Dissertações defendidas em 2015
TÍTULO: AVALIAÇÃO DA INFLUENCIA DOS USOS E OCUPAÇÃO DO SOLO NA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO VERMELHO NO SUDESTE DE MATO GROSSO.
Autor: André Vinícius Valuz de Souza (Lattes iD 
)
Categoria: Geotecnologias Aplicadas à Gestão e Análise Ambiental
Palavras-chave: Qualidade de água, IQA, Uso e ocupação do solo, Área de Preservação Permanente, Rio Vermelho.
Resumo: O objetivo deste estudo foi identificar quais os usos e ocupação do solo na bacia do rio Vermelho estão relacionados com os padrões limnológicos e de qualidade da água do rio Vermelho. Esta região (15º30’/17º15’ S e 53º45’/55º00’ W) localiza-se no sudeste de Mato Grosso. Foi utilizado o banco de dados da SEMA/ANA (2004 a 2013) e em 2014foram amostrados 5 estações de coleta.As análises da água seguiram Standard Methodse para o uso e ocupação do solo foram utilizados métodos de geotecnologia. Entre as 22 variáveis limnológicas, 4 variáveis apresentaram valores médios superiores aos limites da Resolução CONAMA 357/2005 para rio de classe II. As variáveis limnológicas foram amplamente distintas quando comparadas ao longo da série histórica, porém agruparam-se por períodos seco ou chuvoso. Houve maior similaridade entre as estações 1, 3 e 5 (grupo B) seguido da estação 2 (grupo A) e a estação 4 (grupo C), sendo a última menos semelhante que as demais. O IQA classificou a qualidade da água do rio Vermelho como MÉDIA para todas as estações de coleta. Destaca-se que o período chuvoso alterou a qualidade da água, que oscilou de BOA a RUIM. Entre as variáveis que compõem o IQA, o nitrato e E. coli foram as que variaram influenciando na definição da classe de qualidade da água no trecho analisado, o que sugere relação com os usos do solo para agricultura e área urbana. A bacia do rio Vermelho é predominantemente utilizada para pastagem, seguidas pela agricultura e mata remanescente. Os usos atuais do solo nas suas sub-bacias indicaram que na região das estações 3 e 4 no perímetro urbano de Rondonópolis houve um evidente efeitos dos usos sobre a qualidade da água (cor, turbidez, sólidos totais,fósforo, nitrato e E. coli), quando comparados com o IQA e CONANA 357/2005. A Área de Preservação Permanente do rio Vermelho apresentou varios indicativos de ação antropica tanto na área rural (pastagem) quanto urbana. Estes já demonstraram ser responsáveis pelas alterações nas variáveis limnológicas do rio Vermelho ao longo da serie histórica dos dados.
Download: Clique aqui
Defesa em: 13/07/2015
TÍTULO: DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE, POR MEIO DE IMAGENS AÉREAS DE ALTA RESOLUÇÃO ESPACIAL.
Autor: Elias Ferreira Silva de França (Lattes iD )
Categoria: Geotecnologias Aplicadas à Gestão e Análise Ambiental
Palavras-chave: Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT), Área de Preservação Permanente (APP), Monitoramento Ambiental.
Resumo: O uso de técnicas aerofotogramétricas em imagens aéreas derivadas de Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) são apontadas como uma alternativa viável para tomada de decisão no planejamento de paisagens naturais remanescentes. Objetivou-se nesse trabalho avaliar o uso de imagens aéreas de alta resolução espacial e temporal derivadas de VANT, para detecção, caracterização e monitoramento de alteração ou degradação em Áreas de Preservação Permanente. O VANT utilizado foi o modelo Tiriba. O registro das imagens aéreas ocorreu em março de 2014, sendo obtidas 90 cenas com área útil aproximada de 45% e resolução espacial de 10 cm. O processamento e tratamento das imagens foram executados utilizando os softwares; Agisoft PhotoScan, TerraView e QuantumGis. Selecionou se uma das imagens, onde foram realizados testes de classificação automática; pixel a pixel, por região, análise de imagem orientada a objeto (OBIA) e também classificação por fotointerpretação, sendo essa utilizada como referência em comparativo com os demais tratamentos. O georreferenciamento ocorreu em sistema de projeção UTM e datum WGS84. Foram delimitadas cinco classes (área cultivada, vegetação nativa, solo exposto, área campestre, corpo hídrico). Todos os tratamentos foram submetidos à validação estatística (Índice de Kappa e Exatidão Global). A compreensão mais detalhada auferida pelas imagens de alta resolução espacial contribuiu para adequada detecção dos principais aspectos e extensões das feições convenientes no terreno, sobretudo no processo de fotointerpretação. A classificação de OBIA apresentou maior semelhança (coef.Correlação 0.9557) com a fotointerpretação, considerada como a realidade terrestre. Os produtos que demonstraram-se de menor acurácia ao objetivo proposto foram os associados às classificações pela técnica em nível de pixel. Imagens aéreas derivadas de VANT podem subsidiar ações de perícia e monitoramento ambiental, no contexto da consolidação do Código Florestal Brasileiro.
Download: Clique aqui
Defesa em: 28/08/2015
TÍTULO: TERRITÓRIOS DE VIDA E DE ESPERANÇA NOS ACAMPAMENTOS FORTALEZA E RENASCER NA MESORREGIÃO SUDESTE, MATO GROSSO.
Autor: Shirlei Fernandes de Oliviera Miyashiro (Lattes iD )
Categoria: Planejamento e Gestão Territorial
Palavras-chave: Acampamento; Movimento social; Reforma agrária; Território; Luta pela terra.
Resumo: Essa pesquisa apresenta algumas discussões fundamentadas na lógica da organização dos acampamentos de sem-terra, entendida como lugar de resistência, ou seja, a reativação das ações desses trabalhadores rurais. Os discursos sobre a organização social dos acampamentos tem sido preocupação de vários segmentos, disciplinas e órgãos governamentais ou não. Foram visitados e mapeados os acampamentos Fortaleza na cidade de Guiratinga e o Renascer na cidade de Pedra Preta, ambos localizados na mesorregião sudeste do estado de Mato Grosso, onde foi aplicado um questionário que buscou identificar o perfil do acampamento, bem como compreender a lógica dos fluxos de pessoas que, mesmo morando no acampamento, estabelece certa mobilidade entre o rural e o urbano. Dos 18 entrevistados, 10 (55,5%) residem constantemente no acampamento, enquanto 8 (44,4%) são itinerantes. Nesta ótica 15 (83,3%) concordam com este fluxo, principalmente pela necessidade de trabalho; a renda mínima das atividades no acampamento e para a melhoria de qualidade de vida. Nesta perspectiva o acampamento configura-se como um território provisório, ou seja, um território de vida e esperança, que busca na concretização do assentamento, a transformação social.
Download: Clique aqui
Defesa em: 09/10/2015
TÍTULO: MOBILIDADE URBANA: ANÁLISE, COMPREENSÃO E PERSPECTIVAS PARA RONDONÓPOLIS/MT.
Autor: Oziel Milton Rodrigues (Lattes iD )
Categoria: Planejamento e Gestão Territorial
Palavras-chave: Mobilidade Urbana; Acessibilidade; Transporte; Trânsito; Rondonópolis/MT.
Resumo: Essa pesquisa, em seu objetivo geral, tem como proposta, fazer a analise e consequentemente ter a compreensão da mobilidade urbana e da acessibilidade e seus impactos na cidade de Rondonópolis/MT. Para isso, foi observado se a Lei Federal n° 12.587(Estatuto da Mobilidade Urbana) está sendo colocada em prática na cidade no que diz respeito ao transporte coletivo e o não motorizado. Analisou através do traçado das linhas do transporte coletivo, se os mesmos atendem as necessidades da população que faz uso delas. Procuramos sintetizar todos os aspectos apresentados na pesquisa através do estudo de caso. Recorremos a fontes múltiplas de dados e a métodos de recolha diversificados: observações diretas e indiretas, entrevistas, questionários, narrativas, registro de áudio e vídeo, cartas, mapas documentos, entre outros. Entrevistas foram realizadas durante os meses de março e abril de 2015 com a finalidade de coletar dados para chegarmos aos resultados propostos nos objetivos. Percebemos que a Lei Nacional de Mobilidade Urbana não é aplicada na cidade, por que o transporte coletivo por ônibus e o não motorizado não é prioridade na cidade. É possível tornar a cidade acessível do ponto de vista da mobilidade urbana. É uma questão de planejamento e respeito aos direitos universais de acessibilidade e mobilidade urbana.
Download: Clique aqui
Defesa em: 30/10/2015
TÍTULO: ESTUDO DO POTENCIAL DE RISCOS DE INUNDAÇÕES NAS MICROBACIAS DA CIDADE DE RONDONÓPOLIS, MATO GROSSO.
Autor: Jaqueline da Silva Trassi (Lattes iD )
Categoria: Geotecnologias Aplicadas à Gestão e Análise Ambiental
Palavras-chave: Rondonópolis-MT, Inundações Urbanas, Modelagem Hidrológica
Resumo: O principal objetivo do presente estudo foi compreender a natureza e o potencial das inundações nas microbacias da mancha urbana de Rondonópolis. Desse modo, para alcança-lo decidiu-se realizar um resgate histórico sobre a ocorrência das inundações nas microbacias da mancha urbana de Rondonópolis, analisar a relação desses episódios com nível de urbanização das mesmas, classificar e mapear as áreas de risco de inundação nessas microbacias, e por avaliar a correlação do nível de alteração/impermeabilização do solo das mesmas com a ocorrência das inundações promovidas por ocorrência de chuvas intensas. Assim, para alcançar esses objetivos específicos foram utilizadas diversas técnicas de pesquisa, tais como, pesquisa documental e de observação intensiva (via entrevistas estruturadas e não estruturados) sobre as ocorrências de inundações na cidade; modelagem hidrológica implementada via Sistemas de Informação Geográfica (SGI) para avaliar a propensão natural das microbacias urbanas aos processos de inundação e estimativa dos volumes escoados pelas mesmas a partir da ocorrência de chuvas intensas de 24h, empregando-se para tanto, o método “CN” desenvolvido pelo Soil Conservation Service (SCS); realização de trabalho de campo e interpretação de imagens de altíssima resolução para identificar, caracterizar, classificar e mapear as áreas com risco de inundação na cidade seguindo metodologia proposta pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas, 2007); análises climáticas para se conhecer a variabilidade e intensidade das chuvas na bacia a partir da proposta de Monteiro (1976) Gumbel (1941). Como principais resultados verificou-se que apesar das inundações ser um problema antigo e que tem ocorrido com maior frequência nos últimos anos em Rondonópolis o poder público não mantém sequer registros sobre os mesmos e muito menos um programa para buscar soluções para o mesmo; Que o nível de impermeabilização na maioria das microbacias analisadas já é muito alto (acima de 80%), e por isso mesmo chuvas intensas de 24h de baixos volumes e com alta frequência já podem promover a ocorrência de inundações nas mesmas; ainda em relação às chuvas verificou-se pela análise do ritmo climático e pela percepção dos moradores que tanto as chuvas intensas e concentradas (de origem de processos convectivos) como as leves continuas (originadas por sistemas frontais) podem promover a ocorrência de episódios de inundação nas microbacias urbanas de Rondonópolis; nas cinco microbacias estudadas se encontrou áreas de risco de inundação que variam desde baixo até muito alto risco. Logo o estudo respondeu aquilo que se propôs, revelado que as chuvas de natureza convectiva e com alta intensidade são as principais responsáveis pela ocorrência de episódios de inundações na mancha urbana da cidade de Rondonópolis, que se deve principalmente ao alto índice de impermeabilização dos solos de suas microbacias, impulsionada pelo capital imobiliário da cidade, o que ocasiona sérios transtornos à população que residem as margens desses rios e córregos, no período chuvoso.
Download: Clique aqui
Defesa em: 09/11/2015
TÍTULO: Tendências e Ciclos Climáticos em Ouro Branco do Sul (Fazenda Michelin-MT) no período de 1980 a 2011.
Autor: Elina das Dores de Souza Costa (Lattes iD )
Categoria: Geotecnologias Aplicadas à Gestão e Análise Ambiental
Palavras-chave: Clima, ciclos, tendências, Ouro Branco do Sul (MT)
Resumo: As oscilações climáticas tem sido constantes no planeta desde os tempos remotos, podendo ser derivadas da combinação dos fatores astronômicos, da movimentação interna da Terra (vulcões, terremotos, placas tectônicas etc.) ou dos processos antrópicos relacionados ao uso e ocupação do solo. O principal objetivo deste trabalho foi identificar as tendências e ciclos climáticos em Ouro Branco do Sul (Fazenda Michelin-MT) no período de 1980 a 2011, tendo como objeto de análise as variáveis temperatura e pluviosidade. Para este estudo buscou-se apoio no conceito do holorritmo fundamentado na ritmánalise que busca entender os fenômenos físicos, biológicos humanos e sociais numa totalidade em movimento. O universo de análise está localizado entre os paralelos 15°S e 18°S latitude sul; meridianos 53°W e 55°W longitude oeste, no sudeste do Estado de Mato Grosso, município de Itiquira. A estação meteorológica está situada dentro da fazenda, na latitude de17°22’ S e longitude de 54°44’ W e à altitude de 480 metros. A série estudada, no geral, apresentou vários ciclos de pequena duração (3 a 9 anos) e alguns mais longos (10 a 19 anos). Os resultados indicaram indícios de aquecimento: na variação anual, sazonal e mensal (janeiro, fevereiro, abril, junho, setembro, outubro, novembro e dezembro) da temperatura média; na variação anual, sazonal (verão, outono e inverno) e mensal (fevereiro, abril, junho, julho, agosto, setembro outubro e novembro) da temperatura média das máximas; no verão e nos meses de janeiro, fevereiro, março, abril, junho, julho setembro e dezembro da temperatura média das mínimas. A análise permitiu identificar decréscimo de temperatura nos meses de março, maio, julho e agosto da temperatura média e no ritmo anual, sazonal (outono, inverno primavera) e no mensal (maio, agosto, outubro e novembro) na média das mínimas. O estudo dos dados pluviométricos apontou que no geral, a chuva apresentou tendência de totais com desvios abaixo da média no ritmo anual, sazonal e mensal, exceto a primavera, março, outubro e novembro com 16 anos (50%) dos totais acima da média. Acredita-se que os ciclos e tendências observados na temperatura e pluviosidade, provavelmente se devem às mudanças do uso do solo em consonância com os fatores astronômicos, mas não dá para ponderar a parte de cada um. Sendo assim, é possível dizer que nesse período de 32 anos o clima no sudeste do estado de Mato Grosso passou por oscilações decorrentes de uma composição de ritmos.
Download: Clique aqui
Defesa em: 12/11/2015
TÍTULO: RITMOS E CICLOS NO CLIMA LOCAL DE CUIABÁ/VÁRZEA GRANDE-MT: UMA ANÁLISE SECULAR (1912 A 2012).
Autor: Maurinésia Pereira da Silva Petini (Lattes iD )
Categoria: Geotecnologias Aplicadas à Gestão e Análise Ambiental
Palavras-chave: Clima, Ritmo, Temperatura, pluviosidade, Cuiabá/Várzea Grande.
Resumo: A área de estudo, Cuiabá e Várzea Grande passaram grandes transformações nos últimos anos com a substituição acelerada da vegetação existente pelo aglomerado urbano, sendo assim o objetivo principal deste foi analisar as oscilações climáticas em Cuiabá/Várzea Grande, suas relações com o clima local e as influencias climáticas de escala global. Os objetivos específicos foram: analisar o ritmo climático em Cuiabá/Várzea Grande no período de 1912 a 2012; estudar os ciclos climáticos sua duração e intensidade ao longo de 100 anos; investigar as variações da temperatura do ar no clima local; compreender a possível relação entre as variações térmicas e o crescimento populacional. Os dados meteorológicos utilizados neste trabalho foram cedidos pelo INMET – Instituto Nacional de Meteorologia, operada pelo 9º Distrito de Meteorologia de Várzea Grande. Organizaram-se os quadros com todos os atributos meteorológicos. Foram escolhidas para análise dois elementos do clima, a temperatura e a pluviosidade. Os dados foram tabulados em série anual, sazonal e mensal, de janeiro de 1912 a dezembro de 2012. A área de estudo está localizada entre os paralelos 14° e 16° latitude Sul e meridianos 54° e 58° longitude Oeste, numa altitude entre 150 a 250 m aproximadamente. A análise temporal secular foi calcada nas concepções da ritmanálise e holorrítmo, buscando compreender a realidade como uma totalidade em movimento, de natureza física, biológica e social. A temperatura média anual foi de 25,8°C, a média máxima foi de 32,6°Ce a média das mínima foi de 21,2°C. Foram identificados dois períodos de tendência de elevação da temperatura, um primeiro período que se inicia por volta da década de 20 e se estende até o final da década de 60 e, um segundo período que se inicia na década de 70 perdurando até o final da série. A pluviosidade média anual foi de 1.382,8, sendo sujeita a maiores irregularidades, os ciclos da chuva não aparece tão evidentes quanto na temperatura, os ciclos longos são geralmente intercalados por variações de curto período em intervalos de 1 a 4 anos. É provável que a tendência de aumento nos valores de temperatura tenha sido influenciada pela urbanização de Cuiabá/Várzea Grande, na medida em que a população cresceu a temperatura média também se elevou a partir de 1970 a 2012, sendo o período mais longo de tendência de elevação da temperatura. Os períodos de forte elevação de temperatura no início da série até a década de 20 se devem provavelmente a uma combinação de controles climáticos astronômicos e planetários.
Download: Clique aqui
Defesa em: 13/11/2015
TÍTULO: GESTÃO INTEGRADA DE ÁREAS PROTEGIDAS: O POTENCIAL DE IMPLANTAÇÃO DO CORREDOR ECOLÓGICO CERRADO/PANTANAL NA BACIA DO RIO VERMELHO/SÃO LOURENÇO – MT.
Autor: Théo Gonçalves Vicente (Lattes iD )
Categoria: Geotecnologias Aplicadas à Gestão e Análise Ambiental
Palavras-chave: Mosaico, Corredor Ecológico , Sudeste Mato-grossense
Resumo: A expansão da fronteira agrícola e as transformações socioambientais das paisagens no estado de Mato Grosso alteraram significativamente as características da cobertura vegetal regional causando em alguns casos conseqüências negativas ao meio ambiente (SANTOS, 2010). Para garantir que as gerações futuras possam desfrutar dos benefícios de um ambiente equilibrado, o Governo Federal instituiu a Política Nacional de Unidades de Conservação (PNUC) Lei nº 9.985/2000. No entanto, a dificuldade de regulação fundiária, falhas na maneira de criar e gerir-las, metodologias e planos de manejo inadequados comprometem os objetivos conservacionistas previstos para tais UCs. As UCs comumente pressionadas por atividades socioeconômicas em seu entorno, tornaram-se parques e reservas isoladas e inadequadas para garantir, no longo prazo, a conservação da biodiversidade (BRASIL, 2010). Desse modo é necessário promover a conectividade entre tais áreas protegidas, pois os processos ecológicos demandam extensas áreas para se manterem, uma vez que, o isolamento de populações da fauna e flora torna-as mais vulneráveis as pressões externas (OLIFIERS; CERQUEIRA, 2006). Assim este estudo propõe se a avaliar o potencial de implantação do instrumento Mosaico do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e o estabelecimento de um corredor ecológico em áreas das bacias do rio Vermelho e São Lourenço no sudeste de MT, de modo a integrar Terras Indígenas, Áreas de Preservação Permenente, Reservas Legais e UCs que se distribuem pelo Planalto dos Guimarães e da Planície do Pantanal, nessa região.Estabelecendo assim áreas mais extensas e contínuas, adequadas à manutenção dos processos ecológicos e consequentemente preservando os ecossistemas e suas biodiversidades. Para compreender e avaliar as múltiplas interações das paisagens, o estudo empregará como suporte teórico metodológico, o conceito de geossistema. Os mapas temáticos produzidos possibilitam a espacialização de características físicas dessa região, que permitem visualizar as múltiplas relações entre os elementos da paisagem. Os Mosaicos e os Corredoresn ecológicos são estratégias de conservação da biodiversidade e sugerem alterações do modelo de conservação ambiental (GANEM, 2007) de um modelo centralizado e focado em áreas isoladas, para outro modelo, descentralizado, incluindo a comunidade local e focado na gestão integrada, muito mais adequado para a manutenção, em longo prazo, da biodiversidade dessemeio.
Download: Clique aqui
Defesa em: 19/11/2015
TÍTULO: ANÁLISE SOCIOAMBIENTAL DE PROPRIEDADES RURAIS SITUADAS ENTRE A RODOVIA DO PEIXE E O RIO VERMELHO EM RONDONÓPOLIS-MT.
Autor: Alex Teodoro Martello (Lattes iD )
Categoria: Geotecnologias Aplicadas à Gestão e Análise Ambiental
Palavras-chave: Degradação. Área de Preservação Permanente. Responsabilidade Socioambiental.
Resumo: O conhecimento da realidade ambiental de uma área deve ser uma construção que tenha como base a consciência acerca da responsabilidade socioambiental, de forma que seja possível identificar as ações que permitam a proteção das áreas de preservação permanente. O estudo teve como objetivo geral analisar o perfil socioambiental de proprietários rurais situados na área de estudo e sua relação com alguns critérios de uso e ocupação da terra definidos pelo atual Código Florestal.Foi estruturada uma pesquisa bibliográfica e outra descritiva, com método de estudo de casos múltiplos e análise quali-quantitativa. Os dados coletados e analisados evidenciaram que a maioria dos entrevistados que são responsáveis por propriedades rurais situadas que possuem Área de Preservação Permanente (APP) às margens da MT-471 em Rondonópolis-MT é casada; com baixo nível de escolaridade; possui renda familiar de até três salários mínimos; faz uso da propriedade enquanto moradia e lazer, utilizam poços, olhos d’água e córregos como fonte de água. Com relação aos resíduos sólidos a maioria dos pesquisados comentaram que retiram das propriedades com veículos, ao tratar sobre os efluentes sanitários, da cozinha e pia em que limpam os peixes os mesmos responderam que possuem fossas sépticas, porém, no decorrer das visitas in loco para a entrevista foi possível estabelecer contato visual e perceber que o que os entrevistados chamaram de fossas sépticas na verdade eram fossas negras. Para melhorar o uso dos recursos naturais recomenda-se o desenvolvimento de um sistema agrossilvipastoril com a integração da vegetação arbórea junto à pastagem, incluindo o estabelecimento de um programa de saneamento básico rural na área de estudo. Avaliando os dois Códigos Florestais (1965 e 2012), constata-se que houve redução de área de preservação permanente, que na área de estudo está representada por mata ciliar. É necessária a execução de um diagnóstico rural participativo capaz de envolver poder público, empresas, moradores da área contribua com o cumprimento da legislação ambiental no local.
Download: Clique aqui
Defesa em: 27/11/2015
TÍTULO: A PRODUÇÃO EM ÁREA DA AGRICULTURA FAMILIAR E SUA VINCULAÇÃO COM O AGRONEGÓCIO: ESTUDO DE CASO DO PA CARIMÃ EM RONDONÓPOLIS/MT.
Autor: Sálvio Itamar da Silva (Lattes iD )
Categoria: Planejamento e Gestão Territorial
Palavras-chave: segurança alimentar, assentado e circuito espacial produtivo
Resumo: Esta dissertação tem como objeto de estudo o PA Carimã, assentamento criado pelo INCRA em 1997 e localizado no município de Rondonópolis/MT. Tem por objetivo compreender as relações estabelecidas entre os agricultores familiares assentados e o agronegócio, o local possui características que o distinguem, como a existência de dois ambientes cujas características físicas são desiguais e que influenciam diretamente na produção. Outro elemento de distinção é a presença em todo entorno de propriedades voltadas ao agronegócio, atividade essa caracterizada pela dependência e uso de inovações técnico-científicas, sendo esse avanço científico e informacional a base do agronegócio. O PA é portador de uma paisagem dúbia, ora análoga ao entorno, ora destoante desse. Para estabelecer as vinculações da produção familiar com o agronegócio, o método utilizado foi à pesquisa exploratória para coleta de dados e análise quantitativa e qualitativa dos mesmos, posteriormente estes dados foram analisados tendo por base o arcabouço teórico fundamentado no circuito espacial produtivo e no círculo de cooperação para verificar as vinculações entre esses espaços produtivos tão distintos.
Download: Clique aqui
Defesa em: 03/12/2015
TÍTULO: CONTRIBUIÇÃO DO ECOTURISMO PARA O USO SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS DO MUNICÍPIO DE RONDONÓPOLIS-MT.
Autor: Manoel Benedito Nirdo da Silva Campos (Lattes iD )
Categoria: Geotecnologias Aplicadas à Gestão e Análise Ambiental
Palavras-chave: Potencial Turístico. Recursos hídricos. Ecoturismo. Rondonópolis.
Resumo: O Município de Rondonópolis possui atrativos turísticos reconhecidos pela grande diversidade das cachoeiras e prainhas situadas no entorno da malha urbana, pois atraem turistas de várias localidades. Objetivando compreender como o ecoturismo pode contribuir para a conservação dos recursos hídricos nas áreas de lazer, bem como suas possibilidades de desenvolvimento das atividades turísticas nesses locais. Para alcançar o objetivo proposto, realizou-se uma análise acerca da geração dos benefícios socioambientais no qual se optou por uma abordagem quali-quantitativa procurando-se estabelecer a frequência da atitude dos usuários, através de questionários, levantamento fotográfico e Escala Likerts de cinco pontos, buscando dados que traçassem o perfil dos usuários que auxiliassem na compreensão do uso relacionados com as atividades ecoturísticas. O estudo justifica-se pela inexistência de referenciais teóricos metodológicos da temática em questão. A pesquisa foi desenvolvida em três etapas metodológicas: pesquisa bibliográfica, identificação das áreas de lazer e elaboração dos mapas temáticos para representação do potencial turístico. Os procedimentos que incluíram o uso de várias técnicas subsidiadas em ferramentas de sensoriamento remoto e geoprocessamento que permitiram a análise e espacialização das atividades de ecoturismo das principais áreas de lazer. A espacialização das cachoeiras e seu entorno, observam-se os caracteres biofísicos como: a vegetação endêmica, as cachoeiras, as quedas d’água, os afloramentos rochosos, os rios, as prainhas e os espraiados. Os resultados apresentaram uma correta percepção dos pesquisados sobre as inter-relações existentes entre as práticas ecoturísticas e o uso sustentável dos recursos hídricos. Conclui-se ainda que, um longo caminho deve ser realizado de forma a impedir que os benefícios econômicos do ecoturismo acabem gerando um quadro de exploração de recursos naturais de forma inadequada, ocasionando problemas ambientais em especial, aos recursos hídricos nas localidades.
Download: Clique aqui
Defesa em: 04/12/2015
TÍTULO: EFEITOS DA INUNDAÇÃO SOBRE O MANEJO DA PECUÁRIA NO PANTANAL NORTE COM EMPREGO DE IMAGENS ORBITAIS.
Autor: Gustavo Benedito Medeiros Alves (Lattes iD )
Categoria: Geotecnologias Aplicadas à Gestão e Análise Ambiental
Palavras-chave: Pantanal, LSWI, NDVI, imagens orbitais, pecuária.
Resumo: A pecuária é a principal atividade econômica desenvolvida no Pantanal brasileiro, sendo manejada conforme o regime hidrológico de cheia e seca. Apesar da inundação fazer parte da dinâmica de vida do pecuarista pantaneiro esse processo não é bem compreendido e pode causar prejuízos econômicos. Nesse contexto, o estudo teve como objetivo analisar a dinâmica espaço-temporal da inundação em uma região (15º42’27”/16º48’52”S e 55º2’2”/56º0’17” W) do Pantanal Norte e sua influência sobre o manejo da pecuária. Foi utilizada imagem TOPOTADA (30m) para extração das drenagens e identificação da área de planície sujeita à inundação. Os valores de cota de elevação até 200 m foram correlacionados com o Índice de Umidade na Superfície Terrestre (LSWI) das imagens MOD13Q1 levando em consideração o pulso de inundação de 2008 a 2014. Desenvolveuse um modelo de regressão logística para validar o desempenho do LSWI na diferenciação das áreas inundadas. A partir dos resultados do LSWI foram selecionadas imagens MODIS de 2010 a 2012 para analisar o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) visando detectar o desenvolvimento da vegetação, conforme as fases do pulso de inundação. Foram realizadas entrevistas com pecuaristas e moradores locais, as quais serviram para entender os processos de manejo do gado, aferir os resultados dos índices e dos mapas de inundação. O LSWI mostrou uma eficiência de 96% para análise de áreas inundadas, sendo que a planície (753,328 ha) inundou até 66,7% da sua área total. A maior área média inundada (46,3%) foi registrada em 2014 e a menor (30,6%) em 2012. O NDVI demonstrou que as fases hidrológicas interferem na distribuição da vegetação, visto que, nas águas baixas até 81% da área da planície tem potencial pastoril e nas águas altas há redução para 30%. Foi constatado que o manejo da pecuária obedece a disponibilidade de forragem e pode ser realizado na própria propriedade, ou com deslocamentos entre áreas mais baixas e mais elevadas da planície. O índice LSWI possibilitou identificar às áreas propensas à inundação na planície pantaneira e o NDVI permitiu relacionar a disponibilidade de pastagem para o rebanho nas diferentes fases hidrológicas. A analise do processo de inundação se mostrou fundamental para o entendimento do manejo da pecuária tradicional. Esse modelo de produção é estreitamente relacionado as variações nas precipitações, ao tipos físicos do relevo, aos fluxos e direção da água na planície, e especialmente a alternância das fases de águas baixas e altas no Pantanal.
Download: Clique aqui
Defesa em: 11/12/2015
TÍTULO: TERRITORIALIDADE QUILOMBOLA E ESTRATÉGIAS DE RESISTÊNCIA CAMPONESA NA AGRICULTURA FAMILIAR DA COMUNIDADE DE FURNAS DO DIONÍSIO/JARAGUARI – MS.
Autor: Ana Cláudia Sacchi Baldo (Lattes iD )
Categoria: Planejamento e Gestão Territorial
Palavras-chave: Território, Territorialidade Quilombola, Comunidade Furnas do Dionísio, Agricultura familiar, Pluriatividade econômica.
Resumo: Este trabalho contempla um estudo exploratório na comunidade quilombola Furnas do Dionísio, localizada no município de Jaraguari, Estado de Mato Grosso do Sul. O objetivo geral é analisar a territorialidade quilombola da comunidade de Furnas do Dionísio bem como identificar as atuais práticas socioculturais de produção na agricultura familiar como estratégia de resistência camponesa na contemporaneidade. A construção da territorialidade quilombola presente na comunidade acontece através de práticas e manifestações sócio/culturais, por meio da preservação do patrimônio histórico e cultural existente. O perfil socioeconômico das famílias e a pluriatividade econômica exercida na agricultura familiar comprovam um processo de resistência camponesa no campo na atualidade. A metodologia da pesquisa pautou na revisão bibliográfica, atividades de campo in loco com observações e diálogos com os moradores, registros fotográficos, aplicação de questionários com entrevista, tabulação, análise e descrição dos resultados obtidos. As práticas e as manifestações sócio/culturais existentes na comunidade de Furnas do Dionísio demonstram a territorialidade quilombola, pois o território onde se encontram é núcleo de intensas tradições históricas e culturais e de um rico patrimônio identitário. A pluriatividade econômica exercida na agricultura familiar se caracteriza como um fator primordial para a preservação dos aspectos sociais, culturais, renda familiar e a manutenção da territorialidade existente. As múltiplas atividades contempladas na agricultura familiar são de grande importância, pois representam um potencial endógeno de desenvolvimento. Os recursos disponíveis como o solo, a vegetação e a água presentes em Furnas do Dionísio são ainda elementos essenciais para a construção e manutenção da territorialidade e da identidade quilombola. Os aspectos levantados, observados e descritos demonstram ainda um processo de resistência e permanência do grupo social no território onde se encontram.
Download: Clique aqui
Defesa em: 11/12/2015
TÍTULO: O PAPEL DOS CONJUNTOS HABITACIONAIS NA PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO DE BARRA DO GARÇAS – MT.
Autor: Mágdiel Martins Ramos (Lattes iD )
Categoria: Planejamento e Gestão Territorial
Palavras-chave: Espaço urbano. Segregação sócio-espacial. Estado. Conjunto habitacional.
Resumo: Este trabalho se inscreve na linha de pesquisa Planejamento e Gestão Territorial, e abordou o tema da produção do espaço urbano de Barra do Garças – MT pelas ações do Estado na produção de conjuntos habitacionais. Na divisão social da cidade, o espaço urbano é reflexo de uma ação estatal, onde é colocado um determinado grupo social dentro deste conjunto habitacional, gerando com isso um reduto de uma determinada fração da sociedade baseada no poder de compra. Neste trabalho, tomou como referência empírica os conjuntos habitacionais de Barra do Garças, que de certa forma expressa a política de agrupamento dos iguais. Pretendeu desta forma, mostrar que as ações do Estado, mesmo contribuindo para aniquilar o déficit habitacional, ele cria uma segregação sócio-espacial baseada no poder de compra das famílias. Esta condução pelo poder estatal, gerou bairros conhecidos pela condição social de seus moradores.
Download: Clique aqui
Defesa em: 15/12/2015