UFR recebe visita de estudantes do Centro de Reabilitação Louis Braille
A Universidade Federal de Rondonópolis recebeu, nesta quarta-feira (24), visitantes do Centro de Reabilitação Louis Braille para conhecer o campus e conversar sobre as oportunidades de ingresso no ensino superior. O convite surgiu a partir de um projeto já desenvolvido no instituto, que é especializado no atendimento de pessoas que vivem com algum tipo de deficiência visual.
Os estudantes realizaram um café da manhã coletivo, passearam por entre os prédios e conheceram um pouco do espaço e história da UFR. O objetivo da ação foi promover uma vivência sensorial da universidade e aproximar os estudantes da instituição. O convite para a visita foi feito pelo professor do curso de língua portuguesa, Agameton Justino, que também é coordenador do projeto de contação de histórias no Centro Louis Braille. A visita contou com o apoio do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI/UFR) e de monitores do projeto.
O professor Agameton explica que este foi um momento para compartilhar experiências e ouvir as dúvidas dos estudantes. Durante a conversa, foram apresentados os cursos de graduação, oportunidades de bolsas e outros auxílios que possam facilitar o processo de inclusão e permanência dos estudantes na universidade.
De acordo com o professor, a vivência foi muito positiva: “[…] foi um evento que eles gostaram muito, eles falaram que se sentiram muito bem, e foi um jeito da gente também abrir as portas da universidade para pessoas que tenham potencial para fazer a universidade aqui. Entre eles nós temos lá, hoje, pelo menos cinco pessoas que vão prestar o ENEM aqui. […] Nós tivemos aqui pessoas que viram que é possível vir pra cá. Foi muito bonito. Teve dois que falaram assim: eu quero ou tenho meu nome nessas placas. Então ele viu que é possível”, conta o professor.
O psicólogo Raphael Sanches, gerente de acessibilidade, inclusão e diversidade da UFR, participou da ação e salienta a importância de iniciativas como essa para a instituição. Para ele “o papel da universidade é ser um agente de inclusão que possibilita às pessoas que normalmente são excluídas à obterem uma melhor posição social e à obterem um lugar de poder maior também, de estarem ocupando espaços outros para poder ativamente melhorarem as condições de vida”, explica.
O coordenador do projeto, professor Agameton Justino, ainda destacou que a experiência da visita foi fundamental para ampliar o entendimento do quão necessárias são as adequações de acessibilidade do espaço físico. O professor apontou alguns problemas encontrados, mas considera que eles foram úteis para o aprendizado e para que a instituição possa progredir e se tornar mais acessível a todo e qualquer tipo de necessidade.
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