Universidade Federal de Rondonópolis

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Turma 2022

POR UMA EDUCAÇÃO DE SENSIBILIDADE: MEMÓRIAS, EXPERIÊNCIAS E REFLEXÕES PEDAGÓGICAS

Autora: ARIANE DA COSTA DOURADO ARAUJO

Resumo: Pesquisa vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Rondonópolis (PPGEdu), na linha de pesquisa Educação, Cultura e Diferenças. Tem como objetivo aprofundar pesquisas teóricas sobre educação de sensibilidade para compreender como se constrói a relação mestre-aprendiz na prática pedagógica do professor e na aprendizagem do aluno. O problema que move a pesquisa é: como a compreensão sobre educação de sensibilidade pode contribuir para uma melhor relação de ensino e aprendizagem sob uma perspectiva de mestre e aprendiz? A fundamentação teórica, de abordagem fenomenológica, parte de autores como Georges Gusdorf, Marcos Ferreira-Santos e Rogério de Almeida, entre outros. Metodologicamente, ancora-se na “jornada interpretativa” de Ferreira-Santos e Almeida, concomitante com a “narrativa (auto)biográfica”, de Passegi, Domingo e Ostetto, como possibilidade epistemológica e hermenêutica de exploração da experiência vivida, como valorização da memória e do conhecimento de si, da trajetória de vida pessoal e profissional. Nesse sentido, parte-se das memórias de infância da autora, bem como de experiências de seu cotidiano escolar para aprofundar a compreensão acerca de atitudes e práticas pedagógicas que sejam educativas. As conclusões apontam que as histórias vividas e narradas contribuem para iluminar a trajetória pedagógica e pode ser um caminho para a construção da relação mestre-aprendiz, perfazendo de sentido a existência do professor e do aluno.

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A FORMAÇÃO CONTINUADA CENTRADA NA ESCOLA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE RONDONÓPOLIS/MT: ESPAÇO DE APRENDIZAGENS E RESSIGNIFICAÇÃO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM TEMPOS DE PANDEMIA

Autora: CRISTIANE RODRIGUES THIEL SILVA

Resumo: Esta pesquisa, vinculada à Linha de pesquisa Política, formação e práticas educativas, do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu), do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), Mato Grosso (MT), discute as contribuições da formação continuada para professores do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino (RME) de Rondonópolis/MT, no contexto do Projeto de Formação Continuada Centrada na Escola. Tal projeto é considerado um espaço legítimo para a apropriação de conhecimentos e mobilização de saberes para a ressignificação das práticas pedagógicas. A pesquisa orientou-se na seguinte questão: de que modo a Formação Continuada Centrada na Escola, ofertada pela Rede Municipal de Ensino de Rondonópolis/MT, durante o período de pandemia da Covid-19 (2020, 2021), contribuiu para a ressignificação das práticas pedagógicas a partir das novas demandas no processo de ensino originadas neste período? O objetivo que se delineou foi analisar as contribuições da Formação Continuada Centrada na Escola, da Rede Municipal de Ensino de Rondonópolis/MT, enquanto processo para a ressignificação das práticas pedagógicas durante a pandemia da Covid-19 (2020 e 2021), haja vista as novas demandas no processo de ensino. Nesse sentido, este estudo justifica-se em vista da importância da discussão acerca das ações
formativas oferecidas pelas escolas da RME de Rondonópolis/MT, que ocorre por meio da Formação Continuada Centrada na Escola. Constituíram-se participantes deste estudo oito professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental de três escolas da Rede Municipal de Ensino de Rondonópolis (RME), inseridos no contexto do Projeto de Formação Continuada Centrada na Escola no período de 2020 e 2021, durante a pandemia. A coleta da materialidade empírica aconteceu a partir de entrevistas semiestruturadas. A análise e discussão dos dados ocorreu à luz da Análise Textual Discursiva (ATD), organizada em três categorias sendo elas: a) as estratégias utilizadas pelas escolas para a garantia da Formação Continuada aos professores durante a pandemia da Covid-19; b) os saberes docentes necessários para o processo de ensino e práticas pedagógicas em tempos de pandemia; c) as contribuições da Formação Continuada Centrada na Escola e apropriação dos saberes necessários para a ressignificação das práticas pedagógicas. Como resultado, esta investigação revelou, a partir das narrativas das professoras participantes, que, apesar dos desafios para a participação no projeto de formação continuada, bem como para garantia do processo de ensino aos estudantes, a formação docente desenvolvida no contexto do projeto de Formação Continuada Centrada na Escola, nas unidades escolares, oportunizou a aprendizagem e mobilização de saberes. Esta mobilização favoreceu a ressignificação das práticas pedagógicas em tempos de pandemia. Além disso, demonstrou, que os professores tiveram que reinventar-se e recriar-se. Para tanto, foi preciso integrar diversos saberes, como os pedagógicos, experienciais, curriculares, profissionais e tecnológicos. O estudo também pontuou que as reflexões, trocas de experiência entre os pares, o diálogo e o apoio e exemplo de professores mais experientes em diversas situações do cotidiano de ensino e na formação continuada ajudaram a tecer conhecimentos e práticas educativas que possibilitaram aos professores melhores condições para conduzir as situações educacionais vivenciadas no período de pandemia.

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TRABALHO COLABORATIVO DOCENTE ENTRE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO E ENSINO REGULAR NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE RONDONÓPOLIS

Autora: JOSILENI DE MORAES NASCIMENTO

Resumo: Este estudo, inserido na Linha de Pesquisa Educação, Cultura e Diferenças, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Rondonópolis, tematiza a educação inclusiva e a colaboração entre professores atuantes no Atendimento Educacional Especializado e docentes das salas regulares. O Atendimento Educacional Especializado é integrado ao ensino regular e estabelecido pela Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, e seu objetivo é fornecer serviços e recursos para garantir a participação de alunos com deficiência, Transtorno do Espectro Autista e Altas Habilidades e Superdotação nas atividades escolares. Considerando que uma das responsabilidades do professor de Atendimento Educacional Especializado é articular o trabalho pedagógico com os docentes das salas regulares, o estudo tem como objetivo compreender essa dinâmica, investigar a interação entre os professores do Atendimento Educacional Especializado e os docentes regulares, analisar as bases legais e políticas públicas que apoiam a colaboração e identificar condições e obstáculos para sua efetivação. A pesquisa se fundamenta na teoria crítica da sociedade, propícia à denúncia das estruturas sociais e das relações de dominação que mantêm a desigualdade, com o propósito de construir uma sociedade inclusiva e justa, em que a inclusão escolar pode exercer papel central no combate à exclusão e à discriminação de pessoas, em virtude de suas diferenças. Quanto ao método, este estudo adota uma abordagem qualitativa em que a revisão bibliográfica desempenhou um papel fundamental, proporcionando um diálogo com autores e orientando a elaboração das entrevistas semiestruturadas. Para análise dos dados coletados, foi adotada a metodologia de análise de conteúdo descrita por Bardin. Como resultado da pesquisa destaca-se que o trabalho colaborativo foi entendido pelos participantes da pesquisa como elemento-chave na promoção da educação inclusiva. Foi indicada a necessidade de investir na melhoria da infraestrutura escolar através da implantação de novas Salas de Recursos Multifuncionais e houve apontamentos de que a experiência profissional dos docentes é um fator relevante para a inclusão. Foram destacadas barreiras à colaboração entre docentes, como a falta de Salas de Recursos Multifuncionais em algumas escolas e a percepção imprecisa de alguns professores quanto à educação inclusiva. Por fim, foi possível perceber que em Rondonópolis existem bons exemplos de trabalho colaborativo e que, apesar de avanços na educação inclusiva, há muitos elementos que necessitam de aprimoramento.

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LEITURA E FORMAÇÃO LEITORA: ANÁLISE DO MATERIAL ESTRUTURADO DE LÍNGUA PORTUGUESA DO 9° ANO – MANUAL DO PROFESSOR

Autora: LUCIANA ALEXANDRE RIBEIRO RODRIGUES

Resumo: A presente dissertação está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação, do Instituto de Ciências Humanas e Sociais, da Universidade Federal de Rondonópolis, (PPGEdu/ICHS/UFR), na linha de pesquisa: Linguagem, educação e cultura, e ao grupo Alfabetização e Letramento (Alfale). Embora políticas públicas, como o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), postulem avaliar, comprar e distribuir coleções didáticas de apoio à prática educativa de forma gratuita, a Secretaria de Estado de Educação do Mato Grosso (Seduc-MT) aderiu à compra de um pacote de serviços ofertado contratualmente pelo consórcio FGV-DIAN, formado pela Fundação Getúlio Vargas e a empresa Dian & Silva Empreendimentos Educacionais Ltda. Nesse pacote consta o Material Estruturado de Ensino (MEE), que é o objeto de estudo analisado. Isso porque, ao se discutir formação de leitores, parte-se da premissa de que o material didático usado em sala de aula é o principal recurso docente nesse processo. Para tanto, apresenta-se a seguinte questão de pesquisa: Qual é a proposta para o trabalho com leitura e formação leitora expressa no Material Estruturado de Ensino, especificamente, no Manual do Professor de Língua Portuguesa para o 9° ano do Ensino Fundamental, na rede estadual de ensino de Mato Grosso? Partindo do problema central desta pesquisa, emergiram as questões secundárias: Como é apresentada a organização dos textos que constituem o MEE? As propostas de atividades contemplam o desenvolvimento da leitura e formação leitora? Qual é a perspectiva de leitura constante na “Parte específica” no Manual do Professor? Ela se reflete nas atividades propostas nas Unidades do aluno, no que se refere à formação leitora? Em consonância com as indagações, coloca-se como objetivo geral: analisar a proposta para o trabalho com leitura e formação leitora expressa no MEE da rede estadual de Mato Grosso, para o 9° ano do Ensino Fundamental, especificamente a voltada à disciplina de Língua Portuguesa. Os caminhos metodológicos utilizados para a realização da pesquisa incluíram a abordagem qualitativa, discutida por Lüdke e André (1986), e à Análise de Conteúdo, proposta por Laurence Bardin (1977) e Franco (2018). A análise foi desenvolvida em três categorias técnicas estabelecidas pela autora: a fase da pré-análise, a exploração do material e o tratamento dos resultados. Para a coleta de dados sobre o objeto de estudo foi usada a pesquisa documental proposta por Lüdke e André (1986). Os principais autores que embasaram as discussões sobre leitura foram: Orlandi (1996), Chartier (1998), Solé (1998), Yunes (2016), Kleiman (2013), Cosson (2014) e Rojo (2010); referente à formação leitora, Silva (1988), Colomer (2007) e Zilberman (1991); relativos a textos, Geraldi (2006), Fiorin (2008), Koch (2002); no tocante ao suporte textual, Távora (2008), Marcuschi (2003), Maingueneau (2001), dentre outros. Apesar de estarem expressas, no MEE, propostas para o trabalho com leitura, os resultados evidenciaram que, no estudo delas, existem lacunas, visto que é evidente a superficialidade para o trabalho com os textos com abordagens que pouco oportunizam a interação autor, leitor e texto, de maneira que a formação leitora fica fragilizada e não são suficientes para o processo de continuação da aprendizagem de leitura dos alunos.

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DO CONTO AO ENCONTRO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS: PERSPECTIVAS PARA UMA EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA

Autora: LUCIENE TEODORO DAS CHAGAS PASSOS

Resumo: Pesquisa vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Rondonópolis (PPGEdu), na linha de pesquisa Educação, Cultura e Diferenças. Tem como objetivo compreender como Guimarães Rosa, no conto O burrinho pedrês, em especial quando narra a estória de um menino negro, pode contribuir para reflexões sobre como é ser uma criança negra na escola, por meio da ativação das memórias de infância da autora, sendo ela, hoje, uma professora e pesquisadora negra. Apoia-se na concepção de que o racismo não nasce com os indivíduos, mas pode ser construído por diversas formas de comportamentos em relação às pessoas negras. Os problemas que movem a pesquisa são: Como a literatura pode despertar memórias e reflexões sobre as vivências escolares de crianças negras? Qual é o efeito do racismo sobre as crianças? A fundamentação teórica apoia-se em Antônio Candido e Alfredo Bosi para abordar a literatura como elemento de resistência. Para tratar das relações étnico-raciais, ancora-se em Djamila Ribeiro, Lélia Gonzales, Neusa Santos, Sílvio Almeida, Achille Mbembe, dentre outros. Metodologicamente a pesquisa ampara-se na “jornada interpretativa” de Ferreira-Santos e Almeida, associada à perspectiva das “narrativas (auto)biográficas” de Passeggi Nascimento e Oliveira; Abrahão; Nóvoa; Domingos, além de bell hooks, Judith Butler, Camilo Vandelir, Jean Carlo Costa, entre outros, como possibilidade epistemológica e hermenêutica para explorar a experiência vivida, com a valorização do recurso da memória e do conhecimento de si, da trajetória de vida pessoal e profissional da pesquisadora. Na conclusão aponta-se que a abordagem do racismo, desde a primeira infância, por meio das obras literárias e das memórias são de grande relevância, porque possibilitam abrir um leque de discussões sobre o racismo sofrido por muitas crianças no âmbito escolar.

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SENTIDOS DE CURRÍCULO PARA A LÍNGUA PORTUGUESA NA POLÍTICA DE BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR: UMA LEITURA PÓSESTRUTURAL DAS DISPUTAS ACERCA DOS NOVOS E MULTILETRAMENTOS

Autora: MARIA JOSÉ VILELA RODRIGUES

Resumo: Esta pesquisa desenvolve uma abordagem dos principais discursos que se articulam na construção da concepção de currículo para o ensino de Língua Portuguesa (LP) na política curricular. Investigamos como os novos e multiletramentos são projetados discursivamente na Base Nacional Comum Curricular – BNCC (BRASIL, 2017) do Ensino Fundamental (EF), Anos Finais. A questão problema é: quais sentidos de novos e multiletramentos são hegemonizados na política curricular de LP na BNCC? O objetivo geral do estudo é problematizar a hegemonização do discurso de novos e multiletramentos na BNCC para o ensino de LP nos Anos Finais do EF. Os objetivos específicos são: interpretar como os novos e multiletramentos  disputam a hegemonia de sentidos para o ensino de LP na política curricular para o EF-Anos Finais, estabelecer uma discussão, por meio da Teoria do Discurso de Laclau e Mouffe, das abordagens de currículo para a Língua Portuguesa/novos e multiletramentos e entender as disputas pela significação do currículo para o ensino do componente curricular LP. Para alcançar tais objetivos, respaldamo-nos na Teoria do Discurso (TD) de Laclau (2011), Laclau e Mouffe (2015), nas incorporações dos conceitos e dos pressupostos teóricos de tais autores, e nos estudos curriculares, especialmente os desenvolvidos por Costa (2013, 2018, 2020), Lopes (2013, 2015), Lopes e Macedo (2011a), Macedo (2014, 2019) e Mendonça e Rodrigues (2014). Utilizamos como operadores teóricos estratégicos as noções de hegemonia e antagonismo, de Ernesto Laclau, e a noção de tradução de Jacques Derrida (2006) em uma visão interpretativista das políticas de currículo. O recorte realizado na empiria se concentra na compreensão da política da BNCC, considerando os documentos/pesquisas produzidos pelo povo disciplinar de LP: pareceres à BNCC; artigos em periódicos e o próprio documento da Base. A pesquisa é desenvolvida numa concepção pós-estrutural. A abordagem discursiva é subsidiada pela pesquisa bibliográfica e documental. Pela perspectiva que empreendemos, salientamos que há uma tentativa de fixação de sentidos para os termos novos e multiletramentos para o componente curricular LP na BNCC pela articulação de alguns referenciais, dentre eles, Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação (TDIC), mídias digitais, culturas digitais, protagonismo juvenil, culturas juvenis. Os argumentos circunscritos nos pareceres e nos artigos exprimem enfoques crítico-reparadores e alinhados com a defesa de currículos nacionais.

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A INSERÇÃO E SEU POTENCIAL CONTRIBUTIVO PARA INDUÇÃO DOCENTE NA CARREIRA DE PROFESSORES INICIANTES EM PRIMAVERA DO LESTE/MT

Autor: RONALDO PEREIRA DA COSTA

Resumo: Esta pesquisa está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus de Rondonópolis (PPGEdu/ICHS/UFR/CUR) e à Linha de Pesquisa: Política, formação e práticas educativas; se efetiva na rede estadual em Primavera do Leste/MT e foca sobre a inserção de professores iniciantes na carreira docente, questionando: O que os professores iniciantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental da Seduc/MT, efetivados pelo edital nº 01 de 2017 em Primavera do Leste, expressam em suas narrativas sobre a sua inserção e possíveis contributos para a indução em sua carreira docente? A fase de entrada na carreira docente é um período em que os professores enfrentam grandes desafios, experienciam tensões e inseguranças. Nesse período, os professores recentemente formados são inseridos no ambiente escolar, portanto é necessário investigar sobre como perpassam esse período. Apresenta como objetivo investigar, por meio de narrativas, o que os professores iniciantes com ingresso pelo edital de 2017 do concurso/SEDUC/ MT revelam sobre o processo de inserção profissional na carreira docente e possíveis contributos para a indução a docentes do Ensino Fundamental em Primavera do Leste. Trata de uma pesquisa de abordagem qualitativa; os instrumentos de coleta de dados foram análise documental e entrevistas com questões semiestruturada para a coleta das narrativas. Os participantes foram quatro professores efetivos da rede estadual de ensino, que possuíam até cinco anos de experiência na docência. Os dados coletados, por meio das narrativas, foram analisados por meio de três eixos, norteadores: 1 – Trajetórias de entrada na carreira docente; 2 – O processo de inserção do iniciante nos anos iniciais no Ensino Fundamental; e 3 – Necessidades formativas de professores na perspectiva da indução profissional. Como resultados da pesquisa, as narrativas dos participantes apontaram momentos desafiadores em seu processo de inserção na carreira docente e mostrou a ausência de projetos ou políticas públicas voltadas para os professores iniciantes. Essas iniciativas seriam essenciais para propiciar suporte, formação e recursos necessários para que os professores possam enfrentar os desafios iniciais da carreira. A pesquisa indicou ainda que eles necessitam de ações que atendam suas necessidades formativas e que contribuam com a inserção na carreira docente e ações de indução profissional que possam minimizar os desafios que estes profissionais vivenciam na entrada da profissão.

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NARRATIVAS DE PROFESSORES INICIANTES DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NA UFR: INSERÇÃO, INDUÇÃO E NECESSIDADES FORMATIVAS

Autora: SANDRA DE OLIVEIRA FERNANDES BALIEIRO

Resumo: A presente pesquisa está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu), do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS), da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), na linha de pesquisa Política, Formação e Práticas Educativas e inserida no Grupo de Pesquisa InvestigAção – Formação de Profissionais da Educação: projetos, políticas e programas. O estudo objetivou investigar, por meio das narrativas, como ocorre o processo de inserção, indução e as necessidades formativas dos professores iniciantes da Educação Superior na UFR, tendo como questão norteadora da pesquisa: o que os professores iniciantes da educação superior da UFR revelam, por meio das narrativas, sobre seu processo de inserção, indução e suas necessidades formativas? Ressalta-se que, nessa pesquisa, são considerados iniciantes os professores com até cinco (5) anos de docência, conforme premissa de Tardif (2014) e Huberman (1995). Nesta condição de iniciante, temos os professores que foram empossados pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e direcionados ao exercício da docência no Campus de Rondonópolis (CUR), e os novos professores que, com a emancipação do Campus, ocorrida em 2018, tomaram posse na Universidade Federal de Rondonópolis (UFR). A pesquisa está aprovada pelo Comitê de Ética, e selecionou os participantes pelo critério de que conste a amostragem de iniciantes da UFMT e da UFR. Assim, identificou-se dez (10), destes, quatro (4) aceitaram participar da pesquisa, sendo dois (2) da UFMT e dois (2) da UFR. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, nos princípios da pesquisa-formação, tendo como instrumentos a análise documental, as entrevistas que deram origem às narrativas, sendo esta última uma importante fonte de coleta, ao expressarem sentimentos, subjetividades e a dimensão pessoal dos participantes sobre o tema investigado. Os dados coletados, por meio das narrativas, foram analisados na perspectiva da análise compreensiva-interpretativa e organizados em três eixos, norteadores: 1 – Expectativa quanto ao ingresso na Universidade; 2 – O processo de inserção na carreira docente da Educação Superior; e 3 – Necessidades formativas de professores iniciantes da Educação Superior. Os resultados, apontam para a ausência de projetos, programas ou políticas institucionais estruturadas e a ausência de projetos voltados para a formação do professor iniciante na carreira docente da Educação Superior. O estudo identificou que houve duas (2) iniciativas voltadas para o acolhimento dos docentes, fragmentadas e pontuais. No que tange às necessidades formativas, os professores apontam temáticas como diversidade, metodologias diversificadas, métodos de ensino e avaliação, formação voltada para os trâmites administrativos e o uso correto das plataformas internas, bem como expressam a necessidade da construção de uma política institucional que viabilize a formação dos professores.

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