Dissertações defendidas em 2021
TÍTULO: A INFLUÊNCIA DA INTERNET NA PRODUÇÃO CIENTÍFICA: UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDONÓPOLIS/MT.
Autor: Jorge Gustavo Fachim Farias (Lattes iD )
Categoria: Planejamento e Gestão Territorial
Palavras-chave: Internet. Produção Científica. Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).
Resumo: Este estudo tem como objetivo compreender se a velocidade da internet fornecida na UFMT/CUR e UFR é suficiente para o bom andamento das pesquisas científicas. A velocidade do link de internet disponibilizado à comunidade acadêmica foi explicada com base em uma pesquisa documental e bibliográfica sobre os contratos vigentes, a velocidade de internet fornecida, o consumo de internet da instituição, bem como os padrões nacional e internacional da velocidade de acesso à internet para uma instituição de pesquisa e ensino. Por meio de uma investigação Cienciométrica nas bases de dados da Web of Science e Scopus, foram utilizados os termos conjugados “Rondonópolis” e “Universidade Federal de Mato Grosso”, delimitandose ao período de 2004 a 2019. Desse modo, foi possível analisar o crescimento da produção científica, comparando se uma internet inferior aos padrões nacional e internacional reduziria as publicações de artigos nessas bases. Além disso, avaliamos se as políticas de uso de internet na UFMT/CUR e UFR poderiam contribuir para a qualificação do acesso à internet, evitando que conteúdos inadequados ou não relacionados às atividades de ensino, pesquisa e extensão fossem acessados, prejudicando a navegação para assuntos institucionais e, principalmente, para a pesquisa. Para isso, realizamos uma pesquisa documental e bibliográfica sobre a existência de tais políticas nessas instituições, o que levou a constatar que nenhuma delas possui esse tipo de controle. A análise final dos dados possibilitou responder ao seguinte questionamento: A atual conexão à internet é suficiente para suprir as demandas de pesquisa da UFR? Assim, apesar da velocidade de internet entregue aos 5.000 alunos ser de 300 Mbps, juntamente com a soma de todos os contratos vigentes, verificamos que o padrão nacional de acesso à internet, de 1.000 Mbps, assim como o padrão internacional, de 5.000 Mbps, não foram atingidos. Entretanto, o consumo médio para todas as suas atividades administrativas e para o ensino e pesquisa não ultrapassou a velocidade de 150 Mbps, caracterizando que, por mais que a internet fornecida não seja considerada adequada, a velocidade de acesso atual supre as demandas da UFMT/CUR e UFR. Ademais, não houve queda na produção científica, antes, pelo contrário, quando comparado ao levantamento Cienciométrico, as publicações mantiveram crescimento exponencial, ano após ano.
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Defesa em: 28/04/2021
TÍTULO: O FLUXO DE VEÍCULOS NA BR 163/364 E SUA INFLUÊNCIA NO COTIDIANO E COMÉRCIO DE JUSCIMEIRA: um ensaio de ritmanálise.
Autor: Emanoel Anésio Andrade Ferreira (Lattes iD )
Categoria: Planejamento e Gestão Territorial
Palavras-chave: Fluxo rodoviário; Setores da economia; Rodovias em áreas urbanas.
Resumo: O presente trabalho busca analisar o fluxo de veículos na rodovia BR 163/364 e sua influência no cotidiano e comércio da cidade de Juscimeira. A BR 163/364, é uma importante via de escoamento da safra de Mato Grosso, que por sua vez é considerado o maior produtor de soja milho e algodão, consequentemente tendo essas culturas como influenciadoras da intensificação ou diminuição do fluxo de veículos. Por muito tempo a cidade de Juscimeira fazia parte dessa rota de escoamento, por conta de sua localização, que se caracteriza por estar entre as três maiores cidades de Mato Grosso, algo que só foi mudado no segundo semestre de 2020, a partir de obras de duplicação realizadas pelo governo federal, as quais contornaram alguns setores urbanos, incluindo o de Juscimeira. Portanto constata-se que a dinâmica rodoviária influenciava no ritmo cotidiano e comercial dessa pequena cidade, algo que foi verificado nessa pesquisa. Para entender os controles empregados no movimento da BR 163/364, utilizou-se de dados fornecidos por órgãos oficiais, como o DNIT, posteriormente, fundamentando-se nos registros da economia do Brasil foi possível entender a relação entre setores econômicos e o movimento da via, não somente no setor do agronegócio, mas também em mercados importantes como turismo e frota de veículos. No estudo de sobre a cidade de Juscimeira foram realizados trabalhos de campo para o levantamento de dados. A partir desta pesquisa foi possível verificar que o uso do território influencia diretamente no ritmo social e econômico, não só da cidade de Juscimeira, mas em todo o país.
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Defesa em: 30/04/2021
TÍTULO: OS RITMOS, A VIDA COTIDIANA E A PRODUÇÃO NO POVOADO DE PLACA SANTO ANTÔNIO EM JUSCIMEIRA-MT.
Autor: Juliana Rodrigues da Silva
Categoria: Planejamento e Gestão Territorial
Palavras-chave: Vida cotidiana; Ritmanálise; Produção do espaço, Lugar e Território.
Resumo: O presente trabalho buscou compreender as alterações na vida cotidiana e na produção do espaço de Placa Santo Antônio, por meio da ritmanálise no contexto da relação global-local induzido pelo modo de produção capitalista. Placa Santo Antônio, pertencente ao município de Juscimeira-MT, é um pequeno povoado que começou seu processo de formação na década de 1960. Nesse início, seu processo de ocupação esteve voltado para os sítios ao redor do povoado, e conforme foram chegando outros moradores, foram formando a parte urbana do povoado, que na década de 1970 estava praticamente formada. No decorrer de sua história essa comunidade passou por transformações, principalmente aquelas ligadas com o modo de produção, e para entender essas mudanças, a lógica dialética serviu como base interpretativa desta investigação, permitindo a apreensão do conhecimento mais próximo da realidade vivenciada pelos moradores do povoado. Os trabalhos de campo junto com a realização das entrevistas serviram para conhecer o perfil social e econômico do povoado, além de fornecer informações sobre o processo histórico de formação da comunidade. Dessa forma foi possível observar que essa comunidade teve como base na sua formação, as atividades agrícolas voltadas para a produção mercantil simples, e posteriormente a introdução da bovinocultura. Esse tipo de produção, perdeu espaço não só para as áreas destinadas a pastagem, como também para os canaviais que surgiram em volta do povoado, em decorrência da expansão das áreas de cultivo destinadas ao abastecimento da Usina Jaciara. Assim, conclui-se que, as alterações na vida cotidiana dessa comunidade estiveram diretamente ligadas com o modo de produção capitalista, que busca a produção em larga escala visando o lucro.
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Defesa em: 22/06/2021
TÍTULO: OS RITMOS E A PRODUÇÃO DO ESPAÇO DE JATAÍ (GO): do Rural ao Urbano.
Autor: Eliardo Miranda Oliveira (Lattes iD )
Categoria: Planejamento e Gestão Territorial
Palavras-chave: Produção do espaço. Rural. Urbano. Jataí-GO
Resumo: Jataí é um município localizado na porção sudoeste do estado de Goiás e teve seu surgimento arraigado à expansão das atividades agrícolas. Desde sua formação passou por inúmeras mudanças que impactaram nos ritmos de crescimento tanto do espaço rural quanto do urbano, refletindo também na vida de sua população. Diante do contexto explicitado, buscou-se para este estudo compreender a produção e o reordenamento do espaço do município de Jataí-GO, tendo em vista identificar os fatores relativos à distribuição e à concentração de propriedades rurais e urbanas, levando em conta o uso do solo rural e os agentes condicionantes para a especulação imobiliária e a segregação urbana presentes em Jataí. Para isso, foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre a temática a qual subsidiou as discussões teóricas e fundamentou muitos dados apresentados ao longo deste estudo. Logo, pautou-se em autores como Lefebvre (1993), Côrrea (2003), Melo (2003), Silva (2005), Silva (2009), Silva (2011), Tarifa e Sette (2012), Moureaux (2013), Fonseca (2014), Oliveira (2016), Portela e Tarifa (2017), entre outros. Além disso, foi feito um levantamento de dados quantitativos junto ao IBGE, ao SICAR, à EMBRAPA, à Prefeitura Municipal de Jataí, entre outros. Este estudo permitiu constatar que muitas foram as mudanças pelas quais o município passou desde sua formação até os dias atuais. Dentre essas mudanças pode-se começar tratando da questão ambiental: entre a década de 1960 até o ano de 2018, Jataí teve uma redução drástica de sua vegetação natural afetando diretamente a fauna e a flora local. Enquanto em meados da década de 1960 a vegetação nativa compunha 47,48% da área total do município, no período de 2018 a mesma passou a compor apenas 9,76% estendendo-se em pequenas manchas principalmente próximas a corpos d’ água. Essa redução das áreas de vegetação nativa foi acompanhada pela expansão das atividades agropecuaristas e também pelo crescimento populacional de Jataí. Ainda com relação ao solo jataiense, identificou-se que, em 2020, 99,49% desse era composto de área rural, a qual ainda está concentrada nas mãos de poucos. A esse respeito, constatou-se que em 2010 alguns grupos ainda detinham a maior parte das propriedades rurais de Jataí, dentre os quais se encontravam os sobrenomes vinculados às famílias pioneiras Carvalho e Vilela, que eram donas, nesse período, de 23,88% e 4,48% das propriedades rurais, respectivamente. Quanto ao controle das propriedades urbanas, identificou-se que esses sobrenomes ocupavam a sétima e a vigésima posição, respectivamente. Com relação às faixas de acúmulo de propriedades urbanas em Jataí, foi possível verificar que esses sobrenomes se encontravam em 1° e em 8° lugar. Pensando na espacialização dos diferentes imóveis no espaço urbano de Jataí, evidenciou-se que os imóveis mais nobres, ou seja, aqueles voltados para a população com uma melhor renda se localizam em pontos estratégicos da cidade, a saber: locais com maiores altitudes e menores declividades. Esses pontos, além de contarem com uma melhor infraestrutura, têm como características possuírem valores venais mais elevados, limitando seu acesso e seu público. Em contrapartida, os locais com as maiores declividades e com as menores altitudes, no geral, possuem valores venais menores sendo, por conseguinte, os espaços em que as populações de baixa renda residem. Frente a isso, observou-se que a segregação socioespacial se faz presente em Jataí, sendo necessário o desenvolvimento de políticas públicas que minimizem essa dicotomia econômica e social verificada no município e que é responsável cada vez mais pelo acrescimento da pobreza, do preconceito e da exclusão social.
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Defesa em: 01/07/2021
TÍTULO: Estudo de Impacto de Vizinhança em Rondonópolis/MT: Entre o direito a cidade sustentável e o prejuízo ambiental coletivo.
Autor: Cristiano Nardes Pause (Lattes iD )
Categoria: Planejamento e Gestão Territorial
Palavras-chave: Processo de Urbanização, Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), Rondonópolis-MT.
Resumo: Durante milênios o homem vagou pelo planeta, vivendo da caça, pesca e coleta de plantas. Com o neolítico veio a sedentarização do homem, o aumento populacional e a produção agrícola, dando origem aos primeiros assentamentos humanos. Com o surgimento das cidades também surgem os vizinhos em relações de harmonia e conflito. A partir do século XIX, em decorrência das sucessivas revoluções industriais, a urbanização enquanto o processo de transferência da população que morava no campo para as cidades, torna-se um fenômeno mundial, e no Brasil o mesmo é mais claramente observado a partir da década de 1970. Surge então na Constituição de 1988 uma preocupação singular com a política urbana, materializada nos artigos 182 e 183, que garantem o mínimo de planejamento urbano das cidades. Tal política passa a ser efetivamente implantada no país com a aprovação da Lei Federal 10.257/2001 que cria o Estatuto da Cidade visando esmiuçar os artigos constitucionais supracitados. Dentre os vários instrumentos de ações urbanas previstos no Estatuto da Cidade, destacamos o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), encontrado nos artigos 36 a 38, cuja função precípua é determinar os impactos negativos e positivos causados por empreendimentos e atividades gerais nas cidades. O EIV está previsto no Plano Diretor Municipal de Rondonópolis-MT (Lei complementar nº 043, de 28 de dezembro de 2006) desde sua aprovação em 2007, o qual traça linhas básicas para sua aplicação, explicitado no capítulo II, do artigo 263 ao 266, porém nunca foi devidamente regulamentado por uma lei específica, como prevê a legislação federal. A quase quinze anos sem a efetiva aplicação do EIV em Rondonópolis-MT, a cidade sofre com os diversos impactos negativos de diversas atividades econômicas e empreendimentos, caracterizando um prejuízo socioambiental acumulado para a população rondonopolitana.
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Defesa em: 06/07/2021
TÍTULO: ANÁLISE TEMPORAL DAS FORMAÇÕES TECNOGÊNICAS (2004-2019) NO BAIRRO JARDIM DAS PAINEIRAS RONDONÓPOLIS/MT.
Autor: Wérica Pereira de Almeida (Lattes iD )
Categoria: Geotecnologias Aplicadas à Gestão e Análise Ambiental
Palavras-chave: Rondonópolis-MT, terrenos tecnogênicos, Jardim das Paineiras, análise temporal.
Resumo: A ação antrópica sobre o relevo tem sido responsável pela de processos degradativos, principalmente em áreas urbanas, comprometendo a qualidade qualidade de vida das pessoas que residem nessas áreas. Neste sentido, durante a ocupação do bairro Jardim das Paineiras, em Rondonópolis foi testemunhado a relação adversa entre sociedade-natureza apresentando como resultado deste processo a intensa erosão e deposição de materiais de origem antrópica formando terrenos tecnogênicos. Dessa forma, este trabalho busca analisar o comportamento temporal de transformação de uma voçoroca no bairro Jardim das Paineiras na cidade de Rondonópolis –MT e verificar como as sua classificação, como terreno tecnogênico, altera ao longo do tempo. Para esta pesquisa foram realizado análises das imagens orbital de doze anos (2004-2019), classificação de terreno tecnogênico segundo o trabalho de Pellogia (2017) e trabalhos de campo (2019-2020). Identificou-se a contribuição da ação antrópica em cada ano de análise dos terreno tecnogênico. O resultado das observações das imagens orbitais e dos trabalhos de campo permitiram constatar os avanços e os recuos no tamanho e no formato da voçoroca conforme os anos de análise; entende-se que esse comportamento de avanço e recuo permitiram classificar a voçoroca em diferente tipos (terrenos tecnogenicos de degradação, agradação e misto). Por fim, os resultados mostraram forte influência da sociedade em todas os anos analisados, sendo os terrenos constituintes representados basicamente pelos originários de deposição de sedimentos oriundos dos bairros a montante pela água pluvial e aterramento realizado pela prefeitura municipal de Rondonópolis-MT. Em trabalho de campo foi constatado presença de materiais de construção civil e resíduo sólido doméstico, o que permitiu relacionar as atividades referentes à expansão urbana com a geração de depósitos, que por sua vez são despejadas nas feições erosivas para conter seu avanço.
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Defesa em: 07/07/2021
TÍTULO: ASSENTAMENTO CARLOS MARIGHELLA EM POXORÉU/MT: CIRCUITO ESPACIAL DE PRODUÇÃO DA MANDIOCA.
Autor: Ivan de Oliveira (Lattes iD )
Categoria: Planejamento e Gestão Territorial
Palavras-chave: Assentamento rural. Produção de mandioca. Circuito inferior de produção.
Resumo: Este trabalho teve como objeto de estudo o Assentamento Carlos Marighella em Poxoréu/MT. Nesse local, o cultivo da mandioca e o seu beneficiamento em farinha representa um meio para garantir a renda e a sobrevivência das famílias. A produção de mandioca e de farinha nesse assentamento possui uma estrutura organizacional produtiva baseada na agricultura familiar. Esse tipo de agricultura tem se desenvolvido e expandido em Mato Grosso, principalmente, em assentamentos rurais. Os pequenos produtores agrícolas que desenvolvem a agricultura familiar produzem a maioria dos alimentos básicos que chegam à mesa dos brasileiros. Entre os vários alimentos que são produzidos pela agricultura familiar em assentamentos rurais está a mandioca, que é um alimento comumente encontrado em vários assentamentos rurais como o Carlos Marighella. A mandioca que é produzida no Assentamento Carlos Marighella possui enorme importância econômica para os pequenos produtores agrícolas daquele local, pois tem sido, na maioria das vezes, a única fonte de renda e sobrevivência para os assentados. Nesse assentamento são desenvolvidas diversas atividades agrícolas e cada uma dessas atividades possui os seus respectivos circuitos espaciais de produção. Nestapesquisa, optamos por estudar o circuito espacial de produção da mandioca no Assentamento Carlos Marighella, haja vista que alguns aspectos desse circuito carecem de melhor compreensão científica. Os aspectos a partir dos quais foi desenvolvida a problemática estão relacionados às instâncias da produção da mandioca em sua dimensão territorial, à produção propriamente dita, bem como às características de seu processo de circulação e de consumo. O objetivo central do trabalho é compreender o circuito espacial, os atores produtores de mandioca do Assentamento Carlos Marighella, localizado em Poxoréu/MT, e seus consumidores da feira livre da Vila Aurora, em Rondonópolis/MT. A metodologia utilizada para o desenvolvimento deste trabalho baseia-se na pesquisa bibliográfica, no levantamento e análise de dados estatísticos secundários e na pesquisa de campo. Os resultados obtidos neste estudo revelam que os produtores de mandioca do Assentamento Carlos Marighella são pequenos produtores agrícolas familiares de baixa renda, os quais produzem a mandioca de forma rudimentar e utilizam principalmente o veículo particular para realizar o transporte de mandioca e farinha para as feiras livres da região ou para outros centros de comercialização. Quanto ao consumo da mandioca, verificou-seque os principais consumidores desse produto e de seus derivados são a parcela da população mais pobre, que possui baixa renda.
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Defesa em: 08/07/2021
TÍTULO: Os Impactos da Ferronorte no Sistema Logístico no Sudeste Mato-Grossense.
Autor: Lívia Regina Magalhães Carneiro (Lattes iD )
Categoria: Planejamento e Gestão Territorial
Palavras-chave: Ferrovia Ferronorte, Logística, Mato Grosso, Capital, Território
Resumo: O entendimento da produção do espaço geográfico é algo que vem se tornando cada vez mais complexo. A dinamização das mudanças e a observação dos produtos que delas surgem, trazem cada vez mais a ideia de que o todo é resultado da ação humana por meio do trabalho e o valor do todo está refletido na sua eficácia, ou na contribuição que o mesmo traz para a produtividade e para a reprodução ampliada de capital. Nesse sentido, as atuais necessidades capitalistas são as principais responsáveis pelas implementações estruturais e, consequentemente pelos atuais ajustes espaciais. No contexto do Brasil, essas mudanças estruturais e organizacionais, ligadas ao advento do capitalismo e da globalização, ocorreram após a Segunda Guerra Mundial, momento de extrema expansão de modernos sistemas de engenharia dos transportes e das comunicações. Dessa forma, a formação do atual layout do território brasileiro, não pode e nem deve ser entendida sem a associação com o processo de globalização e o modo capitalista de produção. O território nacional atualmente apresenta uma rede de sistemas de engenharia dos transportes diversificados, no entanto uma de suas características é o fato de as rodovias serem os meios que, em sua grande maioria, promovem a integração de grande parte do território brasileiro. Ainda é escassa a integração dos diversos modais de transporte no país, mesmo que hoje o Brasil seja considerado um dos maiores produtores de grãos do mundo, e que por isso demande de um sistema logístico robusto, para que desenvolva sua competitividade frente ao mercado agroexportador. Diante dessa realidade, o território nacional vem sofrendo implementações de sistemas de engenharia dos transportes que lhe confira características de maior fluidez, facilitando assim os processos do capital financeiro que sobre ele acontecem. O estado de Mato Grosso, maior produtor nacional de grãos, é um exemplo claro disso, onde com a implantação da Ferrovia Ferronorte tentou-se considerar um melhor sistema logístico para o escoamento de sua produção para a exportação. O estudo em questão tem por finalidade principal compreender a dinâmica espacial/territorial e a influência da instalação da ferrovia Ferronorte na logística de transportes e na competitividade econômica do sudeste do estado de Mato Grosso. Para operacionalização do estudo foi realizado um esforço de análise e síntese, onde dados bibliográficos, qualitativos e quantitativos foram levantados, interpretados e tratados, com o intuito de compreender a realidade acerca do objeto de estudo, sempre respeitando a sua transitoriedade. Foi possível observar que todo o processo produtivo e reprodutivo do capital acaba demandando necessidades que são materializadas sobre os territórios. A Ferrovia Ferronorte se materializou como uma necessidade capitalista sobre o sudeste de Mato Grosso, o que, de fato fez com que a região se tornasse mais competitiva e logisticamente mais eficiente.
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Defesa em: 09/07/2021
TÍTULO: O USO DA TERRA E OS PROCESSOS EROSIVOS NA MICROBACIA DO CÓRREGO ÁGUAS CLARAS EM JUSCIMEIRA (MT).
Autor: Kátia Paula Fernandes Correia (Lattes iD )
Categoria: Geotecnologias Aplicadas à Gestão e Análise Ambiental
Palavras-chave: Uso e ocupação da terra; Processos erosivos; Relação sociedade e natureza; Juscimeira-MT
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo central analisar as relações entre as mudanças nos usos e ocupações da terra entre os anos de 2006, 2014 e 2019 e os processos erosivos lineares na microbacia do córrego Águas Claras no município de Juscimeira-MT. Este tipo de análise baseou-se na relação sociedade e natureza, em que, a sociedade ao se apropriar, ocupar e utilizar o elemento natural solo, transformando-o em recurso, faz o uso não conhecendo e/ou não respeitando suas fragilidades e potencialidades. Dessa forma, a materialidade disso são as degradações do ambiente na forma de sulcos, ravinas, voçorocas, assoreamentos e perdas de área agricultáveis. O principal procedimento utilizado para levantar os dados necessários para o desenvolvimento da pesquisa foi o uso de imagens obtidas através do software Google Earth Pro dos referidos anos para, através da identificação visual, quantificar as feições erosivas lineares e associá-las ao tipo de uso e ocupação da terra. Assim, entre os anos de 2006 e 2014 houve um aumento aproximado de 50% no número de feições erosivas sobre áreas de pastagens, enquanto entre 2014 e 2019, 77% sobre áreas de pastagens e culturas temporárias. Constatou- se, também, que os aumentos das feições erosivas ocorreram principalmente em relevos com declividade de 20% a aproximadamente 40% com solos pedregosos a cascalhados, além de apresentar somente 3,57% de toda vegetação (nativa, de brejo e de área de preservação permanente), portanto, o que torna imprescindível a utilização intensiva de práticas de conservação do solo para evitar perdas.
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Defesa em: 09/07/2021
TÍTULO: AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONFORTO TÉRMICO DE HABITAÇÕES DE BAIXO, MÉDIO E ALTO PADRÃO, EDIFICADAS NA CIDADE DE RONDONÓPOLIS-MT, EM ZONA DE CLIMA TROPICAL.
Autor: Durval Negri Filho (Lattes iD )
Categoria: Geotecnologias Aplicadas à Gestão e Análise Ambiental
Palavras-chave: Rondonópolis-MT, Clima Tropical, Zoneamento Bioclimático, Conforto Térmico, Conjunto Habitacional Social.
Resumo: O objetivo deste estudo foi analisar o nível de conforto térmico apresentado por casas de conjuntos habitacionais sociais (CHS) construídos em diferentes épocas e locais, na cidade de Rondonópolis-MT, em plena zona de clima tropical. Para tanto, utilizou-se dados medidos continuamente por uma semana, durante a estação seca regional e mais uma semana durante a estação chuvosa, com emprego de termo-higrográfos instalados dentro de casas de 3 conjuntos habitacionais sociais e, para efeito de controle, em mais duas casas, com padrão construtivo superior. Além dos dados medidos, preparou-se uma planilha para registro de observações sensíveis de conforto térmico e condições do tempo atmosférico no local de cada casa durante as coletas, as quais foram registradas pelos moradores. Já para acompanhamento do ritmo das mudanças do tempo atmosférico em nível local durante as campanhas de coleta, e assim verificar como estes influem no ritmo do microclima das casas estudadas, utilizou-se dados de uma estação meteorológica automática pertencente a rede meteorológica nacional operada pelo Instituto Nacional de Meteorologia, instalada no campus da Universidade Federal de Rondonópolis. Os resultados permitiram verificar que: o zoneamento bioclimático brasileiro precisa ser atualizado, pois classifica alguns municípios em zonas erradas (como é o caso de Rondonópolis), contribuindo para agravar a questão do desconforto térmico das casas de CHS; o ritmo climático em nível local afeta de diferentes formas e, em nível de intensidade distintos, o conforto térmico apresentado pelas casas; o nível de conforto térmico das casas de CHS é ruim (o pior das casas avaliadas) e que não tem melhorado com o tempo, a despeito dos inegáveis avanços em termos de materiais de construção com propriedades para amenizar o desconforto térmico, que é muito alto, sobretudo em climas tropicais, como o de Rondonópolis; O desconforto térmico das casas foi comprovado tanto pelos dados medidos por aparelhos como os de percepção sensível dos moradores. Assim, concluiu-se que as casas de CHS de Rondonópolis apresentam baixo desempenho em termos de conforto térmico tanto em decorrência da classificação errada do município de Rondonópolis no zoneamento bioclimático brasileiro, como pelo emprego de materiais inadequados para construção de moradias sociais em áreas de climas tropicais. Mesmo as casas construídas em conjuntos sociais mais recentes continuam a submeter seus moradores a significativo desconforto térmico, o qual se mostrou muito inferior aos das casas de melhor padrão construtivo. Esse é um grave problema já que tais habitações, via de regra se destinam a população de baixa renda que, que não tem dinheiro para recorrer a aparelhos climatizadores de ambientes, revelando o desconforto térmico como mais um traço das desigualdades sociais de Rondonópolis.
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Defesa em: 04/12/2021
TÍTULO: CAMINHOS ANALÍTICOS E ESCALAS GEOGRÁFICAS EM UM ESTUDO SOBRE MORCEGOS: DA BIBLIOMETRIA (MUNDIAL) À PERCEPÇÃO (LOCAL) EM RONDONÓPOLIS-MT.
Autor: Isabela Carolina Ortêncio Negri (Lattes iD )
Categoria: Geotecnologias Aplicadas à Gestão e Análise Ambiental
Palavras-chave: Morcegos, Zona Tropical, Bibliometria, Percepção, Rondonópolis-MT .
Resumo: As pesquisas sobre morcegos na Zona Tropical são muito importantes, pois esta região do planeta concentra a maior parte dessa espécie. Também, pela importância do papel desempenhado por este grupo taxonômico nos respectivos ecossistemas, os morcegos tem despertado o interesse de muitas instituições e pesquisadores nas últimas décadas. No presente estudo, adotamos duas metodologias distintas para estudar essa temática: 1) Bibliometria e 2) Estudo de Percepção. Através da metodologia da Bibliometria, nos Bancos de Dados mundiais de produção científica (Web of Science e Scopus) sobre morcegos urbanos na Zona Tropical, foi possível: a) identificar quais países apresentaram mais artigos sobre morcegos na zona tropical; b) identificar a tendência temporal das publicações sobre morcegos na zona tropical; c) Identificar as palavras chaves mais utilizadas e sua tendência temporal; d) identificar quais revistas publicaram mais artigos sobre morcegos na zona tropical; e) Identificar as instituições mais citadas. Os resultados apontam Estados Unidos, Brasil e Reino Unido como o top 3 destas pesquisas; o crescimento acentuado dessa temática de pesquisa a partir de 2014; variação de palavras- chave dos artigos em termos temporais. Na metodologia de Estudo de Percepção foram distribuídos 123 questionários aleatórios pela internet (Aplicativos e Redes Sociais) para moradores da cidade de Rondonópolis-MT, contendo questões relativas ao perfil social dos entrevistados e percepção e conhecimentos dos mesmos sobre morcegos. As respostas demonstraram que ainda existem lacunas na educação ambiental, incluindo sujeitos com nível superior de escolaridade e que os morcegos ainda possuem o mesmo nível de repúdio que outros organismos vetores de patógenos, como ratos. O estudo permitiu uma melhor compreensão da temática nas escalas global e local, e a formação de um banco de dados bibliográficos para futuras pesquisas, inclusive a partir de possíveis lacunas no conhecimento de morcegos em Zonas Tropicais.
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Defesa em: 13/12/2021