Material de apoio: Bullying e Ciberbullying na escola

O ambiente escolar nem sempre é acolhedor, especialmente para crianças e adolescentes que não se encaixam nos padrões sociais. A violência no ambiente escolar, manifestada por práticas como bullying e cyberbullying, tem se tornado um problema alarmante em nossa sociedade contemporânea. Essas formas de agressão não apenas afetam a saúde mental de crianças e adolescentes, mas também comprometem o ambiente de aprendizado e socialização.

O tema é complexo e exige uma reavaliação do ambiente escolar para prevenir a violência, buscando soluções que promovam suporte e inclusão. Vamos explorar alguns pontos que podem ser desenvolvidos em uma redação sobre esse assunto.

Bullying: Refere-se a comportamentos agressivos e repetidos entre estudantes, que podem incluir agressões físicas, verbais e sociais. O ambiente escolar é o mais comum para esse fenômeno.

Cyberbullying: É uma forma de bullying que ocorre no ambiente virtual, por meio de redes sociais, mensagens de texto ou outros meios digitais. Esse tipo pode ter um alcance ainda maior e, muitas vezes, os agressores se sentem encorajados pela distância que a tecnologia proporciona. 

1. Fatores Sociais e Culturais: Explore como a cultura da competitividade e padrões sociais contribuem para o bullying. Use exemplos como estereótipos de gênero ou aparência. 

2. Efeitos Psicológicos: Discuta as consequências do bullying, como depressão e ansiedade. Além disso, você pode discutir as consequências do bullying, como depressão e ansiedade. 

3. Ampliação da Violência: Descreva como o cyberbullying se diferencia do bullying tradicional, destacando sua natureza sem limites físicos ou temporais. Discuta a precariedade da regulamentação da internet no Brasil. 

Artigos 

● Bullying e cyberbullying: Duas faces da mesma realidade. 

https://periodicos.uniso.br/reu/article/view/2934/2615

● Bullying e Cyberbullying: ameaça ao bem-estar físico e mental dos adolescentes. 

https://bibliotecadigital.ipb.pt/bitstream/10198/18191/1/249-1-1211-1-10-20181104.pdf

● Cyberbullying: percepções acerca do fenômeno e das estratégias de enfrentamento. 

https://www.scielo.br/j/prc/a/cX5c9QsyyXhsm8wpDQM9MQf/?lang=pt

● BULLYING E CYBERBULLYING: Um Estudo Focado no Livro “Os 13 Porquês”

https://repositorio.ueg.br/jspui/bitstream/riueg/3820/2/MG37%20220012-2018.pdf

● O bullying no ambiente escolar. 

https://periodicos.ufms.br/index.php/sameamb/article/view/8108

Dados importantes:

A Lei 14.811, sancionada em janeiro de 2024, é um marco legal que visa combater práticas de bullying e cyberbullying no Brasil. Essa legislação torna mais rigorosas as penas para crimes cometidos contra crianças e adolescentes, buscando aumentar a proteção desse grupo vulnerável.

Aproximadamente um em cada dez adolescentes (13,2%) já se sentiu ameaçado, ofendido e humilhado em redes sociais ou aplicativos. Consideradas apenas as meninas, esse percentual é ainda maior, 16,2%. Entre os meninos é 10,2%. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2019, divulgada hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

De acordo com uma pesquisa do Instituto Ipsos, somos o segundo país do mundo que mais registra casos de cyberbullying, atrás apenas da Índia. 

Uma pesquisa encomendada pela Intel Security, empresa vinculada à Intel, feita com 507 crianças e adolescentes com idades entre 8 e 16 anos revelou que 21% afirmam ter sofrido cyberbullying e 24% realizaram atividades consideradas cyberbullying. 

Em suma, o bullying e o cyberbullying representam desafios sérios no ambiente escolar, afetando a saúde mental e o bem-estar de milhões de crianças e adolescentes. A normalização dessas práticas de violência, muitas vezes minimizadas como parte do crescimento, precisa ser urgentemente combatida. A legislação, como a Lei 14.811, é um passo importante, mas não suficiente. É essencial promover uma abordagem que inclua conscientização, suporte às vítimas e intervenção para os agressores. Somente assim poderemos construir um ambiente escolar seguro, inclusivo e acolhedor, onde todos possam aprender e se desenvolver sem medo de violência.