Dissertações defendidas em 2016
TÍTULO: GEOGRAFIA MÉDICA/SAÚDE E AGRONEGÓCIO: URBANIZAÇÃO, CRESCIMENTO ECONÔMICO E A EXPANSÃO DE DOENÇAS NO ESTADO DE MATO GROSSO (1980/2015).
Autor: Moisés Silva Pereira (Lattes iD )
Categoria: Planejamento e Gestão Territorial
Palavras-chave: Geografia Médica/Saúde, Agronegócio, Doenças.
Resumo: A pesquisa objetivou compreender de maneira correlacional, a evolução dos cânceres no estômago, fígado e pâncreas, e a relação dessas patologias com o processo de urbanização, sobretudo, com o crescimento econômico via à ascensão do chamado agronegócio a partir das décadas de 1970/80, bem como o avanço da hanseníase e da malária sobre os três biomas mato-grossenses. Foi feita uma discussão introdutória sobre o processo de produção do território mato-grossense a partir dos anos 70/80 e a sua relação com o discurso de modernidade. Coletamos os dados sobre as doenças a partir do instituto DATASUS entre os anos de 1995/2015 por local de residência, que foram cruzados com os dados econômicos coletados a partir dos institutos IBGE, IBAMA, IMEA, INDEA, BACEN, CONAB, entre outros. A partir de uma abordagem quali/quantitativa, discutimos e relacionamos tais dados. Os resultados alcançados apontaram para uma correlação entre a expansão da urbanização, fundamentalmente, do crescimento econômico, do aumento da área plantada e o aumento da utilização de agrotóxicos nos municípios ligados ao agronegócio a uma maior tendência de exposição de determinados estratos da população a condições de riscos, incitando assim o aumento dos cânceres no estômago, fígado e pâncreas. Observou-se ainda, o avanço dessas patologias cancerígenas sobre os biomas mato-grossenses nos municípios ligados ao agronegócio, desmitificando a ideia de uma área específica com condições geográficas, físicas e naturais para o plantio, mas sim de áreas de interesse do capital agroindustrial. Sobre a hanseníase e malária, constatamos que as características geográficas, físicas e naturais dos biomas oferecem ligeira preponderância à manifestação dessas patologias, contudo, com o processo de urbanização e, com um substancial crescimento econômico de alguns municípios, tais doenças ficam quase que restritas aos espaços não ‘’utilizados’’ pelo capital agroindustrial. Concluímos com a convicção que há de fato uma correlação entre o principal modelo que sustenta o crescimento econômico do estado do Mato Grosso, seu processo de urbanização e o aumento significativo de algumas patologias cancerígenas, bem como a preponderância das características geográficas, físicas e naturais dos biomas sobre a hanseníase e malária para os municípios mato-grossenses selecionados na pesquisa quando os mesmos não fazem parte dos espaços de atuação do capital agroindustrial.
Download: Clique aqui
Defesa em: 03/03/2016
TÍTULO: TERRITÓRIOS DA CIDADANIA E A CONSTRUÇÃO DE NOVAS TERRITORIALIDADES EM MATO GROSSO.
Autor: Valdecir de Carvalho (Lattes iD )
Categoria: Planejamento e Gestão Territorial
Palavras-chave: – –
Resumo: O contexto das Políticas Públicas Territoriais no Brasil é uma temática extremamente recente. Seus desfechos enquanto Projeto e as análises de seus resultados também são poucos analisados no Brasil, necessitando-se de investigação quanto às propostas de Políticas Públicas, que devem ser ainda mais estudadas e analisadas. O desenvolvimento de Políticas Territoriais no Brasil voltadas para o fomento econômico da Amazônia Legal é o principal instrumento de discussão e análise desta pesquisa. O espaço atual é a consequência dos diversos fatores que levaram os Governos a olharem para esse Território como foco econômico e social de atuação. Nos últimos anos, o Portal da Amazônia vem passando por sérias mudanças na sua dinâmica espacial. Esta proposta de estudo consiste na análise geográfica destas novas dimensões socioespaciais, tendo como base o Território como categoria de análise. Em função disso, a pesquisa constata que o olhar dos Governantes se volta novamente para esse espaço que, historicamente, em um passado não muito distante, “não era ocupado” e nem sequer entrava para a Agenda Nacional do Desenvolvimento Regional. Na concepção do Programa, era necessário criar estatalmente uma lógica, na qual os recursos e os efeitos de uma territorialização fossem distribuídas igualitariamente, garantindo, assim, a presença de direitos sociais e efetivação da cidadania. Na prática, esse discurso não se concretizou como resultado, no entanto apresentou-se como uma nova forma de projetar Políticas Públicas. A avaliação de Políticas, bem como seus efeitos no espaço é primordial, fornecendo, substancialmente, formas que podem orientar o aperfeiçoamento e até mesmo o finalizar determinada política.
Download: Clique aqui
Defesa em: 26/03/2016
TÍTULO: INFRAESTRUTURAS DE LOGÍSTICA E TRANSPORTE EM MATO GROSSO: Uma leitura geográfica.
Autor: Ronivalter de Souza (Lattes iD )
Categoria: Planejamento e Gestão Territorial
Palavras-chave: Políticas Públicas, Mato Grosso, Agronegócio, Infraestrutura de Transporte e Logística.
Resumo: A introdução do Brasil, na nova divisão internacional do trabalho provocou muitas transformações no espaço geográfico nacional. A integração econômica definitiva do território brasileiro, sob a égide da globalização, foi viabilizada pela expansão do meio técnico-científico-informacional, generosamente amparado pelo Estado, materializado na artificialização do território, ou seja, na modificação do meio natural pelas ações dos grupos sociais, o qual foi potencializado para responder às demandas da produção moderna exigida pela nova lógica de reprodução do capital. Nesse processo, a modernização agrícola foi aguda e a fronteira agrícola expandida, através da incorporação produtiva de áreas periféricas, principalmente as terras do território matogrossense. A modernização do setor agrícola implicou no aumento da produção e na necessidade de uma maior fluidez corporativa, reclamando mais investimentos no setor de transportes. Porém, como o Estado teve pouca capacidade de dotar o território matogrossense da logística de transportes adequada aos interesses corporativos, criou-se um quadro que limita a competitividade da cadeia do agronegócio, levando-o a buscar novas possibilidades para superar as dificuldades existentes.
Download: Clique aqui
Defesa em: 18/05/2016
TÍTULO: AS DINÂMICAS URBANAS TERRITORIAIS E AS RELAÇÕES DE EXCLUSÃO SOCIAL NOS BAIRROS MAMÉD E ALFREDO DE CASTRO NA CIDADE DE RONDONÓPOLIS, MATO GROSSO.
Autor: Reuber Teles Medeiros (Lattes iD )
Categoria: Planejamento e Gestão Territorial
Palavras-chave: Estrutura Urbana; Dinâmicas territoriais; Periferia; Exclusão social; Políticas públicas.
Resumo: Este trabalho buscou identificar a estrutura urbana e as dinâmicas territoriais em duas áreas da periferia de Rondonópolis, sendo a Vila Mamed e o bairro Alfredo de Castro, caracterizando as condições socioeconômicas e os aspectos específicos em que estas duas comunidades vivenciam seus cotidianos. Dentro desse contexto, podem-se identificar realidades distintas nos dois lugares, consequência de diversos fatores, tais como, as próprias realidades existentes, o tempo de fundação dos bairros e a dotação de infraestruturas, haja vista que a Vila Mamed é um bairro antigo e, o bairro Alfredo de Castro é recente, ainda não possuindo regularização fundiária. Com a pesquisa de campo feita nos bairros junto a uma amostra da comunidade, procurou-se descobrir as condições pelas quais estes moradores sobrevivem, suas carências no âmbito social e, principalmente, no que tange a parte de infraestrutura existente no bairro, no sentido de identificar as carências existentes e, também, delinear propostas de políticas publicas no que diz respeito ao planejamento urbano, de maneira que venha a dirimir os possíveis impactos ambientais e sociais verificados na realidade dos bairros. Identificou-se, ainda, demandas de infraestruturas e necessidade de implementação de políticas públicas, como, por exemplo, melhoria na estrutura urbana, onde no bairro Alfredo de Castro foi predominante a falta de pavimentação das ruas, com 19 pessoas, correspondendo a 40,4%. Na Vila Mamed a questão predominante foi a ausência de sinalização das ruas, com 32 respostas, o que corresponde a 59,2%. Outra situação que necessita de melhorias é no aspecto da segurança pública, pois se trata de um bairro inseguro, segundo alguns moradores entrevistados. Por fim, esta pesquisa representa uma contribuição para o planejamento e gestão urbana, pois reconhece uma configuração territorial diferenciada a partir de opiniões das comunidades envolvidas, identificando inúmeras necessidades e possibilidades de intervenção em áreas periféricas, em busca de melhores condições de vida numa perspectiva coletiva.
Download: Clique aqui
Defesa em: 17/11/2016
TÍTULO: DESENVOLVIMENTO REGIONAL E ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL EM MATO GROSSO: OS POLOS ARIPUANÃ, JURUENA E XINGU/ARAGUAIA (1970/2010).
Autor: Manoel Messias de Freitas (Lattes iD )
Categoria: Planejamento e Gestão Territorial
Palavras-chave: Planejamento, SUDAM, SUDECO, Polos de Desenvolvimento, Mato Grosso.
Resumo: Em Desenvolvimento Regional e Organização Territorial em Mato Grosso: Os Polos Aripuanã, Juruena e Xingu/Araguaia (1970/2010), procura investigar o processo de apropriação do espaço de Mato Grosso por parte do capital articulado por um projeto geopolítico que tem sua origem na década de 1970 engendrado principalmente pelo Governo Militar que ao longo de seu governo foi revestindo de mecanismos técnicos, políticos, filosóficos e econômicos que conduziram o território de Mato Grosso a práxis hegemônica do período que era a política do planejamento governamental, principalmente na figura da Política de Integração Nacional. Nessa discussão a figura do planejamento aparece como condição única para se atingir o desenvolvimento econômico. Assim são adotadas diferentes teorias econômicas que justificassem a expropriação e a nova ocupação do espaço de Mato Grosso como a teoria dos polos de desenvolvimento econômico, a criação de organismos federais que viessem contribuir para o sucesso dessa política em momentos específicos e a possibilidade de sua possível desativação, também em momentos estratégicos, como as superintendências de desenvolvimento SUDAM e a SUDECO.
Download: Clique aqui
Defesa em: 03/05/2016
TÍTULO: EXPANSÃO URBANA E QUALIDADE AMBIENTAL: UMA ANÁLISE DA COBERTURA VEGETAL EM RONDONÓPOLIS – MT ENTRE OS ANOS DE 2006 E 2015.
Autora: Taise Ernestina Prestes Nogueira Duarte (Lattes iD )
Categoria: Geotecnologias Aplicadas à Gestão e Análise Ambiental
Palavras-chave: Plano Diretor; NDVI; Arborização Urbana; Urbanização; Injustiça ambiental.
Resumo: A presente dissertação teve como objetivo realizar uma análise da qualidade ambiental urbana em Rondonópolis frente à expansão urbana ocorrida entre os anos de 2006 e 2015, tendo a cobertura vegetal como principal parâmetro de qualidade ambiental. Esta análise abrangeu três etapas: Análise da expansão urbana, mapeamento da cobertura vegetal e levantamento dos aspectos envolvidos nas características da cobertura vegetal urbana em Rondonópolis -MT. Para realização do mapeamento da cobertura vegetal urbana em Rondonópolis, utilizouse o cálculo do NDVI como principal recurso, conforme metodologia sugerida por Sá et al (2010). A partir do desenvolvimento do presente estudo, pôde-se considerar que a expansão urbana em Rondonópolis revela sinais claros de um processo de urbanização ditados pelos interesses do capital. A cobertura vegetal é relativamente baixa na maioria dos bairros pesquisados, tendo havido perdas significativas nos últimos dez anos. Dentre os aspectos envolvidos nas características da cobertura vegetal urbana em Rondonópolis verificou-se: aspectos naturais, tempo de urbanização, injustiça ambiental e legislação urbana. Desta forma, verificou-se que aspectos naturais como altitude e a presença de matas ciliares influenciaram em uma maior quantidade de cobertura vegetal em alguns locais. Verificou-se que o tempo de urbanização foi proporcional à quantidade de cobertura vegetal presente no bairro, bem como, constatou-se a diferenciação no acesso à cobertura vegetal entre as classes sociais, onde as classes sociais de maior renda obtiveram quantidade de cobertura vegetal superior em quase todos os bairros pesquisados. Com relação à legislação urbana relacionada à cobertura vegetal, constatou-se que a fragilidade da legislação municipal é responsável pela baixa diversidade de cobertura vegetal encontrada, bem como, a falta de ações voltadas à valorização da cobertura vegetal como um elemento essencial nos espaços urbanos se reflete na paisagem urbana de Rondonópolis. Através dos dados levantados, pôde-se constatar que o Plano Diretor (2006/2015) não se mostrou eficaz ao proporcionar qualidade ambiental indistintamente a todos os moradores durante seu período de vigência, contatando ainda, que a qualidade ambiental piorou neste período e o seu acesso foi segregador.
Download: Clique aqui
Defesa em: 18/11/2016
TÍTULO: AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DAS SUB-BACIAS HIDROGRÁFICAS ENQUANTO UNIDADES ESPACIAIS DE PLANEJAMENTO URBANO INTEGRADO NA CIDADE DE RONDONÓPOLIS-MT.
Autora: Tatiane Duarte Silva Oliveira (Lattes iD )
Categoria: Geotecnologias Aplicadas à Gestão e Análise Ambiental
Palavras-chave: Planejamento Urbano, Sub-bacia hidrográfica, Geoprocessamento.
Resumo: Na legislação municipal que rege o planejamento urbano de Rondonópolis são previstas normas e regras para o crescimento urbano ordenado, justo e igualitário. Contudo, apesar de todo esse aparato legal alguns problemas urbanos existentes em Rondonópolis são oriundos do não cumprimento desse conjunto de leis e devido à existência de unidades espaciais de planejamentos não previstas na legislação, mas usualmente consolidadas na tomadas de decisão para a gestão de infraestrutura, saúde e educação da cidade de Rondonópolis. Esse conflito no uso de unidades espaciais contribui para a ineficácia do planejamento e gestão do espaço urbano da cidade. Neste sentido, esse estudo se propõe avaliar o potencial das áreas das sub-bacias hidrográficas do sítio urbano de Rondonópolis enquanto unidades espaciais de Planejamento Territorial Integrado da cidade. Configurando-se assim, como uma discussão sobre a proposição de um modelo alternativo de planejamento e gestão com bases sócioambientais mais sustentáveis ao atual modelo empregado no planejamento e gestão do espaço urbano. Para isso, foram realizados alguns mapeamentos para a delimitação, caracterização morfométrica e de uso do solo das sub-bacias e microbacias hidrográficas do sítio do município de Rondonópolis para avaliação da fragilidade ambiental, de acordo com índices de urbanização, inundação e de permeabilidade. E ainda foi feita análise de correspondência dessas unidades de bacias mapeadas com as outras unidades espaciais utilizadas pelas diferentes secretarias da gestão municipal. Foram mapeadas 20 micro-bacias e subbacias, sendo a maioria de segunda ordem e a maior de sexta ordem. Essas unidades mapeadas tiveram alta correspondência e correlação com todas as cinco unidades espaciais utilizadas no município. O uso e ocupação do solo e o mapeamento das fragilidades das microbacias e sub-bacias demonstraram a necessidade de realizar o diagnóstico ambiental para realizar planejamento urbano eficiente e ainda o potencial de uso ambiental e social integrado com planejamento, mesmo para bacias já altamente urbanizadas.
Download: Clique aqui
Defesa em: 05/12/2016
TÍTULO: INFLUÊNCIA DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NA QUALIDADE DA ÁGUA DO RESERVATÓRIO UHE PONTE DE PEDRA (MT/MS) NO PLANALTO ADJACENTE AO PANTANAL
Autora: Camila Silva Favretto (Lattes iD )
Categoria: Geotecnologias Aplicadas à Gestão e Análise Ambiental
Palavras-chave: Uso Solo, Geotecnologias, Bioindicadores, Índice Q, Reservatório Hidrelétrico.
Resumo: Na Identificar os usos do solo em bacias hidrográficas com presença de hidrelétricas proporciona uma análise amplificada dos fatores que podem influenciar o curso d’água principal. Este estudo teve como objetivo relacionar os usos do solo com a produção de sedimento e com a seleção dos grupos funcionais fitoplanctônicos indicadores da qualidade da água do rio Correntes, formador do reservatório da Usina Hidrelétrica Ponte de Pedra, localizada no planalto adjacente ao Pantanal (17º13’34.02″S, 53º40’22.12″O e 17º48’33.01″S, 55º09’04.96″O). Foi realizado um estudo cienciométrico no SCOPUS a partir dos termos conjugados “Water quality” “reservoirs” “functional groups”; “Water quality” “reservoirs” “bioindicator” e “Water quality” “reservoirs” land use. A rede de drenagem, limite e declividade do terreno da bacia, e os usos do solo foram elaborados a partir das imagens satélite LANDSAT 5, 7 e 8 usando técnicas de geoprocessamento em ambiente SIG. Para o cálculo da carga anual de sedimentos (Qst de entrada) foi adotado a proposta de Carvalho et al. (2000) e Poff et al. (2010). A classificação dos grupos funcionais seguiu Reynolds et al. (2002) revisado por Padisák et al. (2009) e o cálculo Q proposto por Padisák et al. (2006) para classificação da qualidade da água através dos grupos funcionais. Utilizando o banco de dados hidro-ambiental e os grupos funcionais dominantes (2005 a 2011) de oito pontos de coleta foi calculada a magnitude dos efeitos da operação da usina. O levantamento cienciométrico totalizou 608 publicações para os três conjuntos de palavras. O mapeamento dos usos do solo demonstrou que historicamente houve predominância de agricultura ocupando até 60% da área total da bacia, classe de floresta até 31%, as áreas descobertas até 24%, pastagem até 11%, águas continentais até 2% e áreas urbanas até 0,1%. A produção média de sedimentos anual da bacia foi de 412 mg L-1, sendo que o máximo valor ocorreu em 2006 e 2011 quando houve maior área ocupada pela agricultura (cana-de-açúcar e soja) e área descoberta. A bacia produziu em média 18.094 ton/ano de descarga líquida de sólidos. A forte relação (r2= 0,96) entre a vazão afluente (68,9 a 93,9 m3/s) e a concentração de sedimentos demonstrou que a vazão determina o carreamento e a produção de sedimentos no rio Correntes. As classes de floresta (r = 0,98 e p= 0,002) e águas continentais (r = 0,88 e p= 0,03) estiveram correlacionadas com o carreamento de sedimentos que adentram ao reservatório. A diminuição das florestas (redução de 20%) pode ter exercido efeito sobre a carga de sedimentos carreada ao reservatório. O rio Correntes se caracterizou pela elevada luminosidade, reduzida concentração de nutrientes, clorofila a e biomassa fitoplanctônica (0,41 a 1,31 mm3L-1). Houve a formação de duas condições ambientais: a primeira no rio Correntes a montante (COR1) e a jusante do reservatório (COR 6, 7 e 8) com ocorrência dos grupos funcionais Na, N e Y, com qualidade da água entre bom a excelente e, a segunda região, no corpo do reservatório, formada pelos grupos Na, P e MP (COR 2), próximo a barragem por Na e P (COR 3), seguidos pelos grupos J, Na e X1 (COR4) e por Na, P e S1 (COR5), com qualidade da água oscilando de tolerável a médio. A análise final dos dados para identificação dos efeitos dos usos e operação do reservatório identificou diminuição na turbidez, fósforo e enxofre total da água em relação ao ponto de controle natural, não sendo verificado efeito sobre a biomassa fitoplanctônica e nem sobre os grupos funcionais. Assim, os diferentes usos do solo estão exercendo influência sobre a produção de sedimentos e sobre a qualidade da água, quando se trata de retenção de fosforo e sedimentação, porém não foram suficientes para alterar o componente biológico já que os grupos funcionais dominantes foram comuns nas distintas regiões analisadas no rio Correntes.
Download: Clique aqui
Defesa em: 06/12/2016
TÍTULO: VULNERABILIDADE AMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MUTUM (PANTANAL NORTE – BRASIL).
Autora: Ana de Paula Gonçalves Mello (Lattes iD )
Categoria: Geotecnologias Aplicadas à Gestão e Análise Ambiental
Palavras-chave: Pantanal, vulnerabilidade ambiental, erosão, uso e cobertura vegetal da terra.
Resumo: Na Umas das principais preocupações, em se tratando dos usos da terra, estão centradas nos processos erosivos, especialmente quando executados de forma inadequada e em locais vulneráveis o que, via de regra, tem como consequências problemas ambientais, sociais e econômicos substantivos. Os padrões de usos da terra praticados nas áreas de Planalto, no entorno do Pantanal e, na própria planície, podem ter efeitos diretos e efetivos sobre as zonas inundáveis, espaço em que toda a dinâmica de uso e ocupação da terra tem estreitas relações com o pulso de inundação. O objetivo deste trabalho foi realizar o zoneamento da vulnerabilidade ambiental da bacia do rio Mutum, estabelecendo suas relações espaciais com os diferentes usos da terra e analisar indícios de relação entre a perda de solo com os processos de transporte e deposição de sedimentos na baia Sinhá Mariana, próxima a foz do rio Mutum. Esta bacia (16°22’58”S e 55°48’90”O) ocupa unidades geomorfológicas do Planalto dos Guimarães e parte da Planície do Pantanal Mato-grossense. Tecnicamente foi aplicada a metodologia do zoneamento da vulnerabilidade ambiental proposta por Crepani et al. (2001) adaptada com a inclusão do tema inundação. Para cada um dos seis temas foram estabelecidas classes e atribuídos pesos conforme os potenciais de pedogênese e morfogênese para em seguida gerar o mapa síntese de vulnerabilidade. Usando métodos e técnicas de geoprocessamento, em ambiente SIG, foram elaborados com base em imagens orbitais e, dados vetoriais, a rede de drenagem, o limite e declividade da bacia e, os mapas de vulnerabilidade por meio da programação LEGAL. Foram realizados dois levantamentos topobatimétricos e obtidas informações sobre o aporte de sedimentos suspensos, estimativa de vazão liquida e sólida total e tipos granulométricos nas épocas de seca e cheia, com o objetivo em buscar a caracterização geral do sistema integrado pelo rio Mutum – baía Sinhá Mariana. A vulnerabilidade ambiental da bacia do rio Mutum variou de estável a vulnerável atingindo seu máximo coeficiente de grau, em torno de 2.7, nos locais mais vulneráveis. A classe estável ocupou uma área de 3,95 km² (pouco menos de 1% da área pesquisada), moderadamente estável em 363.92 km² (12%), moderadamente estável-vulnerável em 2.225.44 km² (65%), moderadamente vulnerável em 930.56 km² (21%) e vulnerável em 6,15 km² (menos de 1%). No Planalto, a classe de vulnerabilidade à perda de solos, que ocupa a maior parte dessa unidade geomorfológica, diz respeito à classe moderadamente estável vulnerável, espaço comumente utilizado para a prática da agricultura. Nas bordas do Planalto podem-se identificar eventuais áreas com moderada vulnerabilidade e, nos locais com maior declividade do terreno foram detectadas também áreas de moderada vulnerabilidade. Na Planície, por sua vez, a maior parte desta unidade é moderadamente estável-vulnerável, ainda que tenham sido observadas moderada vulnerabilidade e vulnerabilidade em áreas de inundação e próximas aos canais dos rios, especialmente aquelas em que o uso da terra fica no âmbito da pecuária. Os resultados da topobatimetria sugerem haver progressão do assoreamento da baía, o que pode, eventualmente, ter sido potencializado pelos usos da terra, aplicados rotineiramente na planície inundada da bacia do rio Mutum e do Planalto. Os resultados obtidos nas análises de vazão líquida e sólida e, os tipos granulométricos de fundo (silte e argila) na baia Sinhá Mariana corroboram essa indicação. A realização do zoneamento da vulnerabilidade ambiental no Pantanal e, áreas elevadas de seu entorno, pode subsidiar planos de gestão que objetivem mitigar os processos erosivos nesse tipo de sistema. Da análise da vulnerabilidade ambiental da bacia do rio Mutum restou evidente que as perdas de solo por erosão podem se intensificar se não forem respeitadas medidas mínimas e vitais, para o manejo de uso, adequadas à realidade de cada local. As perdas de solo tanto na Planície quanto no Planalto adjacente podem contribuir decisivamente para mudanças nos sistemas fluviais em razão da sedimentação, formação de assoreamentos, assim como comprometer os diferentes usos da água e da terra nessas duas unidades geomorfológicas.
Download: Clique aqui
Defesa em: 08/12/2016
TÍTULO: A PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO EM RONDONÓPOLIS- MT: UM ENSAIO DE RITMANÁLISE.
Autora: Aline de Assis Portela (Lattes iD )
Categoria: Geotecnologias Aplicadas à Gestão e Análise Ambiental
Palavras-chave: Produção do Espaço Urbano; Ritmanálise; Teoria da Renda da Terra Urbana; Cotidiano.
Resumo: Esta pesquisa estudou, na perspectiva do entendimento dos ritmos vivenciados pelos indivíduos, as práticas de produção urbana em Rondonópolis (MT). A proposta metodológica desenvolvida fundamentou-se na perspectiva da ritmanálise, que considera a compreensão dos ritmos como um possível caminho para o entendimento da produção do espaço geográfico, pois é capaz de desvendar de forma mais objetiva (teórico-prática), a lógica dos processos naturais e socioeconômicos (histórico-genéticos) que são na maioria das vezes tratados isoladamente. Desta forma, a lógica dialética é a base interpretativa desta investigação, pois permite a apreensão de conhecimento mais próxima da realidade vivenciada pelos indivíduos. A pesquisa foi baseada em análises quantitativas e qualitativas, o que oportunizou a geração de um mapa sobre uso e produção do espaço da cidade baseado em características socioeconômicas e ambientais. A análise dos resultados foi desenvolvida a partir do método regressivoprogressivo em três momentos, que inicia do presente – primeiro momento; volta ao passado para recortar acontecimentos que procederam e elucidam o presente – segundo momento; e posteriormente faz o movimento inverso, retornando ao momento atual, para buscar o entendimento de um presente compreendido e explicado – terceiro momento. Acreditamos ser este um dos caminhos possíveis para o entendimento dos acontecimentos da atualidade de forma compreendida e explicada. É importante ainda ressaltar a importância do enfoque metodológico da pesquisa para os estudos da ciência geográfica, já que apresentam um novo olhar sobre a complexidade da vida cotidiana do espaço urbano, ao integrar o método de análise progressivo-regressivo aos princípios da ritmanálise. Os resultados nos permitiram compreender dialeticamente, as persistências/continuidades, as transformações, a coexistência do novo e do velho e principalmente o movimento da totalidade com suas semelhanças e diferenças existentes no espaço urbano da cidade de Rondonópolis (MT).
Download: Clique aqui
Defesa em: 08/12/2016
TÍTULO: REDE DE CONVENCIMENTO: A DIFUSÃO TECNOLÓGICA DO AGRONEGÓCIO EM MATO GROSSO.
Autora: Edmilson José da Silva (Lattes iD )
Categoria: Planejamento e Gestão Territorial
Palavras-chave: Agronegócio, Rede de Poder, Difusão Tecnológica.
Resumo: Com as políticas desenvolvimentistas ocorridas na década de 1970, o Estado brasileiro passa por uma completa transformação do espaço agrícola no cerrado. A mecanização agrícola aliada ao advento da biotecnologia transforma definitivamente as relações sociais do campo, possibilitando a especialização de regiões e a ascensão do agronegócio. Neste cenário, o estado de Mato Grosso desponta-se como um dos principais produtores de commodities do Brasil. Isso deve-se, sobretudo, à difusão tecnológica em rede por empresas e institutos voltados para a produção de novas tecnologias. O intuito deste trabalho é identificar a formação de uma rede de poder e convencimento vinculada ao agronegócio no estado de Mato Grosso, quais são os principais agentes envolvidos no processo de difusão de novas tecnologias e quais os eventos pontuais voltados à difusão de novas tecnologias com destaque para as estratégias de difusão em rede. Para tanto, realizamos pesquisas in loco em feiras tecnológicas como Farm Show no ano de 2015/2016, eventos técnicos como é hora de plantar da Fundação de Amparo à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso – Fundação-MT e aplicações de questionários em empresas ligadas a produção e difusão de novas tecnologias tais como: Tropical Melhoramento & Genética – TMG, Bayer AG, Monsanto entre outras. A pesquisa contou ainda com a consulta em sites de caráter públicos e privados e análise de dados apoiada pela crítica de material bibliográfico necessário. Neste sentido, identificamos a formação de uma rede de poder voltada ao convencimento via difusão tecnológica dos produtores agrícolas do estado de Mato Grosso e pontuamos as principais estratégias do marketing agrícola utilizadas pelos agentes produtores de novas tecnologias.
Download: Clique aqui
Defesa em: 09/12/2016
TÍTULO: CARACTERIZAÇÃO E DINÂMICA SOCIOAMBIENTAL DOS GEOSSISTEMAS NO ASSENTAMENTO FAZENDA ESPERANÇA, EM RONDONÓPOLIS, MATO GROSSO.
Autora: Marcia Ellen Rocha Pires (Lattes iD )
Categoria: Planejamento e Gestão Territorial
Palavras-chave: Estudo da Paisagem: Geossistemas; Assentamento Rural; Recursos Naturais; Planejamento Territorial.
Resumo: Na implantação de projetos de assentamentos rurais, os aspectos físicos geográficos são fatores pouco analisados e precisam ser considerados para a gestão territorial dos recursos naturais. A análise integrada da paisagem, na perspectiva dos Geossistemas, pode contribuir com estudos de planejamento e gestão dos territórios, pois fornecem conhecimentos do meio natural integrado as ações sociais. Estudos geográficos desta natureza são fundamentais para melhores estratégias no uso e ocupação das unidades paisagísticas. O objetivo mais amplo da investigação foi levantar e analisar a dinâmica ambiental por meio do estudo das paisagens, relacionada ao uso e ocupação da terra no Assentamento Fazenda Esperança em Rondonópolis – MT. A pesquisa, tipo qualitativa, segue a proposta de uma análise integrada da paisagem que identifica as unidades geográficas básicas – os geossistemas -, a partir das inter-relações e integração de elementos ligados à geologia, geomorfologia, solos, hidrologia, vegetação e ação antrópica. A definição dos Geossistemas do assentamento se deu a partir de sobreposição de dados geomorfológicos, climáticos, pedológicos e uso e ocupação, com o uso de técnicas de geoprocessamento para a elaboração dos mapas temáticos e final dos Geossistemas. O trabalho de campo e o levantamento fotográfico foram técnicas usadas para a elaboração dos mapas e sua checagem no terreno. Foram mantidos diálogos com moradores para busca de informações de conhecimento da evolução histórica das paisagens. Entre os resultados mais expressivos destacam-se a identificação, caracterização e dinâmica de três Geossistemas e três Geofácies: Geossistema I, Geossistema II (Geofácie IIa, Geofácie IIb e Geofácie IIc) e Geossistema III. Concluiu-se que as paisagens sofreram uma ocupação desordenada representada pelo desmatamento e uso de pecuária que, diretamente ou indiretamente, causaram pressões ambientais e instabilidades na dinâmica dos geossistemas. Identificou-se ainda que as paisagens têm apresentado uma estabilidade crescente, com melhores condições no potencial ecológico e exploração biológica. Recomendam-se melhores cuidados e controle dos processos de degradação ambiental no Geofácie IIb, pois as fragilidades naturais de solo e geologia não são respeitadas pelo uso e ocupação atual. Os aspectos integrados dos geossistemas e Geofácies possibilitam um entendimento mais amplo e holístico dos territórios e ambientes, indispensável para o planejamento e a gestão territorial de recursos naturais e atividades produtivas em assentamentos rurais
Download: Clique aqui
Defesa em: 09/12/2016