Institucional

UFR celebra Dia Nacional da Acessibilidade

Por Thiago Cardassi Publicado em: 05/12/2024 10:12 | Última atualização: 05/12/2024 10:12

A Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) celebra, nesta quinta-feira (5), o Dia Nacional da Acessibilidade. A data tem como objetivo promover a conscientização a respeito da importância da construção de uma sociedade inclusiva na qual todos tenham garantidos seus direitos e possam acessar as mesmas oportunidades. Na terça-feira (3) também comemorou-se o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para refletir sobre os desafios enfrentados e as conquistas obtidas pelas pessoas com deficiência, além de pensar ações de inclusão capazes de influenciar programas e políticas públicas direcionadas para essa população.

O Brasil possui atualmente 18,6 milhões de pessoas com deficiência, segundo estimativas feitas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base na Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Esse número representa 8,9% de toda a população brasileira a partir de dois anos de idade, ou seja, quase 9 em cada 100 brasileiras e brasileiros possuem alguma deficiência. Veja o relatório aqui.

Na última década, o país tem dado passos em direção ao aumento da acessibilidade, com a implementação de leis, regulamentações e políticas públicas voltadas para sua promoção. A Lei Brasileira de Inclusão (LBI) foi um marco importante ao estabelecer normas que asseguram o direito de acessibilidade em espaços públicos e privados, à educação inclusiva, atendimento de saúde adequado, igualdade de oportunidades no mercado de trabalho, acessibilidade digital e tecnologias assistivas. Entretanto, a realidade ainda é bastante desafiadora.

De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o termo acessibilidade implica na “possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia, de edificações, espaços, mobiliários, vias públicas, equipamentos urbanos e transporte coletivo.” Contudo, existem outros tipos de acessibilidades tão necessárias quanto o livre acesso aos espaços físicos. O conceito de acessibilidade pressupõe a remoção de barreiras não apenas arquitetônicas, mas também comunicacionais, metodológicas, instrumentais e pragmáticas.

Em 2024, o tema da campanha do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência trata da acessibilidade de pessoas com deficiência à cargos de liderança para a promoção de um futuro inclusivo e sustentável. Uma das prioridades da agenda mundial é, portanto, colocar em prática estratégias que possam aumentar a participação ativa das pessoas com deficiência à frente de projetos e de equipes de trabalho ao redor do planeta.

A promoção da acessibilidade requer políticas e esforços integrados e contínuos. Além do trabalho conjunto entre governos, organizações da sociedade civil e agências especializadas, fundos e programas, é essencial reconhecer as pessoas com deficiência como protagonistas em suas próprias histórias. 

Acessibilidade na UFR

A inclusão de pessoas com deficiência é um tema transversal do Plano de Desenvolvimento Institucional da Universidade Federal de Rondonópolis. Com a nova gestão administrativa houve o desmembramento da Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Estudantis (PROEXA) em duas novas Pró-reitorias, a Pró-reitoria de Extensão (PROEX) e a Pró-reitoria de Ações Afirmativas e Assuntos Estudantis (PRAE), onde está localizado o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI) da instituição.

O NAI existe para articular projetos e ações capazes de fomentar a utilização de recursos didáticos e pedagógicos que eliminem as barreiras no ensino e aprendizagem de estudantes com deficiência no âmbito da UFR. Desta forma, o núcleo atua no desenvolvimento e uso de métodos de ensino mais adequados à  realidade das pessoas com deficiência, propõe a aquisição de equipamentos de tecnologias assistivas, oferece intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), e produz material didático digitalizado, em áudio, em braille e tátil, atendendo às demandas de cegos ou com baixa visão.