Dissertações defendidas em 2017
TÍTULO: A UFMT E A DINÂMICA ESPACIAL DE SEU ENTORNO.
Autora: Maria Regina Ritter Moreira (Lattes iD )
Categoria: Planejamento e Gestão Territorial
Palavras-chave: Câmpus Universitário. Proprietário fundiário. Equipamento urbano.
Resumo: A pesquisa procurou identificar como a dinâmica do espaço urbano vem mudando com a influência da implantação do equipamento de ensino superior aqui representado pelo Câmpus Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso. Adotamos como recorte espacial o quadrante leste da cidade de Rondonópolis-MT, onde se tem percebido transformação, refuncionalização e revalorização do espaço, tendo como foco principal o Câmpus Universitário e os bairros vizinhos, Jardim Atlântico e Jardim Europa. Como metodologia, utilizaram-se de levantamento bibliográfico teórico conceitual, entrevistas, trabalho de campo, com registro fotográfico e os dados primários e secundários foram analisados de forma comparativa e contextualizados historicamente. A partir deles, a análise consistiu na elaboração de quadros contendo períodos de tempos diferentes, imagens de satélite e mapas para se verificar a espacialização dos eventos. Esse procedimento visa compreender como alguns equipamentos urbanos, implantados em pontos estratégicos, são potencializadores do crescimento urbano e como a instalação do Câmpus contribuiu para expandir seu entorno. Além da ação dos proprietários fundiários, o capital imobiliário e o próprio Estado se constituíram em agentes dinamizadores da expansão urbana. Também se constatou que o Câmpus Universitário modificou a dinâmica econômico-social dos bairros limítrofes, sobretudo nos Bairros Jardim Atlântico e Jardim Europa, sobretudo a partir do programa de expansão das universidades federais que aumentou o número de vagas e a forma de acesso no ensino público, atraindo, assim, maior quantidade de alunos de outras regiões do país, contribuindo para a dinamização dos bairros do entorno do Câmpus Universitário de Rondonópolis.
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Defesa em: 24/03/2017
TÍTULO: TERRITÓRIOS DE SAÚDE, ESPAÇOS PÚBLICOS E OS NÍVEIS DE QUALIDADE DE VIDA NA ÁREA NOSSA SENHORA DO AMPARO, RONDONÓPOLIS, MATO GROSSO.
Autor: Rodrigo Andrade da Silva (Lattes iD )
Categoria: Planejamento e Gestão Territorial
Palavras-chave: Qualidade de vida; Território; Espaços públicos; Planejamento.
Resumo: A qualidade de vida está diretamente relacionada ao bem-estar da população, assim, tem sido um conceito necessário aos estudos em saúde. A análise do território de uma população, por meio das suas interações e relações nos espaços públicos, permite uma visão holística sobre sua qualidade de vida. Nesse sentido, o objetivo desse estudo foi conhecer os níveis de vida e as relações entre os espaços públicos e os serviços públicos da área de saúde “Nossa Senhora do Amparo” na cidade de Rondonópolis, Mato Grosso. Foram utilizadas as informações socioeconômicas da Ficha A, das Unidades de Saúde da referida Área, de modo a observar os índices referentes a saúde da população assistida; bem como a aplicação de entrevistas com a população atendida na área de estudo, na qual investigou-se, os espaços públicos para o lazer e as ações em saúde, considerando os benefícios que as áreas verdes públicas urbanas podem proporcionar à saúde e ao bem-estar da população. Como resultado, as áreas de saúde foram especializadas segundo a disposição das unidades, espaços públicos e áreas verdes; de modo a conhecer a dinâmica territorial do objeto de estudo, compreendendo as relações entre os espaços públicos e de saúde. Observou-se que, a integração da Geografia e das Ciências da Saúde proporciona certa compreensão das relações que ocorrem no espaço geográfico, contribuindo com o planejamento nas ações em saúde e na qualidade de vida da sociedade.
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Defesa em: 20/11/2017
TÍTULO: QUALIDADE AMBIENTAL EM RONDONÓPOLIS-MT: FORMAS DE CONTROLE E ANÁLISES PARA IMPLANTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS CONTRA AUMENTO DE POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA EM CIDADES MÉDIAS.
Autor: Deleon Silva Leandro (Lattes iD )
Categoria: Geotecnologias Aplicadas à Gestão e Análise Ambiental
Palavras-chave: Poluição Atmosférica, Qualidade Ambiental, Biomonitoramento, Planejamento Urbano; Ecologia Urbana.
Resumo:O crescimento acelerado das cidades médias no Brasil está relacionado a um forte incremento da poluição atmosférica. Nesta dissertação, demonstramos a pouca eficácia do modelo de mensuração da poluição do ar na cidade de Rondonópolis (MT) e propomos métodos mais satisfatórios de monitoramento da qualidade do ar em ambientes urbanos. Os estudos desse tema são importantes para demonstração de um cenário pouco favorável ao planejamento de cidades mais sustentáveis e projetadas para melhor qualidade de vida da população. Em Rondonópolis alguns parâmetros da qualidade do ar são mensurados, como de material particulado (MP 2,5 μg/m3) e monóxido de carbono (CO ppm) estimados através de modelos estatísticos. Esses gases são oriundos da combustão completa e incompleta de combustíveis, mas não são suficientes para compreensão da complexidade a que se dá a influência da poluição atmosférica sobre a saúde da população. No Brasil o modelo estatístico “CATT BRAMS” é muito utilizado, entretanto falta entender se elas são suficientes e ainda reavaliar seu uso, pois são propensos a falhas operacionais e de diagnóstico. Métodos alternativos de biomonitoramento são propostos e discutidos a fim de propor novas formas de gestão ambiental.
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Defesa em: 21/11/2017
TÍTULO: ANÁLISE DA POLÍTICA DE CRIAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E CONSERVAÇÃO DOS ESPAÇOS TERRITORIAIS ESPECIALMENTE PROTEGIDOS EM RONDONÓPOLIS/MT.
Autor: Marco Antonio Matos de Souza (Lattes iD )
Categoria: Geotecnologias Aplicadas à Gestão e Análise Ambiental
Palavras-chave: Rondonópolis-MT, Áreas Protegidas, Gestão Ambiental.
Resumo: Os Espaços Territoriais Especialmente Protegidos, atualmente se constituem em áreas protegidas definidas pela Constituição Federal de 1988, que são reconhecidas pela sociedade como essenciais à melhoria e manutenção da qualidade de vida, devendo ser geridos por legislações eficientes, com o fim de conservação da natureza, manutenção de serviços ecossistêmicos e valores culturais. As áreas analisadas neste estudo estão distribuídas na malha urbana de Rondonópolis, definidas na legislação do Município como as áreas de preservação permanente, unidades de conservação, áreas verdes e fragmentos florestais urbanos. Por se constituírem em locais onde deve predominar a vegetação arbórea e arbustiva, proporcionam inúmeros benefícios que asseguram a qualidade ambiental do espaço urbano, tais como conforto térmico, proteção das margens dos cursos hídricos, atenuação da poluição do ar, sonora e visual, servindo ainda como abrigo para fauna. Diante da importância da adoção de políticas públicas eficientes, o presente estudo teve por objetivo analisar a efetividade da gestão ambiental municipal desses espaços nos últimos 10 anos. Para tanto, foi realizado a análise do arcabouço legal que embasa a gestão ambiental em nível municipal bem como das ações dos órgãos responsáveis pela proteção, implementação e conservação das áreas protegidas. O mapeamento e análise das áreas protegidas foi realizado utilizando-se da técnica de interpretação visual de imagens de altíssima resolução espacial disponibilizadas pela plataforma Google Earth. Como principais resultados obteve-se a vetorização de 61 zonas de unidades de conservação que totalizaram uma área de 1422,45(ha), dentre as quais 1053,14(ha) possuem vegetação considerada como fragmento florestal, sem alterações. Também se verificou que em 49(ha) ocorreu a supressão total de vegetação, sendo que apenas 13 áreas com total de 212,94 (ha) foram instituídas legalmente como unidades de conservação, e dessas apenas 04 foram efetivamente implementadas com 22,32 (há). Tais resultados demonstram a eficácia do zoneamento ambiental enquanto instrumento de implementação da política de conservação ambiental. Contudo, por outro lado o estudo verificou que os instrumentos de gestão ambiental ainda são muito falhos na criação e implementação das unidades de conservação e no monitoramento da implantação de fato das áreas verdes dos loteamentos. Seguindo as definições do Plano Diretor, para a garantia do percentual mínimo de 10% de áreas verdes no parcelamento do solo urbano, foram mapeadas 193 áreas verdes, distribuídas por 100 bairros, totalizando 181,43 (ha), onde foram registradas informações referentes ao tipo e condição ambiental da vegetação, quantidade proporcional do tipo de vegetação (arbórea; arbustiva; herbácea) e condição de uso. Foram identificadas 35 áreas verdes públicas implementadas, sendo 31 praças e 04 campos de futebol, atingindo 31,4 (ha). As áreas verdes públicas de concessão de direito real de uso implementadas atingiram o total de 9,63 (ha), sendo aquelas destinadas aos condomínios fechados de iniciativa privada. As áreas verdes mapeadas não implementadas com a presença de vegetação arbórea, herbácea ou arbustiva atingiram o total de 22,76 (ha), e as consideradas totalmente degradadas, totalizaram 117,64 (ha). Os mapeamentos e analises demonstraram a ineficácia da legislação e dos órgãos locais na implementação e conservação das áreas verdes dos loteamentos, uma vez que a grande maioria dessas áreas, localizadas principalmente em loteamentos de baixa renda, não possuem vegetação arbórea e arbustiva, nem equipamentos de lazer, não cumprindo desse modo a função socioambiental para qual foram estabelecidas. Diante dos resultados é possível apontar uma efetividade parcial dos instrumentos de gestão ambiental urbana de Rondonópolis, sendo de fundamental importância a criação de um sistema municipal de áreas protegidas capaz de subsidiar a implementação de ações de planejamento e gestão ambiental mais efetivas no município.
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Defesa em: 21/11/2017
TÍTULO: NOVAS CONTRIBUIÇÕES AO MODELO DE FRAGILIDADE AMBIENTAL À PROCESSOS EROSIVOS: ESTUDO DE CASO APLICADO AO PERÍMETRO URBANO DE RONDONÓPOLIS, MATO GROSSO.
Autor: Alesson Pires Maciel Guirra (Lattes iD )
Categoria: Geotecnologias Aplicadas à Gestão e Análise Ambiental
Palavras-chave: Processos Erosivos, Geotecnologias Aplicadas, Fragilidade Urbana-Ambiental
Resumo: Este estudo aplicado ao perímetro urbano de Rondonópolis-MT, traz novas adaptações e complementações as metodologias e consequentemente aos modelos de fragilidades ambientais a processos erosivos, sobretudo aqueles realizados em áreas urbanizadas ou com tendências à urbanização. Avaliou-se as classes e graus das fragilidades ambientais associados a cada tipo de variável geoambiental, sendo elas: relevo (declividade e formas do terreno), erodibilidade das ordens de solo considerando os efeitos da urbanização, elementos climáticos da chuva (intensidade pluviométrica e erosividade), caracterísitcas geológica-estruturais dos grupos de rochas (resistência mecânica a erosão, densidade de descontinuidades geológica-estruturais e densidade destas interseções), sendo possível caracterizar as fragilidades ambientais potenciais deste território. Combinando estas variáveis ao modelo de fragilidades ambientais associadas aos nívies de urbanização e grau de proteção e cobertura do solo, obteve-se as fragilidades ambientais emergentes. Verificou-se que a o modelo de análise proposto, integrando novas variáveis geoambientais, indispensáveis ao diagnóstico holístico dos sistemas urbanoambientais, caracterizaram de forma mais coerente a perda de material por erosão linear no cenário atualmente vigente, servindo de apoio ao zoneamento ambiental intituido através do Plano Diretor deste município.
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Defesa em: 24/11/2017
TÍTULO: O IMPACTO DA ALTERAÇÃO DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL (NOVO CÓDIGO FLORESTAL) SOBRE AS POLÍTICAS DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA NA AMAZÔNIA LEGAL: ESTUDO DE CASO SOBRE A CONSERVAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE E RESERVA LEGAL NAS GRANDES PROPRIEDADES RURAIS DO MUNICÍPIO DE RONDONÓPOLIS-MT.
Autor: Marcelo Caetano Vacchiano (Lattes iD )
Categoria: Geotecnologias Aplicadas à Gestão e Análise Ambiental
Palavras-chave: Bioma; Cerrado; Floresta; Amazônia Legal; Supressão vegetal; Desmatamento; Geoprocessamento.
Resumo: O processo de ocupação da Amazônia Legal caracterizou-se pela formação de grandes propriedades rurais onde foi implementado, principalmente a partir de 1970, programas governamentais que estimularam o desmatamento e a agricultura comercial intensiva. Não obstante existissem diversas leis protetivas a vegetação nativa, o modelo de ocupação implementado não respeitou a legislação ambiental, priorizando interesses capitalistas. O novo Código Florestal, Lei 12.651 de 2012, trouxe mais retrocessos ao nível de proteção ambiental, legitimando desmatamentos até mesmo em áreas legalmente protegidas. Assim, presente trabalho buscou compreender os impactos do novo Código Florestal sobre a preservação de duas categorias de áreas ambientalmente protegidas nas grandes propriedades agrícolas (aquelas com áreas superior a 15 módulos fiscais) do município de Rondonópolis MT: as Áreas de Proteção Permanente (APP) e a Reserva Legal (ARL). Nesse sentido, empregaram-se recursos de geoprocessamento para identificar e espacializar as grandes propriedades rurais existentes no município de Rondonópolis no ano de 2016, e mapear por meio de imagens de satélite, as áreas de APP de nascentes e cursos d’água bem como as ARL preservadas nos seus limites. Num segundo, momento foram mapeadas as áreas de APP e ARL que foram declaradas na base do Cadastro Ambiental Rural (CAR) do Estado. Esses resultados foram confrontados tendo por parâmetro dois cenários distintos: a situação de cumprimento da legislação ambiental pelo proprietários rurais considerando-se os termos do “velho” Código Florestal e, a situação de cumprimento dessa legislação nos termos de sua versão atualizada (novo Código Florestal). Como principais resultados verificou-se que a ocupação das grandes propriedades rurais de Rondonópolis se deu sem respeitar a vegetação nativa protegida; que o instrumento de gestão adotado pelos Estados (CAR) é falho por ser autodeclaratório e até hoje não existir um sistema de validação dos dados declarados; que a legislação em vigor à época da ocupação dessas propriedades, que determinava fossem preservadas porções da vegetação nativa para cumprimento de funções ecossistêmicas, não foi cumprida; que o novo Código Florestal está servindo para legitimar mais de dois terços dos desmatamentos e destruições nas áreas que estavam sob a proteção da legislação anterior em tais propriedades, mediante concessão de anistias e instituição de novos parâmetros de definição dos limites das APPs sem nenhuma base científica; que mesmo o terço do passivo ambiental legal que deve ser regularizado por tais proprietários não o será necessariamente em benefício dos ecossistemas de Rondonópolis, visto que pela nova legislação a compensação ambiental poderá se dar mediante aquisição de florestas em locais longínquos. Por fim, concluiu-se que aprovação da Lei 12.651/2012 representa um severo retrocesso na política ambiental florestal brasileira devendo seu impacto resultar numa enorme perda de cobertura vegetal nos biomas brasileiros colocando em risco até mesmo a garantia de que as propriedades rurais cumpram de fato as com suas funções socioambientais.
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Defesa em: 05/12/2017
TÍTULO: QUALIDADE AMBIENTAL DAS NASCENTES DO CÓRREGO GRANDE NA BACIA DO RIBEIRÃO PONTE DE PEDRA (RONDONÓPOLIS, MATO GROSSO).
Autora: Patrícia Karina Barbosa Ereio (Lattes iD )
Categoria: Geotecnologias Aplicadas à Gestão e Análise Ambiental
Palavras-chave: Cerrado, Qualidade Ambiental, Nascentes, Soja.
Resumo: As nascentes fazem parte dos sistemas fluviais sendo importantes para a manutenção do equilíbrio hidrológico e biológico. Esta pesquisa se propôs analisar as relações entre o uso da terra e a qualidade ambiental das nascentes do Córrego Grande pertencente à bacia hidrográfica do ribeirão Ponte de Pedra no município de Rondonópolis, Mato Grosso. As nascentes analisadas localizam-se na área do Assentamento Carimã, onde há usos diversificados da terra, e cujo entorno é formado por unidades de conservação e propriedades rurais onde se pratica a agricultura intensiva. Foi realizado o levantamento do histórico do uso da terra neste assentamento através de entrevista utilizando o método da investigação comunicativa (Plataforma Brasil n. 2.034.719). A rede de drenagem e a localização das nascentes foram inicialmente delimitadas a partir do processamento do Modelo de Elevação Digital (DEM) e processado em ambiente (SIG). O referido DEM foi produzido a partir da cena da imagem SRTM/TOPOTADA. A extração das bacias e da rede de drenagem teve como base o TerraHidro versão 4.2.2. Foi avaliado e mapeado os usos da terra na bacia do Córrego Grande e ribeirão Ponte de Pedra, e calculado o Índice de Cobertura Vegetal (ICV) no entorno das nascentes através do SIG utilizando imagens orbitais/TM Landsat-8 com resolução espacial de 15 metros. O ICV subsidiou na avaliação do grau de preservação das Áreas de Preservação Permanente (APP) e na análise macroscópica da qualidade ambiental das nascentes. Foi realizado no campo a aferição dos dados gerados por imagens orbitais, e a avaliação macroscópica para obter o Índice de Qualidade Ambiental de Nascentes (IQAn). Os fatores do IQAn avaliados foram a transparência e odor da água, presença de lixo no entorno, oleosidade na água, presença de erosão próximas das nascentes, assoreamento da nascente ou no início do curso d’água, represamento, cobertura vegetal na área da APP, presença de gado, usos antrópicos (canos, rodas d’água, caixas de contenção), proteção no entorno da nascente, proximidade com residências (fossas sépticas), tipo de ocupação no entorno (pastagem, agricultura, piscicultura e outros). Foi gerado o mapa do Índice de Vulnerabilidade Intrínseca dos Aquíferos à Poluição (IVIAP) da bacia do Córrego Grande, através do SIG, com dados hidrológicos, geomorfológicos e de densidade vegetal através de imagem de média-alta resolução CBER-4 com resolução de 5 metros. Cada nascente recebeu uma classificação do ICV, do IQAn e IVIAP. Através da história do Assentamento percebeu-se a mudança no perfil de usos da terra passando pela exploração da agricultura familiar, pela pecuária e pela exploração turística. O ICV no entorno das 35 nascentes analisadas na bacia do Córrego Grande, demonstrou que 23 podem ser classificadas como excelente, três muito boa, três boas, três razoável, uma ruim, e duas péssimas. O IQAn classificou sete nascentes como ótimas, oito boas, oito razoáveis, dez ruins e duas péssimas. Os principais fatores de degradação identificados foram a presença do gado, os processos de erosão e a ausência de proteção. As nascentes classificadas pelo IQAn como ótimas, boas e razoáveis apresentaram o IVIAP mais elevado, estando mais suscetível a contaminação da água por usos de agroquímicos, fato que vem ocorrendo há mais de 20 anos na bacia do Córrego Grande. Diante dos resultados é possível afirmar que manter as APP’s no entorno das nascentes é fundamental para a garantir a boa qualidade ambiental, mas também é necessário ampliar os cuidados com os usos da terra nas áreas de recarga. Trata se de uma região em que o modo de produção agropecuário conduzido é desvinculado de um plano de manejo, o que vem contribuindo com a diminuição da exfiltração das águas e, portanto, tem havido prejuízos a qualidade das nascentes do Córrego Grande. Esta qualidade ambiental é o resultado da interação de vários processos físicos, químicos, biológicos e sociais, ao longo do tempo, onde todos são corresponsáveis pela qualidade atual.
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Defesa em: 06/12/2017
TÍTULO: O DOMÍNIO TERRITORIAL REPUBLICANO MANIFESTADO NA MULTIEXPRESSIVIDADE DA COMISSÃO RONDON.
Autora: Cristiane Aparecida Zambolin Teodoro (Lattes iD )
Categoria: Planejamento e Gestão Territorial
Palavras-chave: Comissão Rondon, Território, Estado.
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo demonstrar as contribuições que a Comissão de Linhas Telegráficas Estratégicas do Mato Grosso ao Amazonas – CLTEMTA (1907 a 1915) para os processos de apropriação e domínio territorial exercidos pelo Estado Republicano durante a Primeira República ou República Velha (1889 – 1930), correspondente às áreas ao Noroeste do Brasil, em suma Mato Grosso, no então denominado de “sertão vazio”. Para tanto, parte-se do ideário de que a CLTEMTA possui um caráter multiexpressivo, uma vez que se constituía por múltiplos desígnios, sejam eles científicos, sociais, econômicos, protetivos, culturais, ideológicos ou territoriais, fatores que foram determinantes para o processo de legitimação estatal em uma sociedade que se encontrava em processo de composição.
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Defesa em: 07/12/2017
TÍTULO: IDENTIDADE DO LUGAR NA PERCEPÇÃO SOCIOAMBIENTAL DOS MORADORES EM ASSENTAMENTOS RURAIS DE MATO GROSSO.
Autora: Dayse de Jesus Lessa (Lattes iD )
Categoria: Planejamento e Gestão Territorial
Palavras-chave: Lugar, Assentamento Rural, Percepção socioambiental.
Resumo: A pesquisa tem por finalidade conhecer a identidade do lugar através da percepção socioambiental dos produtores, aplicada à gestão territorial dos recursos naturais e atividades produtivas nos assentamentos Fazenda Esperança e Padre Jozimo ambos localizados em Rondonópolis, Mato Grosso. A investigação caracteriza-se como da geografia humana com a aplicação do estudo de percepção para avaliar o grau de satisfação com o lugar dos assentados rurais. A base conceitual é fundamentada principalmente no conceito de lugar e território. A aplicação do conceito de território na atualidade é bem diferenciada, pois não só os seus contextos mudaram, assim como a própria ciência buscou outros paradigmas e métodos e, consequentemente, novos desafios. Já a ideia de lugar apresenta-se como um fenômeno concernente à dinâmica do espaço geográfico e das dimensões de identidades e afetividades que nem sempre são considerados nos estudos geográficos. Nessa perspectiva, por meio de entrevistas semiestruturadas, junto a trinta moradores dos Assentamentos Fazenda Esperança e Padre Jozimo, verificou-se que 90% dos moradores estão satisfeitos com o lugar. Em relação a Identidade e Significado do Lugar, 58% responderam que a natureza significa tudo e 42% responderam que significa meio de sobrevivência. Sobre Problemas e Desejos, foi observado que 50% dos problemas relatados pelos entrevistados refere-se à falta de apoio governamental que incentive trabalho produtivo, bem como atenção básica aos serviços essenciais como saúde e educação. Assim, com base nos números, percebemos que o assentamento é o meio de vida, trabalho e sobrevivência para essas famílias. A propriedade ou o lote recebido no assentamento, também é lugar de grande satisfação para os moradores dos dois assentamentos, ficando na mesma proporção de afeição que a casa. O assentamento é outra escala de lugar que para os moradores teve significados diversos para entrevistados de ambos os assentamentos. Os dados analisados nos dois assentamentos apontam para a satisfação e pertencimento dos moradores com o lugar, em quase todos os aspectos, com exceção em aspectos de infraestrutura, serviços de saúde e produção, ou seja, demandas externas suas vontades e decisões. Estas informações são importantes para as políticas públicas municipais e estaduais voltadas para os assentamentos e municípios envolvidos na pesquisa. Em suma, existem fortes sentimentos topofílicos e de pertença dos assentados com as diversas escalas de lugar analisadas, indicando alto grau de satisfação e identidade de lugar.
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Defesa em: 07/12/2017
TÍTULO: O ASSENTAMENTO 1º DE MAIO NO CONTEXTO DA EXPANSÃO DA FRONTEIRA AGRÍCOLA.
Autor: Francisco Miranda Filho (Lattes iD )
Categoria: Planejamento e Gestão Territorial
Palavras-chave: Agricultura Familiar. Fronteira Agrícola. Assentamento Rural.
Resumo: A presente pesquisa objetiva analisar a produção familiar desenvolvida no Assentamento 1º de Maio, localizado no Município de Colniza no Estado de Mato Grosso. Busca também compreender como este se mantém diante das dificuldades de acesso ao mercado frente à resistência da produção familiar mediante o avanço do agronegócio em direção ao Noroeste de Mato Grosso, área de fronteira agrícola. Para a análise e compreensão dos elementos que configuraram o processo de colonização e a eficiência da agricultura familiar desenvolvida no Assentamento 1º de Maio e, sua relação com as políticas públicas desenvolvidas para os assentados, o embasamento se deu nos aportes teóricos-metodológicos dos seguintes autores: Ianni (2000), Becker (1990), Martins (1992;1995;2000;2009), Moreno (2005;2007), Oliveira (2007), Stédile (1977;2006;2007) e Santos (1992;2006;2007). O estudo e a análise dos dados foram embasados no método dialético e na abordagem qualitativa, pautando-se nos conceitos de território. A análise demonstrou que, diferentemente das ocupações realizadas em outras regiões, os movimentos de ocupação do Município de Colniza não estão relacionados aos movimentos de trabalhadores rurais sem-terra, pois surgiram de forma espontânea, sem necessariamente ser um movimento sistemático. Verificou-se que as distâncias do Município, em relação aos grandes mercados consumidores, a falta de apoio financeiro e de assistência técnica influenciaram na dinâmica produtiva dos assentados. Todavia, o avanço do agronegócio apresenta restrições devido as características pedológicas presentes no Município de Colniza, em se mantendo o nível técnico da atualidade, dificultando a incorporação das terras para o cultivo de grãos em larga escala. Diante desse quadro a incorporação ao agronegócio ocorre de forma secundária, voltado sobretudo para a produção de proteína animal no âmbito regional. Percebe-se que apesar de haver limitações para a entrada do agronegócio no local, o mesmo vem se apresentando e expandindo na região, fato que passa a se constituir em uma preocupação no que tange à preservação do equilíbrio social e ambiental, visto que pode ocasionar êxodo rural, mudanças na dinâmica espacial e econômica, além de causar problemas de ordem ambiental.
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Defesa em: 14/12/2017
TÍTULO: AS RELAÇÕES DA URBANIZAÇÃO E DA DENGUE EM PRIMAVERADO LESTE, MATO GROSSO.
Autora: Simone de Oliveira Mendes (Lattes iD )
Categoria: Geotecnologias Aplicadas à Gestão e Análise Ambiental
Palavras-chave: Dengue, Primavera do Leste-MT, Geoprocessamento.
Resumo: Por ter como transmissor o mosquito Aedes aegypti, a dengue se tornou uma preocupação e um sério problema para a população e consequentemente para autoridades de saúde pública. Já se sabe que a doença está diretamente relacionada com a proliferação e o índice de infestação do vetor, o que por sua vez depende de fatores ambientais que propicie ou condicione a sua multiplicação. Nesse sentido, o objetivo desse estudo foi compreender as causas do aumento expressivo da dengue na área urbana do município de Primavera do Leste MT no período de 2011 a 2015. Para isso foi analisado o crescimento área urbana de Primavera e realizado a caracterização da infraestrutura de saneamento que cada bairro dispõe tanto com emprego de recursos de geoprocessamento quanto por levantamentos in loco. Por outro lado também se analisou a variação temporo-espacial dos índices de infestação do mosquito e das notificações dos casos de dengue da cidade obtidos na Secretaria Municipal de Vigilância Epidemiológica os quais foram agregados em nível de meses e bairros, buscando investigar a hipótese de que tal aumento expressivo da doença nesse período pudesse estar relacionado, sobretudo, com as condições socioambientais encontradas nos bairros de Primavera do Leste. Como principais resultados verificou-se que no período analisado o município de Primavera do Leste experimentou um aumento de cerca de sete vezes no número de notificações, passando de 174 casos de dengue notificados em 2011 para 1350 em 2015, o que o colocou como um dos oito municípios com maior número de notificação de dengue no estado em 2015. Dentre o período do estudo, o ano de 2013 apresentou maiores quantidades de notificações da Vigilância Epidemiológica, 1462 notificações, com índice predial em maior quantidade de meses com risco de surto da doença, com valores acima de 4% nesse ano. Observou-se uma expansão territorial da dengue dos bairros centrais da área urbana para os periféricos. Também foi verificado que mesmo nos bairros que tem boa infraestrutura de saneamento ambiental tais como, rede de água, asfalto, coleta de lixo, entre outros, houve alta incidência da doença nesse período. No entanto, foram observados também grande quantidade de lixo em terrenos baldios e calçadas, condições favoráveis à proliferação do vetor no ambiente urbano. Por fim, é possível concluir que o crescimento desordenado da área urbana de Primavera do Leste, bem como a falta de responsabilidade socioambiental de sua população, podem estar influenciando significativamente na proliferação do vetor da dengue e consequentemente no avanço da doença na cidade nos últimos anos.
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Defesa em: 14/12/2017
TÍTULO: ANÁLISE DA SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL URBANA EM RONDONÓPOLIS (MT), A PARTIR DOS ESPAÇOS PÚBLICOS DE LAZER INSTALADOS.
Autor: Rubens Petri Torres (Lattes iD )
Categoria: Geotecnologias Aplicadas à Gestão e Análise Ambiental
Palavras-chave: Espaços Públicos, Segregação, Lazer, Centros Urbanos, Rondonópolis-MT.
Resumo: A segregação socioespacial no contexto urbano ocorre de diversas formas e em vários locais do planeta, porém, ao analisarmos as cidades contemporâneas e principalmente as cidades de países subdesenvolvidos, observamos o agravamento deste fenômeno por diversos fatores. No Brasil a segregação socioeconômica ocorre principalmente em grandes centros urbanos, mas não obstante, observamos o fenômeno também em médios e pequenos municípios. Ao se observar o processo de ocupação das cidades, nota-se que os agentes produtores do espaço são determinantes no que tange a fragmentação do território e percebe-se que o mesmo é moldado segundo os seus interesses. Nota -se dentro dessa lógica do capital o condicionamento dessas pessoas dentro do sistema e questões relevantes como a qualidade de vida relacionada à sua moradia e os equipamentos públicos instalados não são considerado s, causando com isso, uma segregação de maior magnitude. A presente pesquisa teve por objetivo mapear e analisar a localização, uso e a disponibilidade dos equipamentos públicos urbanos voltados ao lazer, esporte e cultura que existem na cidade de Rondonópolis- MT. Dentro deste contexto, foi possível verificar o processo de segregação socioespacial em decorrência da distribuição dos mesmos em seu espaço urbano. Para esta pesquisa se fez uso e ou confecção de mapas, tabelas, gráficos para representar as áreas com carências e as que possuem maior apropriação de equipamentos urbanos e sociais, para delimitação do raio de abrangência dos equipamentos se fez uso de literaturas apropriadas (SANTOS) e (CAMPOS FILHO), e para identificar a demanda dos equipamentos e áreas carentes dos mesmos, utilizou-se da densidade populacional e da tipologia sócio econômica produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Est atística ano de referência 2010 em conjunto com outros dados pertinentes ao tema pesquisado. Os resultados alcançados na pesquisa comprovaram que em Rondonópolis – MT ocorre (u) uma tratativa de manutenção e distribuição de equipamentos públicos de lazer, esporte e cultura desigual quando se compara à área central e seu entorno versus as áreas periféricas, consequentemente, esses fatores apontados são colaboradores para um agravamento do fenômeno de segregação socioespacial nesta cidade.
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Defesa em: 15/12/2017