Curso de História recebe nota máxima no MEC

Por ELENITA MALTA PEREIRA Publicado em: 25/11/2024 14:11 | Última atualização: 25/11/2024 16:11

O Curso de História recebeu nota 5 – a máxima – na avaliação de renovação de reconhecimento do Ministério da Educação (MEC). O curso passou por análise no período de 25 a 27 de setembro de 2024.

Estudantes de História em reunião com a Comissão do MEC
Estudantes participam de reunião com comissão avaliadora do MEC

Texto da matéria: Thiago Cardassi, publicado em 07/10/2024, em: https://ufr.edu.br/noticia/historianota5/

O curso de Licenciatura em História da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) obteve conceito 5 (em escala que possui 5 como nota máxima) na avaliação de renovação de reconhecimento do Ministério da Educação (MEC). O curso passou por análise no período de 25 a 27 de setembro e o resultado foi divulgado dia 03 de outubro.

O processo de renovação de curso é uma avaliação periódica prevista no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) que analisa as condições de funcionamento do curso e autoriza (ou não) sua continuidade. Durante a avaliação são verificados três eixos: Organização Didático-pedagógica, corpo docente e tutorial e Infraestrutura. Os resultados são divulgados na forma de conceito, o qual será somado a outras avaliações e à nota do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade).

A coordenadora de curso, professora Elenita Malta Pereira, celebrou o resultado, afirmando que a nota representa uma conquista importante para o curso, para os estudantes e para a universidade como um todo. Ela contextualiza a questão ao explicar que a maior parte dos estudantes do curso é da classe trabalhadora e que fazem muito esforço para frequentar as aulas. Para ela, esta é uma nota que prova que o curso de História tem relevância e destaque dentro da UFR e que contribui para que a universidade cumpra algumas de suas funções sociais e regionais, como formar trabalhadores e professores.

“É uma satisfação muito grande que um curso que forma trabalhadores tenha atingido essa nota de excelência. […] A História e as Ciências Humanas vêm passando por muitos ataques, por exemplo, a diminuição das horas-aula de História no Novo Ensino Médio, no uso de métodos ultrapassados de ensino, como preenchimento de apostilas e exercícios obrigatórios nas escolas do Estado, por exemplo. Mas essa nota 5 nos dá forças para resistir e continuar o trabalho de excelência que estamos fazendo, formando professores de História que atuam na região sul de Mato Grosso.

Visita da Comissão ao Restaurante Universitário
Comissão avaliou de forma remota estrutura da UFR

A estudante do curso, Bruna Farias Bellafronte, conta que o resultado foi recebido com felicidade por todos. Para ela, a nota máxima representa que o curso de História da UFR se torna um ponto de referência de qualidade de ensino. A acadêmica pontua que a nota 5 não significa que o curso tenha tudo o que necessita para operar em sua máxima potencialidade, mas que o curso oferece o melhor que pode com aquilo que tem.  “Isso deve ser visto, deve ser lembrado, deve ser dito e disseminada essa informação entre a população. […] E a gente aguarda aí o reconhecimento, né? Não é todo dia que um curso é avaliado com excelência”, afirma a estudante.

A avaliação do MEC é um procedimento que dura três dias nos quais são realizadas diversas reuniões com a coordenação, professores do curso, membros do Núcleo Docente estruturante (NDE), Comissão Própria de Avaliação (CPA) e discentes. Toda a documentação comprobatória é analisada e uma visita guiada é feita de forma virtual, apresentando salas de aula, a biblioteca da universidade, o Laboratório de Práticas (LAPRAS) do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS), salas de informática, sala de permanência dos professores, coordenação e outras instalações onde o curso está inserido. Também são analisados os equipamentos e as condições de acessibilidade no campus, como disposição dos banheiros para pessoas com deficiência, rampas de acesso e piso táctil.

A professora Elenita Malta Pereira explica que, apesar da visita da comissão levar alguns dias, todo o levantamento de informações, documentações e preenchimento de formulários foi um processo bastante trabalhoso que levou mais de um ano de preparação. Ela conta que a banca foi muito rigorosa durante a avaliação e pediu mais documentos do que o habitual, mas que o curso estava preparado para responder ao que era solicitado.

Elenita destaca a preparação e desempenho de docentes e discentes como pontos fortes para chegar à nota 5. O corpo docente do curso é totalmente formado de doutores, que trabalham em regime integral de dedicação exclusiva. Além disso, todos coordenam projetos de pesquisa e/ou extensão e possuem produção científica relevante. A professora também parabeniza o corpo estudantil, que foi muito elogiado pelas avaliadoras na reunião final.

A construção de saberes e práticas mútuas, participativas e efetivas é uma característica do curso que a discente Bruna Bellafronte acredita ter sido fundamental para a boa avaliação. Ela também considera que o engajamento dos estudantes foi determinante para o olhar da banca examinadora. Atualmente, História é o único curso da UFR que tem representação estudantil de todos os semestres no colegiado. “Hoje a gente tem quatro representantes discentes. Isso aí mostra como a gente vê a importância da participação também dos discentes”, afirma a estudante.

Apesar da conquista recente, a coordenadora de curso chama atenção de que o resultado obtido é fruto de um trabalho construído ao longo de décadas por professores e estudantes que já passaram pelo curso. Em 2024, a Licenciatura em História da UFR completa 39, “então já é um presente que a gente ganha de aniversário. É bem importante para continuar o nosso trabalho, para completar esses 40 anos, sempre lembrar daqueles que vieram antes de nós. […] Então, nunca podemos esquecer que não é só o resultado do presente que essa nota representa, mas o resultado de muitos anos de esforços de muita gente”, conclui a professora.

Da esquerda para a direita, o Procurador Educacional Institucional (Flávio Linhares); a Pró-Reitora de Ensino de Graduação (Niedja Alves), a Diretora do ICHS (Beatriz Oliveira) e a Coordenadora do curso de História (Elenita Malta Pereira)
Da esquerda para a direita, o Procurador Educacional Institucional (Flávio Linhares); a Pró-Reitora de Ensino de Graduação (Niedja Alves), a Diretora do ICHS (Beatriz Oliveira) e a Coordenadora do curso de História (Elenita Malta Pereira).
Professora Jocenaide mostrando o NUDHOC para a Comissão avaliadora.
Professora Jocenaide mostrando o NUDHOC para a Comissão avaliadora.