Universidade Federal de Rondonópolis

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Lúpus – Fevereiro Roxo: mês da conscientização.

publicado: 18/02/2022 10h40,
última modificação: 18/02/2022 10h49

O Lúpus Eritematoso Sistêmico, é uma doença inflamatória crônica multi-sistêmica, de origem autoimune e causa desconhecida, ou seja, sem uma razão muito clara, mas estando envolvidos fatores genéticos, hormonais e ambientais, o organismo do paciente passa a produzir anticorpos que atacam estruturas saudáveis do próprio corpo, gerando estados inflamatórios prolongados (crônicos), e isso pode acometer simultaneamente diferentes órgãos/sistemas do corpo. São mais acometidas por essa doença, mulheres jovens com idades entre 20 e 45 anos.

É uma doença séria que, se não tratada, pode levar o paciente ao óbito. Entretanto, os corretos diagnóstico e tratamento ajudam o paciente a controlar os sintomas e a evolução da doença, permitindo estender os períodos de ausência de sintomas e controlar as fases de atividade dos anticorpos, garantindo que a expectativa e qualidade de vida desses pacientes sejam muito próximas da maioria da população.

Os sintomas do lúpus dependem da fase da doença em que o paciente se encontra (remissão ou atividade) e também dos órgãos que os anticorpos podem atacar. Cerca de 90% dos pacientes terão dores nas articulações e 80% terão reações cutâneas, como manchas avermelhadas no rosto que são bastante conhecidas e características da doença. Mas, além desses sintomas, o paciente também pode apresentar cansaço, febre, desânimo, perda de apetite e queda de cabelos. Outros sintomas podem ser: dor no peito, dificuldade para respirar, hematomas, inchaço nas pernas, diminuição no volume de urina e insuficiência renal.

O diagnóstico é feito pelo médico considerando os sintomas apresentados pelo paciente e algumas alterações nos exames de sangue e urina que, mesmo não sendo específicas do lúpus, quando aparecem em conjunto com sintomas característicos da doença, garantem segurança para o médico no momento do diagnóstico. Exames de sangue são úteis também para determinar a atividade da doença em determinado momento e orientar a conduta do profissional que acompanha esse paciente.

Assim, o tratamento também vai variar bastante de paciente para paciente, o médico responsável vai considerar a fase da doença, quais são e qual a gravidade dos sintomas apresentados, quais os órgãos ou tecidos acometidos. Tudo isso vai orientar a conduta que deve ser seguida pelo paciente juntamente com orientações específicas sobre estilo de vida que vão auxiliar no controle da doença.

Fonte: Sociedade Brasileira de Reumatologia. Disponível em <Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) – Sociedade Brasileira de Reumatologia>