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Alzheimer – Fevereiro Roxo: mês da conscientização.

publicado: 18/02/2022 10h32,
última modificação: 18/02/2022 10h48

A doença de Alzheimer acomete principalmente idosos, com idade superior a 65 anos, mas pode também se apresentar em indivíduos mais novos, caracterizando assim o Alzheimer de início precoce. Em ambos os casos, trata-se de um quadro no qual o indivíduo passa pela perda progressiva de suas funções cognitivas, com impactos importantes na sua independência e autonomia. Dentre as demências senis, a doença de Alzheimer corresponde a cerca de 60% a 70% dos diagnósticos. Ainda assim, é uma doença subdiagnosticada, e por volta de 50% dos pacientes não recebem diagnóstico na fase inicial ou, quando recebem, acabam negligenciando o tratamento e as consultas médicas, que poderiam influenciar bastante o curso da doença, dada à sua característica progressiva.

Segundo a Alzheimer’s Association os 10 principais sinais e sintomas que devem nos chamar a atenção para o início da doença de Alzheimer são os seguintes:

  1. Perda de memória com impacto significativo na vida diárias;

  2. Dificuldades em planejar ou resolver problemas;

  3. Dificuldades para completar tarefas simples;

  4. Confusão em relação ao espaço/tempo;

  5. Dificuldade de interpretar imagens e relações espaciais;

  6. Dificuldades para se lembrar e empregar palavras corretamente, seja falando ou escrevendo;

  7. Deixar/Guardar objetos em lugares inapropriados e depois ter problemas para encontrá-los;

  8. Diminuição da habilidade de julgamentos (impactando o autocuidado e/ou relações com dinheiro);

  9. Perda de interesse no trabalho ou atividades sociais;

  10. Mudanças no humor ou na personalidade.

É importante observar que vários desses sinais são, em algum grau, característicos da idade avançada, mas a ocorrência simultânea de vários deles com prejuízo significativo das atividades de vida diárias e autonomia de uma pessoa, devem nos orientar a buscar avaliação médica para entender melhor a situação que se apresenta.

Outro aspecto importante a ser considerado na doença de Alzheimer, é a saúde do familiar que cuida desse paciente. Os cuidados provocam mudanças importantes no estilo de vida do cuidador, aumentam suas demandas de tempo, saúde física e mental a serem dedicados ao familiar doente. A dinâmica do funcionamento daquela relação familiar é afetada e o cuidador pode enfrentar problemas com o desgaste e sobrecarga.

Para essas pessoas, é importante que consigam manter, tanto quanto possível, atividades que desenvolviam anteriormente, atividades físicas que irão auxiliar inclusive na saúde mental, e, que sem hesitar, busquem ajuda médica e psicológica caso se vejam em uma condição de esgotamento e diminuição da sua percepção de qualidade de vida. Vale pontuar que existem também grupos de apoio para familiares que podem auxiliar a lidar com as dificuldades desse momento.

Fontes:

Alzheimer’s Association. Disponível em: https://www.alz.org/.

Cuidados com o familiar cuidador ABRAz. Disponível em: https://abraz.org.br/2020/orientacoes/cuidados-com-o-familiar-cuidador/

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Dadalto, Luciana, Arantes, Alexandra Mendes Barreto e Baruffi, Priscila DemariDiretivas antecipadas de vontade em pacientes com doença de Alzheimer. Revista Bioética [online]. 2021, v. 29, n. 3 pp. 466-474. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1983-80422021293482>. Epub 18 Out 2021. ISSN 1983-8034. https://doi.org/10.1590/1983-80422021293482.

Marins,Aline Miranda da Fonseca et al.Behavioral changes of elderly with Alzheimer’s Disease and the burden of care for the caregiver. Escola Anna Nery – Revista de Enfermagem(2016),20(2). http://dx.doi.org/10.5935/1414-8145.20160048.