Pesquisadores da UFR registram patente para processo de recuperação de área degradadas
Pesquisadores da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) realizaram o depósito de uma nova patente de processo de recuperação de áreas degradadas por meio de cápsulas biodegradáveis aladas dispersas por aeronave remotamente pilotada, popularmente conhecidas como drones. A inovação é fruto do trabalho colaborativo dos professores Normandes Matos da Silva e Domingos Sávio Barbosa, juntos dos mestrandos Karine Lopes e Bianca Harumi Yamaguti Garcia do Programa de Pós-Graduação em Gestão e Tecnologia Ambiental da UFR.
A utilização de drones e cápsulas de sementes aerodinâmicas permite a revegetação em curto espaço de tempo e em locais de difícil acesso de áreas que foram intensamente degradadas por desmatamento e/ou incêndios florestais, como os biomas Cerrado e Pantanal. A dispersão das sementes poderá ser feita a partir de voos manuais ou automatizados, visando o lançamento das cápsulas em locais específicos como margens de rios e encostas de morros. O processo é estrategicamente útil em ambientes degradados com grande extensão territorial (maiores que 10 hectares) de difícil acesso via terrestre, onde possa implicar riscos à integridade física de pessoas, como em locais com grandes erosões ou em encostas íngremes com risco de desabamento.
O processo inventado pelos pesquisadores também pode, de forma alternativa, ser utilizado para a dispersão de insetos, que fazem controle biológico de pragas que podem afetar lavouras ou a vegetação que está regenerando em áreas degradadas. A estimativa é um custo operacional aproximadamente 13 vezes menor que o de uma aeronave tripulada que convencionalmente realiza a dispersão área de cápsulas para reflorestamento. Além disso, o processo pode ser incorporado por empresas do setor agroambiental e por instituições públicas tais como órgãos ambientais e ministério público, para dar suporte ao cumprimento da legislação ambiental.
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