Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, neste mês de junho, a PROEXA/DIEX, buscando ampliar o espaço para a divulgação de projetos desenvolvidos nesta temática, entrevistou docentes dos Cursos de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Rondonópolis – UFR (Fig. 1). Na área da pesquisa, conversamos com a Profª Drª Simoni Loverde sobre o projeto “Conservação das nascentes urbanas de Rondonópolis no Alto Pantanal Mato-grossense”e na extensão, o projeto “Formação sócio-ambiental: aprendendo e revitalizando nascentes” ambos sob sua coordenação. Os projetos, ao longo de quatro anos, já apresentaram importantes resultados, como o levantamento por geoprocessamento de aproximadamente 400 nascentes da bacia do Ribeirão Arareau, entre área urbana e rural do município de Rondonópolis, MT (Fig. 2). É importante destacar que além do mapeamento, foi avaliado a forma de uso dessas áreas, a qualidade ambiental das nascentes e da água. Também ocorreram atividades de educação ambiental visando a sensibilização sobre a importância da manutenção das Áreas de Proteção Ambiental – APP´s para a conservação dessas nascentes. Como principais ameaças as nascentes, foram identificados o desmatamento para pastagem, pisoteio por animais levando a compactação do solo, criação de animais em chiqueiros próximos às nascentes e lançamento de efluentes das propriedades, entre outros usos inadequados da água. A profª Drª Simoni Loverde destacou o quanto é importante preservar as nascentes com boa qualidade de água, sendo a principal ação, o cercamento dessas áreas e a preservação da mata nativa no seu entorno, de acordo com o que estabelece o Código Florestal vigente. Outro importante resultado nesses projetos, e que foi destacado pela coordenadora, foi a conscientização dos proprietários sobre a importância das nascentes, permitindo a sua correta manutenção e conservação, a fim de garantir a água como recurso para o uso doméstico, agricultura familiar e para criação animal. Como explicou a Drª Simoni Loverde “as nascentes que não possuem o cercamento e mata no seu entorno estão mais suscetíveis a secar” , especialmente nos períodos de maior estiagem, quando a água tende a deixar de aflorar definitivamente por falta de recarga (infiltração). Assim, a educação ambiental tem contribuído para que os proprietários entendam a importância dessas nascentes, já que elas são formadoras dos rios e desempenham papel fundamental para a biodiversidade local. Assim tem-se quebrado paradigmas e estão passando a ser parceiros na conservação desse importante recurso. O projeto de extensão contou com a parceria da ONG – Grupo Arareau de Pesquisa e Educação Ambiental (@grupoarareau), Secretaria Municipal de Educação – SEMED, Secretaria de Estado do Meio Ambiente – SEMA, Universidade Federal de Rondonópolis – UFR, uma empresa privada (Mosaic Fertilizantes), entre outros. Além de promover a formação social e cidadã de alunos da rede municipal, alunos de graduação dos cursos de Ciências Biológicas e egressos da UFR (Fig. 3). Para àqueles que tem o interesse de acompanhar esses e outros projetos coordenados pela Profª Drª Simoni Loverde, convidamos a acessar as redes sociais do Laboratório de Análises Hídrica e Ecologia Aplicada – LAHEA no instagram (https://www.instagram.com/laheaufr), no facebook (https://www.facebook.com/LAHEAUFR) e no Blog do laboratório (https://laheaufr.wordpress.com/). Vocês poderão ter acesso e acompanhar as atividades através de vídeos, fotos, etc, destes e de outros projetos executados por este grupo de pesquisa e extensão.
Fig. 1: Entrevista realizada pela gerente de difusão das ações de extensão, Profª Drª Débora Fabiane, com a coordenadora dos projetos de pesquisa e extensão, Profª Drª Simoni Loverde, docente dos cursos de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Rondonópolis.
Fig. 2: Registro feito pela Profª. Drª Simoni Loverde de uma nascente rural formadora do ribeirão Arareau, afluente do Rio Vermelho no município de Rondonópolis-MT. Fonte: LAHEA.
Fig. 3: Participação da Prof. Simoni Loverde e de alunos da graduação do curso de Ciências Biológicas da UFR, realizando o levantamento das nascentes e da qualidade ambiental no seu entorno. Fonte: LAHEA.