Projeto da UFR visa gerar alternativas de renda a partir de ativos “verdes”

O projeto AGREGAR – Banco de Projetos e Ações Climáticas Cerrado-Pantanal, coordenado pelo professor Luís Otávio Bau Macedo, do curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), tem como objetivo implementar mecanismos econômicos de preservação ambiental na área de transição Cerrado-Pantanal.

A iniciativa conta com a participação de professores e discentes da UFR, de graduação e pós-graduação stricto sensu e visa criar um “banco” de projetos em áreas de preservação, especialmente, de pequenos e médios produtores rurais, com vistas à emissão de ativos ambientais que sejam demandados pelo mercado. Os recursos gerados pela venda dos ativos financiarão projetos de recuperação e manutenção de áreas preservadas, além de gerar renda aos proprietários rurais.

A proposta vai ao encontro da conjuntura de impactos crescentes das mudanças climáticas e da criação de novos marcos jurídicos que, em pouco tempo, impulsionarão o mercado de ativos “verdes”, tais como a regulamentação das CRA – Compensação de Reserva Ambiental e a legislação de serviços ecossistêmicos. Além destes fatores, internacionalmente, há a convergência de ações com vistas da constituição de fundos globais para o financiamento de ações de mitigação e adaptação ambiental ao longo da corrente década.

A importância ecossistêmica da região de transição do Cerrado-Pantanal pode, portanto, ser objeto de interesse na alocação de investimentos internacionais de preservação. Por fim, o projeto AGREGAR conta com o apoio do promotor de justiça ambiental de Rondonópolis Ari Madeira e do promotor de justiça de Itiquira Cláudio Ângelo Correa Gonzaga que realizaram as tratativas junto ao Juvam – Juizado Volante Ambiental para a interveniência de recursos alocados ao projeto.