Semana da Consciência Negra: O papel do direito na luta antirracista
A Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) promove entre os dias 21 e 24 de novembro, a Semana da Consciência Negra. Com o tema O papel do direito na luta antirracista, o evento tem o objetivo de pautar um debate a respeito dos direitos conquistados nos últimos anos pelos movimentos sociais e propor a possibilidade de políticas afirmativas que tenham relação com as demandas locais e regionais.
O gerente do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas da UFR (NEABI), Ronivalter de Souza, contextualiza a posição de Mato Grosso no debate e explica que o estado “foi um dos pioneiros no Brasil a reconhecer o 20 de novembro com uma data mais do que comemorativa, mas uma data a ser lembrada como a construção de uma luta em prol da população negra no Brasil. E Mato Grosso é um dos seis estados hoje em que essa data é comemorada”, pontuou. Ronivalter ainda recorda que, neste ano, são comemorados os 20 anos da Lei nº10.639, estabelecendo, assim, a obrigatoriedade do ensino da cultura e da história afro-brasileira nas escolas públicas, e que a lei de cotas acabou de ser renovada e ampliada, abarcando além da graduação, também o ensino de pós.
A Semana da Consciência Negra da UFR tem início na próxima terça-feira (21), às 19h, no auditório do bloco A do campus da universidade, com a palestra de abertura sobre a Lei de cotas, os avanços e desafios no Ensino Superior. O evento continua ao longo de toda a semana, sempre no mesmo horário. Na quarta-feira (22), acontece uma palestra a respeito do papel da defensoria pública na vida das mulheres negras. Na quinta (23), haverá uma intervenção cultural com apresentação de J.Cruzz cantando Cartola. Na sexta (24), o evento encerra com a mesa redonda sobre os desafios e possibilidades após 20 anos da lei nº10.639. Paralelamente às palestras, acontecerão oficinas de turbante e exposição de artesanato.
A participação no evento é gratuita e aberta para todas as pessoas interessadas. O gerente do NEABI faz questão de frisar que a participação não possui qualquer limitação étnica ou ideológica, “a luta de superação do racismo, do machismo, atrai e demanda o envolvimento de todos, acadêmicos ou não, servidores ou não. Todos estão convidados para conhecer nossas pautas, nossas demandas, e o que a gente já conseguiu avançar. Isso é importante porque demonstra que pode parecer difícil as coisas mudarem, mas elas mudam, e vem mudando justamente pelo fato desta luta trazer cada vez mais pessoas para levantar essa bandeira”, explicou Ronivalter.
Para participar não é necessário realizar qualquer tipo de inscrição, basta vir até o campus da UFR nos horários indicados. Apenas a oficina de turbante exige inscrição, e para isso será necessário comparecer presencialmente na sala do NEABI no período vespertino, das 13h às 17h ou durante o evento. Em caso de dúvidas é possível entrar em contato com o organizador por meio do contato (66) 99605-0901. Confira abaixo as artes de divulgação do evento com a programação completa:
