Aula de Campo do Curso de História visita Assentamento da Reforma Agrária
Os estudantes das turmas do sétimo e terceiro semestres do Curso de História participaram de experiência muito gratificante, no último sábado (27 de julho). Eles viajaram até o município de Juscimeira (MT) para conhecer o Assentamento Egídio Brunetto, onde vivem famílias que fazem parte do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
A atividade fez parte da carga horária das disciplinas de História do Brasil República I, lecionada pela professora Dra. Beatriz dos Santos Oliveira Feitosa, e Linguagens e TDICS no ensino de História, lecionada pela professora Dra. Talitta de Freitas.
Foi feita roda de conversa em dois ambientes do Assentamento, um deles é de ocupação recente, o Acampamento Palestina Livre, e o outro é o Quilombo das Rosas. Segundo a professora Beatriz, “foi uma aula em que os estudantes aprendem como é resistir na prática”.
Para o estudante Denilson Ferreira, que cursa o 7º semestre do Curso, a Aula de Campo no assentamento Egídio Brunetto, com a visita ao acampamento Palestina Livre e ao Quilombo das Rosas, foi muito gratificante e de extrema importância para a sua formação, tanto profissional, quanto como pessoa.: “Essa experiência nos permitiu compreender de forma prática e concreta as realidades vividas pelas comunidades que lutam por seus direitos e dignidade. Observamos como a solidariedade e a resistência são fundamentais para o progresso social e para a construção de uma sociedade mais justa. Além disso, a interação com os moradores e participantes dessas iniciativas enriqueceu nosso aprendizado, promovendo uma maior sensibilidade e compromisso com as causas sociais. Como estudantes da matéria de História do Brasil República I, essa Aula de Campo foi especialmente importante para analisarmos a questão da divisão de terras ao longo dos anos. Ela nos proporcionou uma perspectiva histórica e atual sobre os desafios e as conquistas relacionados à reforma agrária, contribuindo significativamente para nosso entendimento teórico e prático sobre o tema.
O estudante Ricardo de Almeida também reforça a importância da atividade para sua trajetória acadêmica: “a Aula de Campo foi uma experiência muito enriquecedora para o currículo, tivemos a oportunidade de debater sobre os conflitos de terra e a preservação do solo no estado de Mato Grosso. Também foi significativa a possibilidade de debate para além do espaço acadêmico, com aqueles que constroem coletivos de luta. Com toda a certeza, foi uma experiência que vou me lembrar após a conclusão do curso”.
Um dos destaque do Assentamento Egídio Brunetto é a produção de alimentos saudáveis, sem agrotóxicos, com o objetivo de cumprir a função social da terra, um dos lemas do MST.
O Curso de História possui em sua matriz curricular disciplinas em que as Aulas de Campo são atividades obrigatórias, previstas em seu Projeto Político Pedagógico, e entendidas como momentos de intenso aprendizado. Afinal, aprendemos História não somente nas aulas e nos livros, mas também nas experiências de troca de saberes com públicos não acadêmicos, que têm muito a nos ensinar.
Obs: Imagens com direitos autorais, liberada para fins educacionais e não comerciais, de autoria de Talitta Freitas.