Ensino

Curso de Geografia realiza trabalho de campo envolvendo diversas disciplinas

Por Thiago Cardassi Publicado em: 05/12/2022 08:12 | Última atualização: 05/12/2022 08:12

O curso de licenciatura em Geografia, da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), realizou entre os dias 25 e 27 de novembro um trabalho de campo nos municípios de Juscimeira, Nossa Senhora do Livramento e Cuiabá. A atividade contou com a participação de quatro professor, 29 estudantes e envolveu diversas disciplinas, como geografia agrária, geografia urbana, biogeografia I, geografia e planejamento I e espaço e sociedade.

A primeira etapa do trabalho de campo, no dia 25, aconteceu no acampamento padre José Ten Cat e no assentamento Egídio Brunetto, ambos sob gestão do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). No dia 26 houve visita a comunidade Mutuca, do Quilombo Mata Cavalo na área rural de Nossa Senhora do Livramento.

O objetivo da atividade foi “pensar uma perspectiva descolonial de planejamento territorial e de outro modo de relação sociedade natureza, já que tanto os assentamentos como as comunidades quilombolas tem no horizonte produzir respeitando o meio ambiente e criando novas formas de sociabilidade, mais igualitárias e diversas” explicou o professor Reges Dias.

Para o professor Ariel dos Santos, “uma das formas de descolonizar a geografia é construindo pontes com grupos que foram historicamente silenciados, visando compreender como esses grupos se organizam e pensam a sociedade. Ao visitar o assentamento e o quilombo, foi possível compreender a questão agrária a partir de uma perspectiva contra hegemônica, que foge do padrão estabelecido no estado de Mato Grosso. Para mim, enquanto um professor universitário negro, foi como retornar e repartir com os meus”.

No dia 27 a atividade de campo foi realizada em Cuiabá, com visitas ao centro histórico, centro político administrativo e avenida Beira Rio. De acordo com o professor Aires Jose Pereira, essa atividade foi “importante para os estudantes perceberem a transformação do espaço urbano para atender novas necessidades da população e os problemas que ainda persistem”.

Por fim, o trabalho de campo foi encerrado nas margens da rodovia 364 com a medição de vazão do rio Aricá Mirim, que deu 3122 litros por segundo. Dois meses atrás, no mesmo ponto, a vazão era de 2000 l/s, o que indica a chegada da estação chuvosa. Para o professor Mitchel Hiera “saber a quantidade de água é fundamental para o planejamento de atividades, especialmente pesca, agrícola e de lazer”.