Ensino

Curso de Letras - Língua Inglesa recebe conceito máximo em avaliação do MEC

Por Thiago Cardassi Publicado em: 13/11/2024 19:11 | Última atualização: 13/11/2024 20:11
professores e estudantes do curso celebraram a conquista

O curso de Letras – Língua e Literaturas de Língua Inglesa da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) obteve conceito 5 (em escala que possui 5 como nota máxima) na avaliação de renovação de reconhecimento do Ministério da Educação (MEC). O curso passou por análise no período de 6 a 8 de novembro e o resultado foi divulgado na última terça-feira (12).

O processo de renovação de curso é uma avaliação periódica prevista no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) que analisa as condições de funcionamento do curso e autoriza (ou não) sua continuidade. Durante o processo avaliativo, uma comissão do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) observa três eixos: Organização Didático-pedagógica, Corpo Docente e Infraestrutura. O resultado divulgado representa a média dos três eixos avaliados.

Ao longo de três dias são realizadas diversas reuniões com a coordenação, professores do curso, membros do Núcleo Docente estruturante (NDE), Procuradoria Educacional Institucional (PEI), Comissão Própria de Avaliação (CPA) e discentes. Toda a documentação comprobatória é analisada e uma visita guiada é feita de forma virtual, apresentando salas de aula, a biblioteca da universidade, os laboratórios, salas de informática, sala de permanência dos professores, coordenação e outras instalações onde o curso está inserido. Também são analisados os equipamentos e as condições de acessibilidade no campus, como disposição dos banheiros para pessoas com deficiência, rampas de acesso e piso táctil.

O conceito 5 significa a nota máxima possível de ser atribuída à avaliação de um curso. O resultado demonstra que, após a avaliação do INEP, o curso de Letras – Língua e Literaturas de Língua Inglesa da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) foi considerado com qualidade extremamente satisfatória.

Professores e alunos celebram resultado

A estudante Samantha Oliveira

Para o coordenador do curso, professor Antonio Henrique Coutelo de Moraes, “o conceito 5 na avaliação do MEC confirma a excelência do curso na formação de profissionais que têm o poder de transformar o mundo através de práticas interculturais críticas, atendendo às demandas do século XXI. Em especial, atendendo humanamente a questões de justiça social e direitos humanos”.

O professor afirma que a nota é resultado de trabalho coletivo que envolve todo o corpo docente do curso de Letras Inglês, professores de outros cursos, estudantes, técnicos administrativas e uma estrutura curricular que valoriza o ensino, a extensão, a pesquisa, a inovação, a cultura e o conhecimento. “Nosso curso forma agentes culturais (auto)emancipados para enfrentar os desafios do ensino e da interação em um mundo que é, ao mesmo tempo, global e local”, explica Antonio.

Os discentes do curso também comemoraram a conquista. Samantha Meira Silva Oliveira está no segundo período do curso e considera o resultado muito significativo. “Esse resultado é fruto do entrosamento entre o corpo docente, a coordenação e os alunos, que buscam o aproveitamento máximo em todas as áreas de atividades ofertadas, seja nas práticas para licenciaturas, nas extensões, na iniciação à docência ou na união que construímos juntos, sempre com vontade de engajar e buscar a excelência”, comenta a estudante. Para Samantha, a nota é um reconhecimento público da qualidade do curso que, mesmo diante da dificuldades, foi capaz de atingir o nível máximo.

De acordo com a diretora do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS), professora Beatriz de Oliveira, o processo de avaliação do curso de Letras faz parte de um movimento fundamental no momento em que as licenciaturas passam por uma crise a nível nacional. “A gente tem todo um processo de recomposição do quadro das licenciaturas e redução de carga horária de alguns cursos que impacta profundamente no processo formativo. Então, quando, internamente, a gente tem um processo avaliativo tão sólido como esse, isso evidencia que nós temos condições de fazer enfrentamentos”. A diretora reforça que o conceito obtido é parte de um projeto coletivo que diz respeito a coordenação do curso, ao quadro de docentes e ao comprometimento dos estudantes. “Nós temos visto que os estudantes têm se posicionado de forma muito comprometida nesses processos de avaliação. Então, essa avaliação evidencia que nós seguimos no caminho certo, que é o caminho da transformação, da educação emancipadora e construída na perspectiva plural, participativa e coletiva”, afirmou.

Instituição também é avaliada no processo

Durante o processo de avaliação, os cursos da Universidade Federal de Rondonópolis contam com o apoio da Procuradoria Educacional Institucional (PEI) para fazer a ligação com o MEC e com a Gerência de Regulação Institucional (GRI) para realizar a gestão estratégica e operacional dos atos regulatórios (autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento) dos cursos.

O Procurador Educacional institucional da UFR, professor Flávio Linhares, explica que, junto dos aspectos pedagógicos do curso, a comissão do INEP também avalia outros aspectos relacionados à Instituição. Flávio cita como exemplo o destaque dado pela comissão ao apoio psicopedagógico da universidade, a consonância do PPC com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Instituição e o incentivo da Instituição à participação dos acadêmicos nas atividades da comunidade desde o início da formação, oferecendo  bolsas em diferentes modalidades, bem como possibilidade de convênios.

Com relação a infraestrutura, foi observado a existência de laboratórios, espaços pedagógicos, salas multimídia, salas de informática, dentre outros locais de ensino e aprendizagem cujas instalações são adequados e propiciam o funcionamento de ações educacionais. De acordo com o procurador, as estruturas de acessibilidade ao campus são outro ponto avaliado com atenção pela comissão.

Professores da UFR durante a avaliação. Da esquerda para a direita, os professores Antonio de Moraes, Flávio Linhares, Niedja Leal e Beatriz de Oliveira