar o quanto essa profissão merece ser respeitada e valorizada. Porque como foi visto durante a pandemia, se a enfermagem não existisse, a saúde iria ter que parar”, afirmou ao recordar os acontecimentos recentes. Acontecimentos que mostraram a necessidade e relevância do profissional para a contenção da pandemia e para a promoção de um mundo melhor, ressaltou o estudante.
Estudantes voluntários trabalham na campanha de vacinação da comunidade acadêmica
Nesta quinta-feira (11), véspera da data comemorativa, os estudantes voluntários do curso de enfermagem da UFR passaram o dia realizando a imunização da comunidade acadêmica da instituição. Desde semana passada, os alunos estiveram envolvidos na campanha de vacinação do campus, que tem como objetivo ampliar a segurança e proteção dos profissionais da educação e da saúde, professores, servidores, e acadêmicos da universidade. Foram aplicadas centenas de doses contra a Covid19, influenza, hepatite B, febre amarela, tríplice viral e DTP.