A realização da avaliação institucional ocorrerá em conformidade com o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (SINAES). Para proceder à Autoavaliação, a Universidade Federal de Mato Grosso instituiu a Comissão Própria de Avaliação Institucional (CPA), conforme a Resolução CONSUNI n. 11, de 14 de julho de 2004, a qual tem como missão imediata conduzir o processo de avaliação interna. O objetivo é continuar na UFMT um processo de avaliação institucional, construído coletivamente, que subsidie de modo pleno a gestão acadêmica rumo à potencialização e ao desenvolvimento do desempenho institucional quanto à qualidade acadêmica.
Para o ensino de graduação, a CPA busca alcançar os seguintes objetivos: 1) analisar o Projeto Pedagógico Institucional (PPI) e os Projetos Pedagógicos de Curso (PPCs), verificando a articulação entre os mesmos; 2) avaliar a relação dos PPCs com as diretrizes nacionais para cada curso de graduação; 3) analisar o plano de metas da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação face às necessidades detectadas durante a avaliação e às políticas de expansão do ensino de graduação previstas no PDI; 4) avaliar a sistemática vigente de acompanhamento da qualidade dos cursos de graduação, as análises geradas e a comparação das mesmas com percepção obtida pela consulta à comunidade (questionários).
No âmbito do Curso de Ciências Econômicas, o processo de autoavaliação dar-se-á em consonância com a Resolução CONSEPE n. 67, de 24 de junho de 2019, a qual dispõe sobre a aprovação das diretrizes institucionais que regulamentam a autoavaliação dos cursos de graduação da UFMT.
Historicamente, a autoavaliação tem sido reconhecida como um importante instrumento de elaboração de análises acerca da qualidade dos procedimentos acadêmicos relativos à formação dos estudantes, levando-se em consideração as suas diversas dimensões e interações, com o objetivo de embasar a tomada de decisões das instâncias acadêmico-administrativas pertinentes. Nesse sentido, a proposta de autoavaliação do Curso de Ciências Econômicas tem como objetivo geral identificar os pontos positivos e as fragilidades do curso, a fim de orientar as correções de rumos e o redimensionamento das direções.
Especificamente, busca-se: i) melhorar a qualidade do processo de ensino-aprendizagem; ii) produzir um sistema qualitativo e quantitativo de informações para o acompanhamento da trajetória e desenvolvimento do curso; iii) desencadear um processo pedagógico de aprendizagem pelo confronto da autoavaliação e avaliação a nível institucional; iv) prestar contas à sociedade; v) aperfeiçoar o corpo docente e o pessoal técnico implicado; vi) identificar situações favoráveis ou desfavoráveis à realização do projeto pedagógico do curso, em todas as suas dimensões; vii) subsidiar as ações de ensino, pesquisa e extensão de que tratam os planos e programas das atividades acadêmicas; viii) fornecer elementos para a avaliação das políticas acadêmicas implantadas pela Universidade; ix) identificar as necessidades pedagógicas e materiais que necessitem de solução ou encaminhamento junto à Administração Superior da Universidade.
A proposta de autoavaliação está baseada em quatro princípios basilares, quais sejam: i) humanizador – o ser humano e seu processo de formação devem ser tomados como centro do planejamento e das ações da autoavaliação; ii) reflexivo – avaliar é um pensar e repensar a prática pedagógica, mediante autocrítica constante; iii) construtivo – deve indicar caminhos que auxiliem os estudantes e a instituição a subir de patamar, de forma consciente, na sua forma e qualificação; e iv) formativo – deve servir à apreciação da efetividade das ações pedagógicas em curso, alicerçando decisões para seu aperfeiçoamento.
A prática de autoavaliação como processo permanente será um instrumento de construção de uma cultura de avaliação no curso, com a qual, docentes, estudantes, egressos, coordenador(a), diretor(a) e técnico-administrativos se identifiquem e se comprometam. O seu caráter formativo deve permitir o aperfeiçoamento tanto pessoal como institucional, pelo fato de colocar todos os atores em um processo de reflexão e autoconsciência.
O planejamento da autoavaliação, a organização das atividades, a aplicação dos questionários e a elaboração dos relatórios parciais e finais, os quais deverão ser aprovados pelo Colegiado de Curso e homologados pela Congregação da Unidade Acadêmica, será responsabilidade do Núcleo Docente Estruturante (NDE).
Será utilizado como procedimento, com vistas à avaliação global do curso, a conjugação da apreciação da análise dos dados, com resultados dos aspectos acadêmicos e administrativos do curso, abrangendo todos os segmentos que constituem a Unidade Acadêmica: estudantes, egressos, docentes, coordenador(a), diretor(a), técnico(a)-administrativos(as).
Tendo em vista a flexibilidade e a liberdade preconizada pela Lei Federal n. 9.394/96 e pela Lei 10.861/04, que institui o SINAES, não serão estabelecidos critérios e normas rígidas para a avaliação, reconhecendo que cada curso tem uma realidade no momento em que é avaliado o papel que representa para a sociedade.
A abordagem metodológica da autoavaliação a ser implantada no Curso de Ciências Econômicas conjuga os benefícios quantitativos e qualitativos, por meio da consulta direta aos envolvidos no processo. Serão utilizados no levantamento das informações, e na consequente produção dos relatórios, documentos e informações que possam corroborar, ou permitem comparar e/ou ampliar as conclusões/inferências obtidas na abordagem qualitativa.
Para tanto, os instrumentos de avaliação serão concebidos considerando as três dimensões definidas a seguir: i) Organização Didático-Pedagógica (estrutura e conteúdos curriculares, perfil do egresso, metodologia, estágios, atividades complementares, trabalho de conclusão de curso, apoio ao estudante, gestão do curso, uso das Tecnologias de Informação e Comunicação – TIC – no processo de ensino-aprendizagem, Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA –, atividades práticas, atividades extensionistas, avaliação da aprendizagem); ii) Corpo Docente (qualidade do ensino, aulas práticas, planejamento, relação teoria-prática, acompanhamento do estudante com dificuldade na aprendizagem, estímulo à produção científica tanto na perspectiva quantitativa quanto qualitativa, integração com a sociedade); iii) Infraestrutura (instalações da biblioteca, acerbo bibliográfico, laboratórios, salas de aula, banheiros, acessibilidade física e digital).
Segundo o enfoque processual de avaliação, é preciso que haja sensibilização e mobilização da comunidade, tanto para que se favoreça a coleta de dados, quanto para que se instigue um processo de avaliação continuada. Ainda, os momentos de participação são importantes para que se aumente a consciência pedagógica e a capacidade profissional do corpo docente e técnico-administrativo, além de fortalecer as relações de cooperação entre os diversos atores institucionais. De forma concreta, estes momentos devem gerar discussões sobre os instrumentos da avaliação e sobre as adaptações que devem ser feitas em cada um para atender às especificidades de cada centro, curso, ou unidade administrativa.
O processo avaliativo abrangerá dez dimensões, a saber: 1) autoavaliação docente; 2) autoavaliação discente; 3) autoavaliação do(a) coordenador(a); 4) avaliação do(a) coordenador(a) pelos discentes, egressos, docentes e direção; 5) avaliação do curso pelo corpo discente; 6) avaliação do curso pelos egressos; 7) avaliação do desempenho docente pelos discentes; 8) autoavaliação do pessoal técnico-administrativo; 9) avaliação do pessoal técnico-administrativo pelos discentes, egressos, docentes e direção; 10) avaliação do curso pela direção da Unidade Acadêmica. A aplicação de todos os questionários dar-se-á eletronicamente, por meio da ferramenta “Google Forms”.
As dimensões referidas serão avaliadas através da utilização de instrumentos, os quais deverão ser adequados para o tipo de informação a ser capturada e dependendo da fonte de informação a ser pesquisada, de acordo com os procedimentos próprios à avaliação processual. Todas as informações obtidas para cada classe serão sistematizadas e validadas, sendo que o resultado deverá ser apresentado e discutido em fórum permanente. Da discussão deverão resultar soluções de médio e longo prazo para os problemas detectados na avaliação.
A autoavaliação estará norteada, ainda, por questões avaliativas formuladas com bases nos indicadores quantitativos, seguindo o Roteiro de Autoavaliação Institucional/INEP/MEC, em suas várias discussões com a comunidade acadêmica, tais como: nível de compromisso e participação e colaboração, parcerias, comunicação, clima organizacional, dentre outros. Em síntese, o processo da autoavaliação do curso pretende responder as seguintes questões: O que é? O que desejar ser? O que de fato realiza? Como organiza, administra e age?
As etapas da avaliação são as que se apresentam a seguir: elaboração dos formulários; aplicação dos formulários; análises dos resultados; confecção do relatório; divulgação dos resultados. Os dados e os indicadores serão sistematizados de forma comparativa, para que se realize uma análise da realidade do curso.
Visando garantir a permanência do processo de avaliação e, particularmente, a autoavaliação construtiva das condições de ensino-aprendizagem no curso, os resultados da avaliação interna serão sempre discutidos. Esses resultados serão apresentados sob a forma de relatório, elaborado pelo NDE, respeitando os seguintes aspectos: i) introdução; ii) contexto da Unidade Acadêmica (dados gerais sobre o Instituto/Faculdade); iii) sujeitos da avaliação (perfil dos participantes, quem e como participou); iv) resultados (dados descritivos, com tabelas e gráficos); v) interpretação dos resultados (aspectos relevantes dos resultados, pontos fortes e fracos que os dados evidenciarem); vi) reflexões conclusivas com proposição de soluções.
Ressalta-se que os relatórios deverão ser encaminhados ao Colegiado de Curso para deliberação e posterior encaminhamento à Congregação. A Congregação, por sua vez, deverá encaminhar os relatórios, uma vez apreciados e homologados, à Comissão Própria de Avaliação (CPA) – a fim de subsidiar a avaliação institucional da Universidade –, e à Pró-Reitoria de Graduação. Os resultados do processo de autoavaliação serão para uso exclusivo da gestão institucional.
Quanto à periodicidade, o processo de autoavaliação do Curso de Ciências Econômicas ocorrerá a cada dois anos ou quatro semestres letivos.
Regulamento para a Autoavaliação do Curso de Ciências Econômicas
Para acessar os relatórios da autoavaliação do Curso de Ciências Econômicas, clique aqui.