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Histórico do Programa

A avaliação da trajetória histórica do Programa, contexto de criação, evolução do programa e sua coerência com os objetivos e perfil de formação desejados, são aqui apresentados ao público acadêmico e a sociedade, como forma de expor a dinâmica do processo de evolução do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola – PPGEAgri.

A trajetória histórica do PPGEAgri começa em 2010, a partir da iniciativa de um grupo de Professores do Curso de Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental da Universidade Federal de Mato Grosso/Campus Rondonópolis. Esses professores, em sua maioria com formação na área das Ciências Agrárias, oriundos e titulados em diferentes regiões do País, verificaram que o perfil de formação Agrícola/Tecnológico proporcionado pelo curso de graduação em Engenharia Agrícola, destacava potencialmente a atuação de seus egressos na Região. Além disso verificou-se que existe uma forte demanda por profissionais com perfil acadêmico na região, diante também de uma demanda por recursos humanos qualificados para atuarem no setor de serviços, principalmente para suprir a escassez de coordenadores de pesquisas agrícolas e tecnológicas em empresas privadas ou públicas, bem como, para atuarem como instrutores em cursos de formação continuada e treinamentos para os profissionais dessas empresas.

Somando-se a esse cenário e motivados pela importância do Agronegócio da Região Centro Oeste para a Economia Nacional, o grupo de Professores do Curso de Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental da Universidade Federal de Rondonópolis (anteriormente Universidade Federal de Mato Grosso/Campus Rondonópolis) enxergaram a oportunidade de inserir nesse contexto um Programa de Pós-Graduação com perfil acadêmico e ao mesmo tempo tecnológico e inovador. Assim, realizou-se a composição do projeto APCN para criação do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola, modalidade Mestrado Acadêmico, sendo a proposta aprovada na 121º reunião CTC/CAPES em outubro de 2010. O primeiro processo seletivo ocorreu no mesmo ano de aprovação do Programa, sendo aprovado 12 candidatos os quais foram matriculados em março de 2011, compondo a primeira turma de mestrandos em Engenharia Agrícola do Programa. 

EVOLUÇÃO

A evolução do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola destaca-se pelos indicativos verificados nas avaliações coleta CAPES já realizadas, podendo ser agrupados em três principais ocorrências observadas no programa: 1- Processo de Formação Acadêmica Continuada, 2- Infraestrutura do Programa e 3- Implementação de Ferramentas de Auto Avaliação e Planejamento Futuro do Programa.

1- Processo de Formação Acadêmica Continuada.

Em 2014 o PPGEAgri submeteu a proposta de criação do Curso de Doutorado com objetivo principal de proporcionar novas oportunidades aos Mestres de se qualificarem, para obterem a titulação de Doutorado, promovendo assim, formação continuada de recursos humanos com qualificação acadêmica, científica, tecnológica, inovadora, de senso crítico e formação humanística docente de excelência, fundamental para o desenvolvimento da região Centro-Oeste. A proposta de curso de Doutorado, que infelizmente não foi recomendada naquela época, encontra-se atualmente em contínua reformulação para nova submissão, caso o programa atinja o conceito 4 nessa avaliação quadrienal (2017-2020). A proposta do Doutorado apoia-se em algumas constatações do atual panorama político, econômico e social da região e do país:

i) Existem no Brasil 20 Programas de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola, sendo a região Centro-Oeste contemplada com três programas de Programas de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola. Vale ressaltar que esses programas oferecem, apenas, cursos de Mestrado Acadêmico;

ii) A atividade agrícola causa impactos de diferentes ordens, na economia, na organização social e no ambiente;

iii) O agronegócio da região Centro-Oeste desempenha um papel fundamental na economia nacional (PIB) e a ampliação de sua competitividade e sustentabilidade está relacionada com os avanços científicos e disponibilidade de tecnologias voltadas para o setor produtivo, que contribuam para a diminuição das desigualdades.

Embora o curso de doutorado ainda não fazer parte da realidade do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola, mesmo assim, considera-se essa experiência uma evolução do grupo envolvido, que ao participarem da elaboração da proposta, passou-se a compreender melhor o sistema avaliativo APCN, para realizar e implementar ações que permitam superar as deficiências, efetivar-se a participação somando esforços conjuntos do grupo na busca de melhorar os índices necessários para elevação do conceito atual do programa junto à CAPES.

2- Infraestrutura do Programa

Ao iniciar as atividades do programa, em 2011, o PPGEAgri possuía apenas uma sala de coordenação emprestada de outro departamento e uma sala de aula compartilhada dos cursos de graduação. No decorrer dos anos, os problemas comuns de falta de espaço físico estão sendo gradativamente ajustados. O programa atualmente possuí uma Ala de prédio exclusiva, contendo sala de recepção, secretária, coordenação, sala de aula, copa e sala de estudos para alunos. Além da estrutura laboratorial, o programa possuí quatro estufas agrícolas para condução dos experimentos, estação agrometeorológica e área experimental inserida no próprio Câmpus. Inúmeros equipamentos (material permanente) foram adquiridos por meio do Edital Pró-Equipamentos. Novos laboratórios foram adquiridos por meio de recursos do CT-Infra/Finep, compondo o Núcleo de Pesquisas do Cerrado – NuPeC. Vale ressaltar que o projeto do CT-Infra/Finep para construção do NuPeC foi concebido por professores do PPGEAgri, que atualmente coordenam esses laboratórios para utilização de forma compartilhada. Informações detalhadas sobre a infraestrutura do Programa estão contidas no tópico 1.1.3.

3- Implementação de Ferramentas de Auto Avaliação e Planejamento Futuro do Programa.

Em reuniões de pleno colegiado do PPGEAgri, em que participam, todos os docentes, discentes matriculados, técnicos e alguns representantes egressos, foram lidos e discutidos os pareceres das fichas das avaliações (trienal 2010-2012 e quadrienal 2013-2016) com objetivo de delinear estratégias de planejamento futuro para o programa. Na avaliação trienal 2010-2012 os avaliadores em suas apreciações ou sugestões complementares sobre a situação ou desempenho do programa afirmaram “Embora o programa seja novo (criado em 2010), deve aprimorar a sua proposta, incorporando com clareza as metas a serem atingidas no avanço do conhecimento, na formação de recursos humanos e destino de seus egressos, e na inserção social.” Diante dessas informações o programa promoveu ações estratégicas para os anos subsequentes, buscando melhorar o equilíbrio participativo dos docentes permanentes, aprimoramento da proposta, e infraestrutura.

Na avaliação quadrienal de 2013-2016, resumindo o parecer dos avaliadores, o programa foi bem avaliado conforme quadro resumo QUALIDADE DOS DADOS (fonte: Ficha de Avaliação do programa ENGENHARIA AGRÍCOLA – 50001019030P8, pág 5), conceituando os quesitos da avaliação: 1-Proposta do Programa (MUITO BOM); 2-Corpo docente (MUITO BOM); 3-Corpo discente, teses e dissertações (MUITO BOM), 4-Produção Intelectual (BOM); e, 5-Inserção Social (REGULAR). Assim, com base nas decisões tomadas nas reuniões de avaliações e planejamentos do programa, o PPGEAgri definiu como prioridades para aumentar os índices e conceito do programa para o nível 4 e pleitear o curso de Doutorado: 1- Implementar ações de aprimoramento e melhorias dos quesitos que foram bem avaliados no relatório CAPES do último quadriênio; 2- O programa deverá investir em ações estratégicas nos quesitos “Inserção Social” e “Internacionalização”; 3- Estabelecer metas realizando um plano de política estratégica utilizando ferramentas consistentes pautado na autoavaliação e acompanhamento efetivo de seus egressos. Todas essas ações estão previstas no documento “PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA”.